Vaticanum | José Rodrigues dos Santos
Gradiva
Título: Vaticanum
Autor: José Rodrigues dos Santos
Editora: Gradiva
Edição: 2ª Edição
Lançamento: Outubro de 2016
Páginas: 608
ISBN: 978-989-616-733-2
Classificação: 4 em 5
Sinopse: Um comando do estado islâmico entra clandestinamente no Vaticano e o Papa desaparece. Horas depois surge na internet um vídeo em que os terroristas mostram o Sumo Pontífice em cativeiro e fazem um anúncio chocante: O Papa será decapitado em directo à meia-noite. O relógio começa a contar. O rapto do Papa desencadeia o caos. Milhões de pessoas saem à ruas, os atentados sucedem-se, mutiplicam-se os confrontos entre cristãos e muçulmanos, vários países preparam-se para a guerra.
Apanhado no epicentro da crise quando trabalha nas catacumbas da Basílica de São Pedro, Tomás Noronha vê-se envolvido na investigação para descobrir o paradeiro do Papa e cruza-se com um nome enigmático: Omissis. A pista irá conduzi-lo ao segredo mais sombrio da Santa Fé.
Usando informação genuína para nos revelar o que se esconde nos bastidores do Vaticano, o escritor preferido dos portugueses está de regresso com o thriller do ano. Com Vaticanum José Rodrigues dos Santos mostra mais uma vez por que razão é considerado mestre do mistério real.
Opinião: Convidado a trabalhar nas catacumbas da Basílica de São Pedro, Tomás Noronha regressa ao Vaticano para um novo trabalho quando sem esperar se vê envolvido num novo episódio de investigação. O Papa é raptado e as ameaças de morte do mesmo fazem-se sentir através de anúncios tornados públicos pelo Estado Islâmico. A partir deste ponto o investigador e criptologista é chamado a entrar em ação, sendo envolvido na investigação onde segue todas as pistas que vão surgindo para que consigam chegar junto do Papa antes da hora prevista para a execução final.
Num thriller com nomes reais em harmonia com os criados para a ficção, sem a omissão de nomes que se encontram na história da corrupção do Vaticano, José Rodrigues dos Santos desta vez não poupou esforços e relata tudo o que se encontra documentado, sem criar personagens para a substituição de rostos reais. Tudo aconteceu, as lavagens de dinheiro e a falsificação de documentos aconteceram, os interesses foram tornados públicos e os esquemas de corrupção são mais que muitos num Vaticano recheado de pecados ilegítimos e com muita documentação a demonstrar que os amigos dos amigos sempre chegavam aos melhores lugares possíveis e onde eram necessários para levarem em diante as suas funções de elevado empenho para com capitais que não lhes pertenciam num autêntico esquema em pirâmide que durante décadas foi sendo camuflado.
Há muito que se sabe que nos meandros do Vaticano e do seu próprio banco a ilegalidade foi mais que muita, não existindo uma novidade que o autor esteja a relatar com o seu recurso a Tomás Noronha. No entanto em Vaticanum o que acontece é que tudo o que é sabido e documentado acaba por ser contado numa narrativa que une a realidade com a ficção numa história que entretem enquanto transmite conhecimento ao leitor com a sua base de verdade e procura, sendo assim uma forma de relato sem recorrer a teses que certamente não seriam lidas com tanta facilidade.