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O Informador

Isto não vai ser fácil!

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Outubro está a ser um mês crítico, fazendo perceber que Novembro e Dezembro ainda serão dois conjuntos de trinta dias mais críticos no que toca ao estado da pandemia em Portugal. As coisas estão a avançar para uma situação de alguma desestabilização nacional com os cuidados de saúde a verem as ocupações hospitalares vagas a diminuírem e com os profissionais a voltarem a dar o litro para bem de todos nós. E o que teremos de fazer? O nosso rigoroso trabalho, não ficar em espera que os outros o façam por nós já que, como em várias situações da vida, se não remarmos contra a mesma maré não alcançaremos a outra margem.

Podemos instalar a StayAway Covid, sendo alertados sobre possíveis cruzamentos com casos positivos pelos últimos dias. Podemos andar de máscara e álcool gel atrás por todo o local público mas não podemos, em momento algum, esquecer que entre familiares e amigos a porcaria do vírus também se transmite. E é aqui que está um dos principais fatores para que os milhares de novos casos atuais estejam a bater recordes até de recordes a desfavor do nosso bem estar, tal como vários eventos ilegais e festividades onde a organização dos cuidados necessários é deixada de lado. 

Eu falo por mim, em casa nunca usei máscara, mas à umas semanas atrás, quando tudo parecia já andar mais calmo e com números entre os duzentos e trezentos novos casos diários, em casa de familiares e mesmo amigos já ia retirando a máscara, ora para comer, ora por me sentir à vontade, sabendo sempre que existe a possibilidade de o vírus já existir e ser passado antes dos primeiros sintomas surgirem no portador. Com o tempo e os meses de Verão a decorrerem fomos perdendo de forma negativa os cuidados inicias, por cansaço e ao se entender que os novos casos não estavam tão altos. 

Agora, em menos de um mês, a curva tem subido de forma vertiginosa e a maioria ainda não encaixou que voltamos a um nível pior do que aquele que já havíamos passado anteriormente, quando meio país ficou fechado em casa durante semanas e mesmo meses. A situação atualmente está a tomar contornos bem mais agressivos, não iremos voltar em bando para casa porque a economia não aguenta e o esforço feito antes tem de ser agora reforçado dentro e fora de portas, respeitando e com mil cuidados possíveis. Agora a ideia é viver o mais normal possível, convivendo com o vírus e tentando escapar sempre mais um dia ao seu ataque. Vamos estudar, trabalhar, conviver e mesmo celebrar, mas tudo com a máxima proteção possível para que o país não entre em rutura a nível da saúde e consequentemente económico.