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O Informador

Chegou a CNN Portugal

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As 21h00 do dia 22 de Novembro de 2021 assinalaram o arranque da CNN Portugal, o canal informativo que veio substituir na posição 7 a TVI24, e cujo objetivo é ajudar a formar um novo caminho na forma como se transmite a notícia no nosso país. Com marca reconhecida a nível internacional, a CNN aposta agora através do Grupo Media Capital no nosso país e o arranque, mesmo que não o tenha visto em direto por motivos profissionais, foi auspicioso e com direito a exclusivo com o homem mais procurado no momento, João Rendeiro, o ex Presidente do BPP. 

De rostos já conhecidos do público, cuja maioria transita diretamente da extinta TVI24 para a CNN Portugal, e com Judite Sousa e Júlio Magalhães de regresso aos ecrãs no principal noticiário do canal, este novo projeto promete o rigor conhecido internacionalmente, a qualidade e a forma de fazer diferente na forma como o projeto chega junto do telespectador que não se fica atualmente somente pelo pequeno ecrã. 

Primeiramente tudo arrancou com pompa e promessas, no entanto só o tempo pode demonstrar que esta CNN vem mesmo com a diferença com que foi anunciada sem ser somente a continuação do projeto que vinha a ser feito no mesmo espaço numa edição 2.0. Espero ver a partir de agora o debate dos temas do dia, não se ficando muitas vezes a situação do país e do mundo pela notícia, sendo necessário demonstrar mais sobre o bom e o mal de cada decisão, de cada circunstância e de muitos movimentos. É necessário mais que noticiar, sendo importante ouvir as vozes opinativas e especialistas e é um pouco por esse prisma que espero ver uma CNN mais interativa e a percorrer o caminho certo.

O silêncio de Sousa Tavares

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Miguel Sousa Tavares, em entrevista à revista Visão, afirmou estar prestes a deixar o jornalismo. Revelando que nas próximas semanas irá entregar a sua carteira de jornalista, o comentador da TVI irá dedicar-se a partir do final do mês à escrita, deixando assim também o seu espaço no noticiário da noite do canal, que entretanto também assumirá uma nova dinâmica, uma vez que está a ser preparado o lançamento da CNN Portugal para substituir a TVI24 no canal 7 do cabo, existindo a partir de então também alterações na informação da TVI generalista. 

45 anos após o início da sua carreira como jornalista, Sousa Tavares fechará assim um ciclo, numa altura em que tem sido criticado pelas suas entrevistas a políticos, inclusivamente a que foi feita ao primeiro-ministro António Costa recentemente num espaço que se seguiu ao Jornal das 8. Afirmando que deixa o seu espaço sem que as criticas a essa mesma entrevista tenham pesado, Sousa Tavares afirmou na entrevista à Visão que «Nunca mais faço uma entrevista na vida. A ninguém», acrescentando que «entrego a minha carteira profissional de jornalista e deixo de fazer jornalismo. Vou continuar a ter a minha coluna de opinião no Expresso – isso, para mim, não é jornalismo – mas acabaram as reportagens, as entrevistas, isso tudo. Ponto final.». O jornalista revela que terá na escrita o seu principal modo de vida, afirmando ainda estar desiludido com o jornalismo que se pratica atualmente em Portugal. 

CNN Portugal cancela TVI24

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Com mais de quarenta anos de experiência mundial, chega em 2021 a CNN a Portugal, estando o acordo com o grupo internacional feito com a Media Capital, detentor dos canais do universo TVI e de rádios como a Comercial e a Cidade FM, entre outros, vindo esta nova aposta no meio televisivo substituir pelos próximos meses a TVI24 em antena.

Os próximos tempos serão de mudança e a licença que a Media Capital adquiriu perante a CNN fará com que o novo canal comece a operar sob formação, consultoria e conteúdos dentro do portfólio da CNN, abrindo assim espaço para que o canal internacional ganhe ainda maior relevância no mercado nacional e traga para junto dos espetadores toda a experiência obtida e onde a inovação, influência e prestigio estão em grande destaque dentro da forma independente, livre e rigorosa de se fazer informação. 

