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O Informador

Vai um balde de água fria

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Existem dias que dá vontade de abrir a janela e atirar um bom balde de água fria com pedras de gelo incluídas para as senhoras, a maioria avós da aldeia, que a partir das 07h45 se aglomeram por baixo do prédio, e eis que vivo no primeiro andar, em espera que os autocarros escolares cheguem para levarem as crianças da família que andam pré-primária, uns minutos depois da primária e depois os maiores da preparatória que no meu tempo esperávamos sozinhos e juntos pelo autocarro mas que agora precisam de companhia. 

As senhoras acordam, optam por tomar o pequeno almoço na sua maioria no café também do prédio e logo aparecem para debaterem as novidades do dia mesmo por baixo da janela do meu quarto, uma vez que os autocarros passam e param justamente naquele local. Agora imagina o que é acordar com a algazarra que logo fazem com toda a energia matinal na conversa sobre os temas do momento da aldeia e arredores, conseguindo provocar maior alarido que as crianças que geralmente são mais mexidas mas que naquela primeira hora do dia após acordarem ainda esperam meio sonolentas pelo transporte que as levam para o seu dia escolar. 

Por vezes ao acordar com tal chilreada só apetece mesmo atirar o dito balde enquanto deixo entoar pela janela o tema da Chiquita... Vai um balde de água fria!, cujo só mesmo o refrão poderia encaixar com o pensamento acompanhado do ato!