Blogger anónimo
Alguns anos passaram desde que tudo começou com o blog. Comecei a fazer publicações, não dizia quem era nem mostrava imagens que me pudessem identificar, existindo Facebook, mas ainda não tendo Instagram na altura. Não poderei dizer que por detrás d' O Informador estava uma pessoa que não se queria apresentar, visto que quando me questionavam revelava quem era, não me escondendo totalmente atrás das palavras. Simplesmente tentava manter o anonimato e não revelada que tinha um blog porque ninguém o tinha que saber.
Hoje vejo que nessa altura existia uma maior liberdade de escrita para que publicasse o que bem entendia. Agora já não é bem assim porque neste momento quem está do outro lado sabe quem sou, poderá seguir-me pelas redes sociais, ser meu familiar, amigo ou vizinho, e tudo isso fez com que a partilha livre e sem constrangimentos fosse alterada, isto porque só de saber que quem me conhece pode ser quem está do outro lado tudo altera.
As situações partilhadas alteram de figura, existindo um certo condicionamento com filtros sobre o que é dito e revelado porque nunca se sabe quem está neste preciso momento a ler este texto em que até posso dizer «que se foda» ou que essa pessoa é uma grande cabra que assalta as carteiras alheias. Posso dizer o que me apetece, mas até onde termina a liberdade de blogger livre e desconhecido porque se pensa que existe uma maior necessidade de ter cuidado porque a carteirista ou a pessoa que gosta muito de mim mas que não admite uma asneira continua, será (?), a ler este texto?
Atualmente existe uma imagem a defender com «quem me quer bem» - não existe uma música parecida com esta expressão? - ou mal, que vão passando pelo blog de forma descontinuada mas que vão aparecendo e depois volta não volta lá comentam pessoalmente determinada publicação, o que para mim, pessoa que não gosta sequer que vejam as minhas publicações nas redes sociais quando estão ao meu lado, acaba por ser constrangedor.