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O Informador

«Saudade»

Palavra do Ano 2020

 

A 12.ª edição da iniciativa Palavra do Ano decorreu ao longo das últimas semanas do ano 2020 e terminou com a eleição da palavra «Saudade» como vencedora com 26,8% dos mais de 40 mil votos obtidos ao longo desta seleção. Nesta eleição final estiveram também as palavras «covid19», «pandemia», «confinamento», «zaragatoa», «telescola», «discriminação», «infodemia», «digitalização» e «sem-abrigo», mas a escolha recaiu em «Saudade».

Num ano tão atípico como foi 2020 as palavras em torno da pandemia mundial e dos relacionamentos afetivos andaram entre as preferências dos portugueses e a «Saudade» que todos sentimos da dita normalidade, dos pequenos pormenores, dos abraços familiares, do convívio com os amigos, acima de tudo das relações humanas que deixaram de ter o afeto e a proximidade para viverem de afastamentos e algum isolamento.

A eleição da Palavra do Ano é feita a partir das sugestões que os portugueses vão deixando ao longo do ano no site www.palavradoano.pt, também perante as pesquisas efetuadas no Dicionário da Língua Portuguesa em www.infopedia.pt e com base no trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora.

Metro ajuda sem-abrigo

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O Metro de Lisboa irá abrir as portas de cinco estações ao longo de toda a noite para acolher os sem-abrigo durante as noites que se aproximam, onde as baixas temperaturas irão fazer-se sentir. 

As estações do Rossio, Intendente, Saldanha, Oriente e Colégio Militar irão estar de portas abertas durante a noite para que quem passa as horas noturnas a dormir pela rua da capital possa ficar abrigado das baixas temperaturas que irão fazer-se sentir entre os zero e os quatro graus por todo o país. 

Para além disto também a Câmara de Lisboa se encontra a distribuir refeições quentes, alimentos e agasalhos juntamente com as instituições e grupos solidários que o fazem ao longo do ano. 

A questão que aqui coloco é só uma! Está bastante frio e os institutos públicos e público-privados só assim se lembram das centenas de pessoas que dormem pelas ruas da capital? Não estará na altura da autarquia assumir um novo papel para com este flagelo que é bem notório pelas portas recônditas de edifícios e bancos de jardins ao longo de todo o ano? É necessário assumir que os sem-abrigo existem e a ajuda tem de ser feita para além das refeições e mantimentos, é preciso ajudar a dar volta, acompanhar psicologicamente, encaminhar estas pessoas para casas de acolhimento onde aos poucos comecem a refazer a sua vida com um trabalho assalariado e futuramente a sua independência com acompanhamento institucional para que não voltem a cair. 

Polícia e sem-abrigo

A fotografia de um polícia de Nova Iorque a oferecer um par de botas a um sem-abrigo é uma das imagens que está a conquistar o mundo nos últimos dias.

Na altura em que a época natalícia se aproxima, com a ideia do aconchego familiar a pairar por aí, um agente da autoridade deixou o seu coração falar mais alto e comprou um par de botas para um sem-abrigo que dormia mesmo ao lado de uma sapataria num dia frio deste Inverno.

A fotografia foi tirada por um turista que passava pelo local, não se sabendo o seu nome, mas de certo que esta é uma imagem que poderá ficar na memória de muitos...