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O Informador

O Aliado Improvável | Daniel Pinto

Clube do Autor

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Título: O Aliado Improvável

Autor: Daniel Pinto

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2022

Páginas: 372

ISBN: 978-989-724-609-8

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Baseado em factos históricos, O Aliado Improvável explora o mistério por trás da campanha de espionagem mais mortífera da Segunda Guerra Mundial, conhecida por Englandspiel.

Em Maio de 1940 os Países Baixos renderam-se à Alemanha, após uma batalha intensa. Em poucas semanas Hitler dominava grande parte da Europa Ocidental. De imediato estabeleceram-se contactos entre os Aliados e os movimentos de Resistência para organizar a libertação. Desesperados, os Aliados recorrem a Simon Clifford, agente enigmático e assassino profissional, para eliminar o homem que ameaça os seus ambiciosos planos.

Preparam um grande desembarque de tropas nos Países Baixos. Porém, nos meses finais de 1943 uma misteriosa mensagem codificada altera os projetos. O que aconteceu? Teriam os alemães sido avisados?

 

Opinião: Com o Mundo a passar por uma situação de Guerra, chegou até mim O Aliado Improvável, onde a Segunda Guerra Mundial está em grande destaque ao lado dos dois protagonistas desta história de espionagem.

Conhecendo Simon, um espião norte americano, e Jason, um assassino britânico, o próprio título, O Aliado Improvável, diz tudo sobre o cruzamento destes dois homens que de forma inesperada se tornam numa dupla que rapidamente consegue chegar junto do leitor e que entre identidades falsas a percorrerem várias cidades europeias vão desfiando os novelos que vão surgindo em busca da verdade para ajudar o final e desmantelamento da guerra, tudo através de uma boa rede de informadores, enfrentando os perigos dos tempos de guerra onde nem sempre os inocentes e os que tentam resolver a incompatibilidade conseguem sair ilesos de um confronto com rostos bem organizados. 

Jogo da Imitação

Jogo da ImitaçãoOs retratos por detrás dos rostos que protagonizaram a 2ª Guerra Mundial continuam a servir de mote para películas cinematográficas, aquelas que são feitas para conquistarem prémios pelo tema. Este é o caso de Jogo da Imitação, o filme que retrata Turing, a mente que criou o que serviu mais tarde como base para os modernos computadores.

Com uma narrativa lenta e cliché, um tema mais que batido que vai sendo usado com uma grande finalidade e deixando as grandes teorias matemáticas de lado, Jogo da Imitação é uma biografia de um herói escondido, um ser que lutou consigo contra o preconceito que o acabou por derrubar. Sem qualquer surpresa no enredo que sonda várias histórias sem as conseguir aprofundar, esta produção não é merecedora das várias nomeações a Óscares para as quais está destacada.

Se gostei de ver? Até gostei, no entanto não consigo distinguir o que este filme tem a mais de tantos outros que servem para passar um bom serão por uma sala de cinema ou pelo conforto do lar a assistir a mais uma película feita para a grande tela. Jogo da Imitação é mais um, não é o filme, não é o candidato a vencedor e nem poderia ser. Com uma boa base mas sem grande história que aliada à fraca produção não conseguirá chegar longe pelas preferências que em pouco tempo esquecerão que este filme existiu como um dos melhores de 2014.

Durante o Inverno de 1952, as autoridades britânicas entraram na casa do matemático, criptoanalista e herói de guerra Alan Turing (Benedict Cumberbatch) para investigar um assalto. Em vez disso, prenderam Turing por ‘atentado ao pudor’, uma acusação que levaria à sua devastadora sentença pela ofensa criminal de homossexualidade – mal sabiam as autoridades que estavam a incriminar o pioneiro da computação moderna. Na liderança de um grupo de académicos, linguistas, campeões de xadrez e analistas, Turing foi reconhecido por quebrar o até aí indecifrável código da Enigma, a máquina utilizada pelos alemães na 2ª Guerra Mundial. Um retrato intenso e memorável de um homem brilhante e complicado, «O Jogo da Imitação» relata a história de um génio que sob extrema pressão ajudou a encurtar a guerra e, consequentemente, salvou milhares de vidas.

