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O Informador

Alma, de Tiago Correia, no Teatro Aberto

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Vencedor do Grande Prémio de Teatro da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) em 2018, Alma, o texto de Tiago Correia, chegou ao palco da Sala Vermelha do Teatro Aberto para relatar a procura insistente de um sentido para a vida por parte de três jovens estudantes de teatro perdidos e sem significado. 

Encenado por Cristina Carvalhal e interpretado por Bernardo Lobo Faria, Bruna Quintas, Guilherme Moura e Sofia Fialho, em Alma os curtos e fáceis diálogos ajudam a desbravar caminho entre três amigos que debatem os seus próprios conflitos através de temas como o amor, amizade, ciúme, família, relações e obstinação. 

Partindo de um espaço húmido e de solidão de um sótão com uma cama cheia de vazios, dois amigos fazem as suas visitas para que ao mesmo tempo se justifiquem sobre quem são e o que valem numa sociedade onde as representações tomam lugar num mundo cheio de vontades, contrastes e adversidades que deixam o real sentido das aproximações de lado. O que cada um vale no presente quando existe um futuro tão inserto, feito pela procura de uma perfeição visual através das redes sociais e o uso necessário dos outros, sem que faça sentido a perceção de preocupação. Procurando o sentido da vida como forma de apaziguar o que está para acontecer, uma quarta personagem entra em cena, após os complicados e violentos conflitos existentes, para desbravar caminho e abrir consciência perante o verdadeiro sentido e a necessidade de entrega para receber.

Alma é daqueles trabalhos apresentados no Teatro Aberto onde a concentração é fundamental, focando temas, debatendo contrastes e pretendendo que o público faça a sua própria reflexão para que entenda o que estará mal consigo e cujas personagens mostram a frio.