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O Informador

Regressa a Cultura sem touros

Imagem retirada de https://sol.sapo.pt/

Imagem retirada do portal Sol

 

O início de Junho está a assinalar o retomar de atividade em várias áreas, onde se incluem as atividades culturais, podendo realizar-se a partir de agora concertos, espetáculos teatrais, estando também as salas de cinema abertas, tudo com as novas e necessárias medidas de segurança. O que não ficou com luz verde para poder recomeçar foi a tauromaquia que terá de esperar mais uns tempos para poder iniciar, o que está a gerar descontentamento por parte de cavaleiros, forcados e todos os profissionais envolvidos que na passada Segunda-feira, 01 de Junho, protestaram junto ao Campo Pequeno, com vários rostos conhecidos a acorrentarem-se aos portões da praça. 

Não sou defensor da arte do toureiro, bem pelo contrário, mas mesmo recriminando esta histórica tradição e sua continuação tenho de admitir que neste caso está a existir uma clara discriminação por parte do Ministério da Cultura. Se permitem a retoma de praticamente todas as atividades culturais, como não o fazem com os toureiros?

O que ainda piorou esta situação foi o facto de barrarem o regresso de homens, cavalos e touros à arena quando na praça do Campo Pequeno, transformada em sala de espetáculos, foi realizado o concerto humorístico Deixem o Pimba em Paz, idealizado por Bruno Nogueira, logo no primeiro dia de abertura das salas. Coincidência ou provocação pura?

A proibição das touradas

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Os anos passam e a questão da proibição das touradas continua a ser adiada por existirem várias faixas da sociedade, inclusivamente políticas, que são a favor da tortura em praça pública de animais. Não sou de todo defensor desta teoria de tradição que se deve manter num momento em que se defende cada vez mais o bem-estar animal, com leis que vão de encontro à sua proteção.

As últimas informações dão conta de que o atual Governo tem no seu Programa a intenção de aumentar a idade mínima para assistir a touradas. Indo de encontro às medidas defendidas pelo PAN, o executivo de António Costa quer aumentar assim a idade mínima dos 12 para os 16 anos e quando o Programa de Governo foi anunciado logo começou o debate público sobre a questão.

Sim, já que ainda estamos com anos de atraso em relação à proibição das touradas, que tantos políticos apoiam de pé pelas bancadas onde por vezes conseguem ganhar votos dos aficionados, pelo menos que se tentem educar gerações, mostrando que massacrar animais como forma de arte não está dentro dos comportamentos corretos a tomar. Uma luta inglória entre animal e humano, onde o touro é espetado para mais tarde ser abatido após ser usado como um simples objeto que é criado para sofrer por intenção dos humanos nas suas últimas horas de vida. Que tal colocarem defensores de touradas numa praça ao lado de leões para perceberem se conseguem ficar no mesmo patamar do animal que enfrentam?

Quando um animal ataca um humano de forma violenta o que lhe acontece? É de imediato abatido porque se torna perigoso. Até agora quantos toureiros e seus camaradas das arenas foram presos por matarem animais por terem a desculpa de estarem a proporcionar ao público um espetáculo com tradição?

Convites Duplos | Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções

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No ano em que celebra 70 anos de vida e 50 de carreira, Fernando Tordo realizou concertos únicos em Lisboa e Porto. Agora será a vez do Auditório do Casino Estoril receber o cantor de 1 a 4 de Novembro para a apresentação do espetáculo Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções. 

Ao longo de quatro sessões, o músico e compositor irá reavivar a memória de todos com as composições que criou para José Carlos Ary dos Santos, com quem manteve uma forte parceria e amizade ao longo do tempo. As primeiras músicas compostas por Fernando Tordo e as letras de Ary dos Santos numa colaboração de onde resultaram temas como Cavalo à Solta, Estrela da Tarde e Tourada. Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções é um concerto celebrativo da música portuguesa, preservando memórias, contando histórias e recuperando êxitos. Ao longo de quatro dias Fernando Tordo recordará assim momentos que ficam para sempre na história da cultura portuguesa.

