Brooklyn foi o filme em que entrei na sala de cinema com o pensamento de que iria ver uma história e só talvez a meio percebi que o enredo que me estava a ser contado não tinha nada em comum com o que esperava, no entanto confesso que não me importei nada de ter trocado a sinopse.
Eilis vive com a mãe e a irmã na Irlanda onde não consegue encontrar um emprego que a ajude a permanecer no seu país. Então e com o apoio familiar e também do padre consegue um lugar na grande cidade de Brooklyn onde a sua vida é alterada. Se de início tudo parece estar a correr de modo a que o regresso ao seu país aconteça, com o passar do tempo uma profissão e o amor batem-lhe à porta, mudando um rumo solitário. Com o coração preso a um italiano a viver entre os americanos, Eilis sente necessidade de voltar às suas origens para uma visita ao lugar onde cresceu. E aí, na pacata vila onde tudo se sabe sobre a vida alheia, o amor parece voltar a bater à porta, provocando uma dupla paixão que se tenta evitar a todo o custo. O que persistirá no final de uma decisão onde a família e o verdadeiro amor pesam de ambos os lados?
Um filme sentimental, envolvente e que nos leva a pensar no egoísmo em que vivemos no dia-a-dia. Alterar todo um percurso em busca de um sonho é possível com muita crença, perseverança e um forte apoio por trás. Esta adaptação da obra escrita de Colm Tóibin conta com um elenco com notáveis interpretações, dando à atriz Saoirse Ronan uma das melhores personagens que ficará marcada na sua ainda curta carreira.