De momento as autoridades reguladoras estão a avaliar o processo do acordo e pelas próximas semanas sairão novos dados para o futuro e entrada da CNN Portugal entre os canais noticiosos em Portugal, dando um novo alento e reforçando ao mesmo tempo a informação do grupo Media Capital, que além de substituir a TVI24 verá também a informação do canal generalista do grupo a ser alterada com base no processo de trabalho da CNN. 

Arrepio por Maddie

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Treze anos passaram após o desaparecimento de Madeleine McCann, a criança inglesa que passava férias com os pais e irmãos em Maio de 2007 na praia da Luz, em Lagos. Muito se noticiou, vários suspeitos, investigações dentro e fora do país e Maddie desaparecida sem um ponto final no processo. Agora, treze anos depois a Polícia Judiciária, a Metropolitan Police de Londres e a Polícia Alemã (BKA) têm um suspeito formal que vivia na zona de Lagos na altura do desaparecimento da criança e que esteve no resort uma hora antes do alerta dos pais de Maddie, estando de momento preso pela violação de uma mulher. Por curiosidade, ao que parece este suspeito já havia sido mencionado pela Polícia Judiciária nos meses seguintes ao desaparecimento da menor, sem ganhar relevância das autoridades de investigação internacional que lideravam o caso. 

Preparava-me para jantar, já sentado à mesa com a televisão ligada, o noticiário iniciou e a primeira notícia foi mesmo «Notícia TVI: polícia identifica alemão como suspeito formal do rapto e morte de Maddie». Fiquei de imediato todo arrepiado com esta informação. Passaram treze anos, na altura tinha vinte, acompanhei o caso, todo o aparato que foi feito pela comunicação social com o Mundo de olhos postos em Portugal por se tratar do desaparecimento de uma criança inglesa. Agora percebe-se que a investigação mesmo silenciosa continuou e não foi deixada, existindo um novo suspeito, que está preso por outros crimes, mas que poderá estar por detrás do rapto de Maddie, num caso onde os pais sempre serão também culpados por deixarem menores sozinhos em casa, mesmo que estivessem a cem metros da habitação mas sem visibilidade. 

Saída de praia do Presidente Marcelo

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Claro que não é a primeira vez que podemos ver o nosso Presidente Marcelo na praia, mas este Sábado o direto que a TVI fez praticamente na abertura do Jornal da Uma será inesquecível. Para quem não viu, deixo aqui o link do vídeo, para perceberem os passos de Marcelo, a saída da praia e os cumprimentos aos populares e vizinhos de Cascais. Seguimos e acompanhamos o nosso Presidente a sentar no banco para sacudir a areia do corpo e ainda ter tempo para conversar com outra sua vizinha e um turista brasileiro sobre o estado do seu país e as diferenças entre Portugal e Brasil em tempos de pandemia.

Quem nunca sonhou ver um Presidente da República a sair da praia em direto na televisão nacional, de calção no corpo e sem qualquer segurança por perto? Andei trinta anos para ver estes preparos de um Presidente como um cidadão comum que o é... Ao longo do direto até tive tempo para imaginar Cavaco Silva de tanga na sua saída magnífica do areal de uma praia dos arredores de Boliqueime ou mesmo Ana Gomes, se vier a ser Presidente um dia, com o seu biquíni pela piscina municipal de Estremoz a espalhar charme e sensualidade por todo o lado. 

Alergia de regresso!

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Há uns dias vi no noticiário que estavam a caminho vários dias que podiam ser complicados para quem sofre de alergias. No momento pensei que teria de estar atento. Ontem os primeiros sintomas alérgicos regressaram, após umas semanas de pausa.

A concentração de pólenes encontra-se elevada em várias zonas do país e com a sorte que tenho logo me bateu à porta, como um ser sensível que sou, uma nova dose alérgica. Os olhos já parecem pesados, os ouvidos fazem os seus batimentos estranhos e os pingos no nariz iniciaram a sua rota sem paragem, já para não falar na garganta que puxa aquela sensação estranha de tosse irritadiça. 

Os pólenes estão revoltados e alguém tem de levar com as consequências de tais ajuntamentos. Vamos lá atacar e esperar que estes aglomerados desapareçam rapidamente. 