Tu que estás agora a ler este texto podes ganhar convites duplos para as sessão de Quinta e Sexta-feira, pelas 21h30, e Domingo, pelas 17h00. Este passatempo irá estar disponível até às 18h30 de Quarta-feira, 31 de Outubro, para a sessão de dia 01. Já para as sessões de dia 02 e 04 o sorteio encerra pelas 14h00 de dia 02. Nesses mesmo dias serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Quem não ganhar para uma sessão pode concorrer para a seguinte. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos convites duplos acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

A Inglesa e o Marialva | Clara Macedo Cabral

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Título: A Infglesa e o Marialva

Autor: Clara Macedo Cabral

Editora: Casa das Letras

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Julho de 2018

Páginas: 352

ISBN: 978-989-741-953-9

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Esta é a história verídica de uma inglesa apaixonada por cavalos que chegou a Portugal nos anos sessenta com o sonho de aprender a tourear. Determinada, aventureira e apoiada por famílias portuguesas importantes, Ginnie Dennistoun - que escolheria o nome artístico Virginia Montsol - não só venceu todas as barreiras como se tornou uma pequena celebridade no mundo fechado, elitista e masculino dos toiros, arrebatando o público com a sua elegância e beleza.

Na Chamusca do Ribatejo, onde passou a residir, Ginnie viveu em segredo um grande romance com o toureiro que fora seu mestre. Mas como se sentiria esta rapariga de vinte e poucos anos, alternando entre a Inglaterra dos Swinging Sixties, da emancipação da mulher, dos Beatles, da construção de uma sociedade mais igualitária, e o Portugal salazarista, pobre e marialva, onde as mulheres deviam ser obedientes e discretas e a sua relação com um homem mais velho era um escândalo?

A Inglesa e o Marialva narra a vida de uma mulher de coragem que, contra tudo e contra todos, incluindo a própria família, venceu os constrangimentos do mundo em que nascera e, nessa viagem, descobriu verdadeiramente quem era.

 

Opinião: Uma jovem inglesa apaixonada pelo mundo do toureio mudasse para Portugal para aprender a arte com os mestres ribatejanos que triunfam nas praças nacionais e dão cartas também internacionalmente. Encontramos-nos nos anos sessenta e conhecemos assim Ginnie Dennstourn, que mais tarde vem a escolher o nome artístico Virginia Montsol, a heroína de A Inglesa e o Marialva, num romance real transformado com pontos de ficção por Clara Macedo Cabral, que veio a ter acesso ao passado desta mulher através de memórias deixadas entre os mais próximos. 

Lembrando o passado de Ginnie e ao mesmo tempo fazendo uso de cartas atuais quando já se encontrava nos seus últimos anos de vida e longe de Portugal, a vida desta sonhadora que quebrou regras é colocada em destaque no meio taurino. Ao mesmo tempo que acompanhamos todo o processo de aprendizagem de Ginnie com o seu professor e eterno apaixonado Alberto, vamos visitando a história da tauromaquia dentro e fora de território nacional. Convivendo com nomes importantes do meio social na altura, como é o caso de David Ribeiro Telles e António Luís Lopes, tal como as suas respetivas famílias e amigos, Ginnie chegou e em pouco tempo entrou nas mais céleres lides pelas praças portuguesas, criando laços com quem se cruzava e acabava por conquistar. Aprendendo a punho com a ajuda de Alberto, pagando as suas contas, comprando cavalos para ensinar e poderem ser os seus companheiros de toureio, Ginnie foi aceite por uns e enfrentou muitos pelo facto de ser estrangeira e querer mudar o mundo com as suas ideias sobre a arte de cavalgar. 

Atitude positiva! Dos Touros para o Desporto!

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A Câmara Municipal de Viana do Castelo mostrou atitude ao declarar-se em 2009 "anti-touradas" e agora, mais de sete anos depois, a autarquia irá iniciar o processo de alteração do espaço da praça de touros para o transformar num complexo desportivo que envolve além do recinto todo o seu espaço envolvente. 

A antiga praça de touros de Viana do Castelo, que recebia uma vez por ano um espetáculo pela altura das Festas da Senhora D'Agonia, irá assim ser convertida a bem do desporto local. Com um investimento de 2,5 milhões de euros, a antiga arena irá dar lugar a um espaço multiusos com pista de atletismo, campos desportivos e uma vista panorâmica no topo do edifício. 

A renovada "Praça de Viana" será utilizada a favor do desporto com várias modalidades a decorrerem dentro do espaço e com acesso a toda a área em redor que será também reconstruida para tornar a zona num espaço familiar e de bem-estar que possa ser utilizado ao longo de todo o ano com vários eventos a decorrerem. 

Morte animal em direto na RTP

A RTP continua a transmitir touradas em pleno século XXI!

Serviço público de qualidade onde? De público é que aquele canal não tem nada, só se for o dinheiro que todos nós pagamos na fatura da luz para serem transmitidos espetáculos de morte animal em direto!

Aplausos para todas as direcções, incluindo a atual onde a comédia impera e as cunhas reinam, para a má organização e programação que apresentam ao espetador!