Actores: Benedict Cumberbatch, Charles Dance E Mark Strong, Keira Knightley

Rating: M/12

Duração: 114 minutos

Data de Lançamento: 15/01/2015

O Leitor

O LeitorConsiderado pela crítica como um dos melhores livros alemães, O Leitor foi traduzido para pelo 39 línguas, tendo vencido vários prémios internacionais de literatura. Agora chegou a minha vez de ler esta obra de Bernhard Schlink e no final não consigo dizer que seja o tão aplaudido romance como é caracterizado por muitos! É bom, mas não é fenomenal! Preferências diferentes!

Sem querer desvendar muito da história, Michael Berg, um jovem com 15 anos, conhece Hanna Schmitz, 36 anos, e a partir daí a rotina dos encontros e os rituais literários e de escuta transformam-se em atos sexuais entre uma mulher que esconde um passado tenebroso e um menor que quer aprender e a quem os receio batem à porta. Dividido em três partes, primeiramente é contado o envolvimento, a aproximação entre Michael e Hanna, sendo depois relatado um reencontro que acontece passados sete anos, quando ambos se voltam a cruzar numa sala de tribunal que coloca em dúvidas o passado entre ambos e onde a comunicação não é permitida. Os campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial e os comportamentos sociais são colocados em destaque neste livro que une o dever com a obrigação e o castigo. Um encontro, um reencontro e no final uma despedida eterna! Um livro que levanta várias questões sobre a história mundial, os crimes praticados na Segunda Guerra Mundial e as consequências do pós-guerra por parte da Alemanha.

Um romance entre duas gerações distintas que viveram as suas épocas de formas também diferentes. A sabedoria e as marcas unem-se à esperança e vontade do que está para acontecer! Com uma escrita corrida, um livro curto mas bem fundamentado e que deixa o seu leitor a pensar no que é relatado e contado sobre o que aconteceu e que marcou a vida de muitos!

A Rapariga Que Roubava Livros

Definitivamente tenho que admitir para mim próprio que mesmo os melhores livros e com histórias envolventes mas que tenham a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo não me conseguem conquistar. Eu tento, mas mesmo com boas personagens a fazerem-se passear pela Alemanha nazi quando tinham um passado judeu consigo, não me sinto conquistado por este tema. A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, escrito de uma forma subtil para conquistar os mais diversos públicos e tem a particularidade de que o seu autor, Markus Zusak, conta todos os acontecimentos de uma perspectiva única, a da Morte que todos quer levar, todos visita, e a quem também dá a mão nos momentos certos de felicidade ou derrota.

Esta obra editada no nosso país pela Editorial Presença pode ser para muitos um grande livro e companheiro de leitura, no entanto não posso dizer o mesmo. Sabendo que esta narrativa foi primeiramente escrita para atrair o público mais juvenil, mas que tem conquistado todas as idades, em A Rapariga Que Roubava Livros segue-se a vida de Liesel que deixa, devido às circunstâncias da Morte, para trás os seus judeus e começa uma vida num ambiente familiarmente nazi. Mas como nem tudo o que as pessoas aparentam aos outros é mesmo a verdade, bem no fundo desta pequena mulher existe um passado que mexe consigo e que lhe vai levar Max até si, um estranho que aos poucos a conquista pelos seus atributos intelectuais e pela força pessoal que lhe vai mostrando ao longo dos tempos.

Todo este romance é contado por uma personagem irreal para muitos de nós, a Morte, aquela que paira sobre cada ser e que um dia nos vai levar consigo, pelo menos a alma de cada um será consigo transportada. É esta Morte que relata tudo o que vai acontecendo pela Rua Himmel, onde vive Liesel, com os seus novos pais e também Rudy, o seu vizinho e apaixonado. Nesta rua e no mesmo local da personagem central poderemos ver também o esconderijo de Max, naquela cave que mudará várias vidas.

A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, porém, devido à época em que tudo acontece, não me conseguiu conquistar, tal como outras obras que se centram na Segunda Guerra Mundial não conseguiram. Para quem gosta de saber mais sobre este tempo tão conturbado mundialmente e que quer um livro original, com uma escrita inteligente e um narrador diferente do habitual, aqui está a solução.