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O Informador

Top de Maio

O mês de Maio já lá vai e este blogue só tem motivos para celebrar, sendo que estes dias serviram para reforçar o crescimento d' O Informador. Este espaço tem crescido e mês após mês mostrado valores superiores aos anteriores, como tal só tenho mesmo que agradecer a todos os que visitam a página diariamente, enchendo-me com ideias positivas e também dando-me a certeza de que o trabalho feito tem sido bem aceite por todos! Posso dizer que no espaço de ano e meio os valores do blogue cresceram acima do esperado, deixando-me com a perspectiva que vamos fechar este ano com uns valores bem positivos!

Como tem sido habitual, quando um mês termina partilho a lista dos textos mais vistos dos últimos trinta dias, como tal segue-se o top dez dos mais bem colocados de Maio!

  1. Rir com listas telefónicas
  2. Passatempo – Eu Sou Deus
  3. Suicídio no Carregado
  4. Passatempo – A Manhã de Ser
  5. A Lacuna
  6. O desconvite a Teresa Guilherme
  7. José Rodrigues dos Santos lança livro em França e esquece Portugal
  8. Loom Bands, a nova moda
  9. Passatempo – A Volta ao Medo em 80 Dias
  10. Mimikas e companhia

E parece que, ao contrário do mês de Abril, os passatempos não foram os reis exclusivos da festa! Desta vez só três conseguiram infiltrar-se entre os mais vistos, deixando os restantes sete lugares para artigos de opinião! As listas telefónicas que podem servir para um bom momento de descontração, o acidente fatídico no Carregado a que assisti, opinião sobre livros, o lançamento de uma obra de autor nacional por França e os famosos com as pulseiras da moda conseguiram chegar aos lugares cimeiros de Maio.

Um top variado com literatura, passatempos, diversão e notícias! No mês que terminou a oferta foi para todos os gostos! Grato pela adesão!

Traumas

Os acidentes e acontecimentos do género sempre me ficam marcados pela mente por longos anos e os locais onde acontecem jamais são esquecidos, estando as imagens bem presentes quando passo pelo sítio onde algo de mau aconteceu. Agora foi o suicídio no Carregado mas antes já outros momentos do género marcaram a minha área traumática.

Lembro-me de quando tinha aí uns onze anos, mais coisa menos coisa, e ir a caminho da praia da Foz do Arelho com os meus pais e a estrada nacional estar cortada. Tivemos que fazer um desvio e uns quilómetros depois do início desse mesmo desvio o trânsito estava todo parado. Ficamos paralisados na estrada uns bons minutos até que o meu pai decidiu ir a pé ver o que se passava, já que nenhum carro circulava nem para um lado nem para o outro. Como sempre fui curioso em relação a tudo lá tive que ir também ver o que se passava e uns bons metros mais à frente um acidente... Uma senhora desmaiada, acho, cheia de sangue e com um aspecto terrível dentro de um carro esmagado! Hoje ainda me lembro daquela imagem, daquela mulher loura, com sangue pelo corpo e sei bem o local onde tal acidente aconteceu, não tendo mais passado no mesmo, felizmente!

Anos mais tarde, talvez aí há uns dois, a caminho de Lisboa pela auto estrada, quando a noite já se fazia sentir e o trânsito corria como se nada acontecesse nova peripécia do género aconteceu! A poucos quilómetros da entrada da capital passei por um corpo no meio da estrada, disseram-me no momento para não olhar mas não resisti porque tenho de ver sempre estas situações que me fazem mal. Olhei e vi um corpo decapitado chapado no meio da faixa de rodagem! No dia seguinte foi notícia que um motociclista tinha perdido a vida na A1, tendo o corpo perdido a cabeça com o embate. Hoje quando passo no local sempre me lembro do que vi!

Agora foi este suicídio no Carregado, num local onde passo praticamente todos os dias! Sei que não me irei esquecer do que vi e ouvi assim de forma tão rápida como desejado! Não consigo deixar de olhar por querer tentar perceber o que se passa com estas situações e depois fico com traumas para a vida que me fazem sentir mal e ter locais marcados de forma infeliz!

Suicídio no Carregado

Existem coisas que nos marcam e que ficam na memória, por mais que tentemos esquecer, por largos anos! Uma delas será o suicídio a que acabei de assistir no Carregado! Um homem caiu, acredito que por vontade própria porque os apelos de quem o rodeava assim o mostravam, de um prédio com talvez quinze andares! Vi os últimos minutos do indivíduo pendurado na janela, a ser puxado por quem estava no interior do apartamento e vi a queda, com um estrondo quando o impacto no chão aconteceu!

Primeiro comecei a ouvir as ambulâncias e carros policiais, depois gritos de desespero e quando decidi ir à rua olhei para o local exacto onde tudo estava a acontecer e fiquei sem reacção. Um homem estava pendurado num décimo terceiro ou quarto andar, seguro por um braço e só ouvia alguém dizer que não estava a aguentar mais o esforço. Fiquei pálido, aflito e sem saber o que fazer! Uma sensação estranha que é complicada de explicar por palavras e imagens que irão ficar na memória por muito tempo!

Nestes casos tenho que olhar e ver sempre tudo, não conseguindo seguir em frente sem perceber o que se passa e aqui vi os últimos minutos de vida daquele homem desesperado por algum motivo e que decidiu colocar assim termo à vida.

Neste momento em que estou a escrever o texto pouco mais de trinta minutos passaram sobre o sucedido e tenho o estômago às voltas, sentindo agonia pelas imagens e por relembrar o som do impacto que a queda teve. Um acidente que me pareceu voluntário e que me chocou! Não consigo explicar como fiquei, só me lembro de estar a olhar fixamente, sem querer tirar os olhos daquele ser e a acreditar que o iriam conseguir recuperar para o interior do apartamento quando vejo o corpo a descer e as pessoas a gritarem.

Uma sensação de pânico pessoal inexplicável!