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O Informador

Um ano depois... Avó!

Foi precisamente há um ano, que por volta das 13h00, recebi o telefonema da minha mãe a informar-me que a minha avó tinha falecido de um momento para o outro em sua casa, na sua cama e durante o sono.

Ela partiu de um momento para o outro e quando nada o fazia prever. Andava bem, começava a recompor-se da partida do meu avô, que faleceu em Janeiro do mesmo ano, e assim de repente e quando lhe tentaram ligar para saber como estava, o telefone tocou várias vezes e ninguém atendeu!

A minha tia/madrinha logo foi tentar perceber o que se passava e o medo, que vinha a surgir nos últimos momentos antes da chegada a casa onde os meus avós passaram grande parte da sua vida, acabou por revelar o pior. A minha avó tinha partido, juntando-se ao meu avô, na estrela que brilha quando olhamos com tal pensamento para o céu noturno.

Já faz um ano, como o tempo passa! Lembro-me como se fosse hoje de praticamente todos os momentos daquele dia pesado e fatídico em que tivemos de suportar mais uma perda. Em menos de um ano eles partiram os dois de entre nós e juntaram-se num outro lugar porque foi sempre juntos que estiveram e foi isso que levou a minha avó, a saudade do seu amor, a saudade do seu Zé.

Sei que quando estou nos meus momentos de solidão que os tenho por perto e embora não o consiga explicar, existe uma força interior que me faz perceber que a companhia das pessoas que sempre me quiseram bem está ali tão perto. O avô Zé e a avó Etelvina aturaram as minhas birras, as minhas brincadeiras e fizeram-me muita companhia, naqueles Sábados em que semanalmente ia com a minha mãe para sua casa para passarmos o dia por lá, no local onde o cheiro, a comida e o ambiente sempre foram diferentes dos outros. Aquela casa onde agora me custa entrar é a casa dos meus avós e um ano depois de ter ficado vazia ainda não se tornou a casa de ninguém, existem lembranças e recordações que não deixam dar o passo para deixar o passado familiar.

Ambos partiram e já não me podem dar aquele beijo e abraço prolongado, no entanto continuam tão perto de cada um de nós que não são esquecidos assim com tanta facilidade. O amor que os unia levou-os e só por saber que continuam juntos já é um orgulho! Saudade e Amor, dois sentidos da vida tão fortes e tão bonitos que sempre foram e serão preservados!