Tenho cá uma pena!

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Os dados audiométricos revelam que o público rejeita cada vez mais a transmissão de touradas em canal aberto. A última palhaçada do género que a RTP transmitiu foi vista por 350 mil espetadores, longe dos milhões de outros tempos, quando muitos veneravam este estilo de espetáculo de morte do animal na arena. 

Com estes valores espera-se que a mais recente administração do canal público abra os olhos e não gaste milhares com o que não vale a pena e nem deve ter apoios!

Degredo tauromáquico

Na tarde de Sábado e pelo café da aldeia em pleno Alentejo assiste-se à repetição da tourada que foi transmitida no serão de Sexta-feira pela RTP1. Não gosto mas enquanto estava de jornal na mão e telemóvel ligado pelas redes sociais, lá fui ouvindo o que estava a passar no pequeno ecrã e os comentadores que enchiam a sala sobre o que se iria passar a seguir...

O touro ia contra o cavalo que caia contra as tronqueiras e o cavaleiro saltava em segurança para onde o touro geralmente não chega. Eis que o momento que todos aqueles telespectadores alentejanos esperavam acontece, com direito a repetição atrás de repetição. O cavalo de Gilberto Filipe, o cavaleiro desconhecido para a minha pessoa, torce por completo o pescoço contra as tábuas, enquanto o touro lhe dá voltas e voltas até há chegada do pessoal entendedor no assunto que fizeram com que a besta soltasse o animal indefeso.

Confesso que talvez esteja mais sensível e naquele momento em que aquelas cenas foram vistas só me apetecia chorar com pena de um animal, o cavalo, que tal como o touro, não tem culpa da estupidez dos humanos que os obrigam a entrar num espectáculo cada vez mais fora de época e desnecessário culturalmente.

Se tenho pena dos homens que se magoam numa corrida de touros? Nenhuma! Colocam-se na posição que querem e de livre vontade, não lhes sendo apontadas farpas e ferros para que cumpram obrigatoriamente as suas funções. Aleijem-se com vontade meus senhores que não me faz qualquer diferença porque são livres de fazerem o que querem, não arrastem é os animais que não têm culpa alguma das ideias absurdas dos humanos convosco.

Touradas cruéis

Na sala os meus pais insistem em continuar a ver touradas e mais touradas como se aquele espetáculo degradante tivesse bons momentos para aplaudir.

Enfim, nem sempre os gostos familiares são passados de geração em geração. Embora em criança tenha adorado o mundo tauromáquico, hoje abomino completamente e continuo sem perceber quem defende esta prática matadora de animais indefesos num completo show da vida sanguinária ao vivo. 

Vejam as farpas a serem espetadas num touro e imaginem que é em vós, público que venera uma arte histórica tão miserável, que tal crueldade é imposta!

Touradas

As touradas e as suas festas, que compreendo cada vez menos, ainda continuam a ser transmitidas e a fazerem notícias como se fossem um bom espetáculo! Enfim!

Valerá mesmo a pena andarem a sacrificar animais publicamente, numa espécie de brincadeira para o povo ver e depois essas mesmas pessoas serem defensoras dos direitos dos animais? Aplaudem as regras que são colocadas em prática para salvaguardarem cães e gatos dos maus tratos que tantos donos praticam, no entanto depois sentam-se pelas praças nacionais a baterem palmas com gritos imundos a moralizarem os terroristas do mundo animal que se vangloriam por espetarem afiadas facas a criaturas que correm durante uns bons minutos em auto defesa inglória para com o ser humano.

Em criança adorava o ritual das touradas e tudo o que envolvia a festa tauromáquica, com o crescimento e as mudanças de pensamento fui percebendo que as ideias que sempre me foram dando acerca daquele sacrifício animal estavam todas erradas. Assistir ao início do leito de morte de um touro num ato de cobardia do homem perante os seus semelhantes mostra um estado lastimável da cultural do país.

Matar animais em praça pública e com aplausos pelo meio não é um estado cultural de que o povo se tenha que orgulhar por ser uma tradição a manter. Eliminar a vida de um touro é matar um animal, é ferir um ser e festejar tal cena macabra perante centenas ou milhares de pessoas!

Uma tourada, no sentido figurado da palavra, é uma verdadeira correria onde se persegue alguém que furta algo. Será que os pobres animais que levam os maltratos pela arena fizeram algum mal às pessoas com quem se acabam de encontrar na triste festa?!

Existem vários papéis trocadas nesta espécie de arte aplaudida por muitos e criticada por poucos!