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O Informador

Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer | Emily Austin

Topseller

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Título: Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer

Título Original: Eneryone in This Room Will Someday Be Dead

Autor: Emily Austin

Editora: Topseller

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2022

Páginas: 288

ISBN: 978-989-564-974-7

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Gilda não consegue parar de pensar na morte, imaginando cenários terríveis e improváveis que a deixam de coração aos saltos e com falta de ar. A sua ansiedade é tão grave, que os funcionários das urgências já a conhecem. Desesperada por encontrar algum alívio, dirige-se a uma igreja católica que oferece serviços de psicoterapia, onde é recebida pelo padre Jeff, que depreende que ela está ali para uma entrevista de emprego. Demasiado envergonhada para o corrigir, Gilda confirma e acaba por ser contratada como rececionista, para substituir a antiga funcionária, Grace, uma mulher idosa recentemente falecida.

O problema é que Gilda não só não é católica como também é ateia e lésbica. Sentindo que tem de manter as aparências, decide aprender os procedimentos da igreja, enquanto tenta ganhar coragem para lavar a pilha de louça que se acumula no chão da sua casa e convencer a namorada de que, apesar do seu aspeto cada vez mais preocupante, está tudo bem consigo.

No decorrer das suas funções, Gilda encontra a correspondência trocada entre Grace e a sua velha amiga Rosemary, mas não tem coragem de lhe dar a má notícia, pelo que começa a fazer-se passar por Grace por e-mail, encontrando algum consolo naquela troca de palavras generosas. Contudo, quando a morte de Grace começa a ser investigada pela polícia, Gilda vê-se obrigada a lidar com as mentiras que contou e que podem revelar a toda a gente a forma como tem verdadeiramente vivido.

 

Opinião: Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer é anunciado com a manchete do Library Journal como sendo «hilariante, solidário, exasperante e comovente» e tenho a dizer que após esta mensagem acreditei que me iria deixar conquistar e emocionar facilmente com esta obra de Emily Austin. No entanto não consegui sentir, nem de perto, os altos e baixos anunciados como sendo um bom aperitivo de aproximação da obra junto do leitor. 

Encontrando Gilda, uma jovem lésbica, desempregada e pouco católica, segui a sua linha de pensamento para recomeçar uma nova etapa. Encontrou um emprego como secretária na igreja, sem revelar o seu afastamento da religião e a sua sexualidade para conseguir assim ter um emprego que parecia numa fase inicial ser calmo e transmitir-lhe uma certa tranquilidade. Com o tempo Gilda começou a perceber que o passado do seu posto de trabalho poderia ser mais pesado do que o pensado primeiramente e a partir daí o leitor é convidado a entrar na linha de pensamentos desta jovem mulher onde facilmente se consegue perceber o seu nível de ansiedade, que mexe regularmente em vários pontos da saúde mental numa mistura entre pensamentos suicidas e crises existenciais que acabam por surgir em comunhão com algumas situações inusitadas que encaminham esta personagem bem conseguida mas com várias angustias que acabam por a levar a colocar os pés pelas mãos em diversas situações, o que ajuda a dar uma leveza a esta obra que tem como pano de fundo bem distante a velha questão sobre quem matou. 

Um livro bem disposto e que poderá levar os leitores mais sensíveis a estados onde não me senti, no entanto percebo que esta união entre o debate da saúde mental através da depressão e ansiedade em conjunto com a distração e a vontade de agradar acabem por transformar esta leitura num momento rápido onde se chega ao fim de forma simples, sem cansar, mas também percebo que quando o término acontece nada fica para lembrar Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer como uma grande narrativa. Acreditei que iria sentir-me chegado a esta história mas a mesma chegou, seguiu e terminou sem deixar a sua marca!

 

Se ficaste curioso, encomenda já o teu exemplar de Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer, de Emily Austin

toda a gente nesta sala um dia há de morrer capa.