Afinal a Quadratura do Círculo não acaba

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Ricardo Costa, diretor da SIC Notícias anunciou há uns dias o final do mítico programa de comentário político, Quadratura do Círculo, da antena do canal, no final de Janeiro. Com o anúncio tornado público várias foram as vozes a pedirem explicações para este desfecho do programa, o que foi justificado pela direção do canal, como sendo uma necessidade para se fazerem «várias alterações na grelha», segundo Ricardo Costa que acabou por valorizar o formato na programação, «O programa Quadratura do Círculo foi sempre importante para a SIC Notícias e faz parte da sua história, mas vamos apostar em novos formatos». 

Com o final anunciado na SIC Notícias as respetivas direções dos canais informativos da concorrência começaram a corrida para agarrarem este formato que começou na rádio TSF na década de 90 e que passou e viu o sucesso televisivo há catorze anos. RTP3, Porto Canal e TVI24 entraram na corrida para comprarem os direitos do formato e já existe vencedor. Será a TVI24, liderada por Sérgio Figueiredo, que irá transmitir já a partir de dia 31 de Janeiro ou 07 de Fevereiro a nova temporada do formato.

Nesta nova casa televisiva Carlos Andrade continua a ser o moderador de Quadratura do Círculo, continuando a ter como companheiros de viagem António Lobo Xavier, Jorge Coelho e Pacheco Pareira, que todas as Quintas-feiras, pelas 23h00, continuarão a aparecer nas casas dos portugueses como sempre tem acontecido ao longo dos últimos anos, só que agora num canal ao lado. 

Gente Que Não Sabe Estar já estreou

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Ao contrário dos receios que tinha sobre o regresso de Ricardo Araújo Pereira ao ecrã da TVI com um novo programa de humor sarcástico virado para a política, a estreia surpreendeu-me pela positiva, mostrando que desta vez sim, o RAP português conseguiu ir de encontro ao que realmente o público quer ver e não entrar em modo bem mais filosófico para conquistar somente uma minoria. 

Gravado no palco do Teatro Villaret e contando com Cátia DominguesManuel CardosoJoana MarquesGuilherme Fonseca, Cláudio Almeida, Miguel Góis, José Diogo Quintela e o famoso Insónias em Carvão no lote de humoristas residentes deste projeto, Ricardo Araújo Pereira é um género de pivô que critica e faz-se apoiar dos seus companheiros de bancada para dar várias achegas ao governo e diversos partidos que começam agora a preparar as suas candidaturas às próximas eleições. 

António Costa, Assunção Cristas e o seu arroz de atum na sua aparição n' O Programa da Cristina, os serviços públicos do genro de Jerónimo de Sousa, entrevistas bizarras e debates entre os vários partidos onde ninguém se entende até surgirem assuntos polémicos de que todos se querem desmarcar, Ricardo Araújo Pereira com o seu bom toque de humor arrasa a política, comenta, brinca e goza com as notícias que vão surgindo à semana, fazendo ao mesmo tempo um pouco de futurologia, e sempre com o cuidado de não ser brejeiro como a maioria dos comediantes que andam por aí. Existe humor e humor e aqui encontramos um caso de humor gourmet com um só nome, Ricardo Araújo Pereira. 

Estreia Hoje | Gente Que Não Sabe Estar

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Ricardo Araújo Pereira regressa hoje, 20 de Janeiro de 2019, aos ecrãs nacionais para estrear um novo suplemento humorístico inserido no Jornal das 8, da TVI. Se o Ricardo fazia falta à televisão? Sem dúvida, no entanto existem umas questões do passado que me deixam de pé atrás perante este regresso.

Primeiramente quero comentar o facto da direção de programas e de informação do canal em insistir em colocar espaços de humor político como partes dos informativos. Podiam perfeitamente dar este novo espaço, Gente Que Não Sabe Estar, colado ao informativo, mas como formato autónomo e que vale por si, sem existir qualquer necessidade de ficar inserido, na sua primeira exibição, dentro do principal bloco de informação do canal. Depois as repetições na TVI24 já são livres, por isso qual o fundamento desta colagem?

Segundo ponto... No passado Ricardo Araújo Pereira estreou dois formatos do género, também dentro do Jornal das 8, e não me conseguiu convencer, achando tudo muito forçado. Desta vez vou dar a liberdade de começar de novo, uma vez que esta nova aposta parece ser diferente do que foi feito anteriormente. Será que é mesmo diferente e consegue ter uma maior dinâmica e uma piada mais formatada sem roçar o ridículo para cumprir contrato?

Críticos por Pedrógão Grande

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Muito já li pelas redes sociais acerca do tratamento da comunicação social face aos acontecimentos de Pedrógão Grande, essencialmente porque a TVI, tal como todos os canais generalistas, continuou com a sua programação normal ao longo da tarde, só que enquanto RTP tinha futebol e a SIC cinema, como todos sabem no canal quatro o programa de Domingo é o Somos Portugal. Já ao serão foi a vez de ser a SIC a levar com as criticas por ter transmitido o Just Duet. Muitos achavam que seria sensato por parte da direção de cada estação ter cancelado a exibição dos formatos para darem algo não programado ou estarem em direto do local da tragédia, o que foi feito nos canais informativos com e sem rigor. O que me pergunto é, valeria mesmo a pena cancelar tudo o que estava programado quando existia um canal suplementar do grupo que estaria em direto ao longo de todo o dia do local dos acontecimentos, neste caso a SIC Notícias e a TVI24?

Estas criticas fizeram-me lembrar uma situação que vivi e que acabei por recordar um pouco. Falo do dia em que o funeral da minha avó se realizou. Dia esse que também assinalou o aniversário da minha afilhada. O funeral foi ao início da tarde e pensei que não deveria ir ao jantar de família, feito em casa, mas todos me disseram que não havia mal algum em ir jantar com eles porque tinha de comer, ou em casa ou na casa dos meus primos, teria de jantar. E fui, os meus pais e tios aconselharam-me a ir e optei por não desmarcar o que já estava combinado. Claro que o espírito não é o mesmo, claro que não existem festejos como se de outro dia normal se tratasse, mas as coisas acontecem e os que cá ficam têm de continuar a viver, de luto, com um pensamento distante por alguns momentos, mas não é necessário alterar totalmente uma rotina porque um acidente acontece e os que cá ficam têm a obrigação de desfalecer. Não vamos atirar foguetes de alegria, mas existe a necessidade de continuar e tentar voltar rapidamente à rotina, não deixando que os factos menos bons tomem conta do psicológico de cada um. Não queria ir, fui e não me arrependi em algum momento de ter tomado tal decisão. 

Claro que a dimensão dos acontecimentos não tem comparação, mas uma morte toca sempre quem está envolvido e neste caso da devastação de Pedrógrão Grande é um acontecimento que marca o país, que arrecada muitas lágrimas e tristeza e que fez com que este Domingo tivesse sido passado com um pensamento fora do comum, com um tema que ninguém gostaria de ter visto acontecer, mas que infelizmente quebrou várias famílias, aldeias e uma sociedade que agora ter-se-a de reerguer com as faltas que este fatídico incêndio provocou. 

Não percebo a indignação das pessoas que criticaram os canais, principalmente a TVI, por não alterarem a sua programação, sendo que muitos desses críticos foram certamente para um arraial festejar ou para a praia desfrutar do dia quente que se fez sentir, não se lembrando nesse caso que o país está em luto nacional durante três dias. Há que ter noção sobre o que se diz porque quando hoje se criticam atitudes as mesmas podem muito bem ser feitas pelos próprios em ocasiões semelhantes. 

Neste caso os canais já tinham as suas programações definidas, existem os canais informativos para estarem em direto do local dos acontecimentos constantemente, qual seria a necessidade de estarem dois canais de cada grupo a transmitirem de manhã à noite a mesma emissão? Por essa lógica muitos dos canais de Cabo tinham fechado a sua emissão porque os seus programas não estão de todo de acordo com o que esses críticos chamam de dias de luto onde não comem, não conversam, não saem de casa, não exprimem um sorriso e não tentam descomprimir, ficando somente a matutar na dor que fica para sempre mas que pode muito bem ser tranquilizada com as rotinas do dia-a-dia.