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O Informador

Quando o Vaticano Caiu | Pedro Catalão Moura

Saída de Emergência

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Título: Quando o Vaticano Caiu

Autor: Pedro Catalão Moura

Editora: Saída de Emergência

Edição: 2ª Edição

Lançamento: Janeiro de 2024

Páginas: 320

ISBN: 978-989-773-526-4

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Há muito que se sabe que Hitler pretende invadir o Vaticano. A esperança de que não ousasse fazê-lo foi mantendo a cúria em Roma. Até que uma carta misteriosa chega ao Papa e este não consegue acreditar no que lê.

Sua Santidade,

O plano de Hitler vai avançar! O Vaticano será invadido em poucas semanas, talvez dias! O Santo Padre está em risco!

Um amigo

Pio XII terá de reagir depressa para salvar a Igreja das garras dos nazis. Na sua secretária tem convites de Roosevelt, Franco e Salazar para receberem a cúria nos seu  respetivos países. Aceitar o convite de Roosevelt significa escolher um lado no conflito. Como o regime de Franco é demasiado repressivo, resta apenas Portugal. Ainda assim, para se afastar de Salazar, o destino da cúria não será Lisboa, e sim Fátima: «Se serviu para receber a Mãe de Cristo, servirá para receber os cardeais!», clama o Papa.

Pio XII tem mais uma surpresa: renuncia ao papado e opta por ficar no Vaticano. Quer lá estar quando as botas dos nazis pisarem a Basílica de São Pedro. Então, começam as conspirações em Fátima para eleger um novo Papa, com tantas intrigas e conluios que quase fazem esquecer a violência no Vaticano. Este é um thriller arrebatador, inspirado em acontecimentos verídicos: a intenção de Hitler em capturar o Papa, e o convite de Salazar para ele se refugiar em Portugal.

 

Opinião: Encontrar-me com Quando o Vaticano Caiu é perceber que Pedro Catalão Moura fez um excelente trabalho de pesquisa para que cada apontamento sobre o interessante mundo por vezes obscuro do Vaticano estivesse totalmente descrito de forma a fornecer uma aula de História religiosa ao leitor ao mesmo tempo que o entretêm ao longo das horas de leitura.

Neste thriller encontramos os membros da cúpula em autêntico grau de pavor quando percebem que Hitler pretende invadir o Vaticano e derrubar várias figuras de destaque da Igreja. A partir daqui, o Papa que sente que é um alvo a abater toma decisões com os seus aliados mais próximos para que consigam deixar o Estado e ao mesmo tempo manter toda a cúria numa regime de proteção num outro país, escolhendo Portugal de Salazar para serem acolhidos em Fátima onde importantes decisões são tomadas a partir do momento em que quase todos pisam o território religioso nacional.

 

 

Curiosidade | Os casinos do Brasil

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Tapar o sol com a peneira e fazer de conta que a realidade não existe são dois traços culturais muito típicos dos portugueses. Quando uma situação ou circunstância é desagradável, fazemos de conta que não se passa nada e seguimos para a frente. Quanto mais ação isso exigir da nossa parte, pior.  

E parece que os nossos irmãos brasileiros “herdaram” esta nossa mania. A relação dos brasileiros com os casinos e os jogos de azar não podia ser mais cómica. 

 

Uma proibição… 

Portugal foi governado, durante meio século, por um regime político “encostado” aos ideais da Igreja Católica. Goste-se ou deteste-se, ninguém põe em causa que os valores conservadores orientaram totalmente a prática política. No entanto, Salazar nunca se lembrou de proibir a atividade dos casinos; felizmente para o mundo, pois talvez James Bond não existisse se o Casino do Estoril tivesse sido fechado na década de 40. 

Ora, no Brasil, que também tinha uma indústria de casinos florescente, um presidente da República lembrou-se de proibir todos os jogos de azar e fechar os casinos, em 1946. Diz-se que por influência da sua esposa, extremamente religiosa. E assim ficou até hoje – criou-se um “tabu” no Brasil à volta do tema, sendo os jogos considerados uma fonte de pecado e de vício moral e social. Está visto que Salazar era um libertino, ao permitir tal coisa entre nós… 

Enquanto Salazar dormia...

No centro da guerra e dos conflitos sociais existe amizade e amor onde o apoio familiar e o amor à pátria não são esquecidos! O que foi feito Enquanto Salazar dormia... por um espião que não esquecia os assuntos do coração e as necessidades físicias é relatado anos mais tarde pelo grande Jack Gil Mascarenhas ao seu neto, o jovem Paul que não viveu no centro da intriga e dos boatos da Lisboa de 1941.

Um livro que não tem um grande argumento ficcional, no entanto é daquelas obras que envolvem o leitor que sente-se a ser levado página após página pela vida das personagens que se desenrolam e cruzam nas artimanhas das circunstâncias que lhes vão sendo colocadas. Domingos Amaral sabe como conduzir o seu leitor do início ao fim e manter o interesse na história que relata. No entanto falta ao autor aquele toque de grandisiodade que consegue fazer de uma narrativa um doce no centro de uma mesa de salgados. 

A história da História está presente em Enquanto Salazar dormia... que revela ao mesmo tempo muitos momentos ficcionados e de criação do autor que não gosta de se ficar pelo que aconteceu e pelos relatos que lhe foram chegando. O nosso passado está presente de forma suave sem colocar as personagens centrais e que marcaram uma nação em destaque. No entanto é na escrita nada aprofundada e elaborada que este livro tem o seu grande pecado. Fácil de ler e excelente para quem está a dar os primeiros passos literários ou que não lê com regularidade, Enquanto Salazar dormia... não tem um grau muito elevado a nível gramatical, sendo simples e sem grandes ousadias de escrita. 

Cavaco Silva, o Informador

Anibal Cavaco Silva, O InformadorAcabei de descobrir que o atual senhor Presidente da República Aníbal Cavaco Silva também já pertenceu à categoria que há uns anos decidi colocar como nome deste blogue. A dona Maria casou então há umas décadas com um Informador pertencente à Polícia Internacional e de Defesa do Estado!

O Informador de agora é diferente do daquela época, da pessoa que se tornou nosso dirigente e que conquistou os votos de muitos! Cavaco está na presidência do país e eu estou aqui a escrever, olhando para o seu antigo Bilhete de Identidade na altura em que se inscreveu na PIDE, época da ditadura salazarista, altura em que a democracia não existia, ao contrário do país que governa atualmente.

Uma pessoa e um grande contraste de época que mostra a contradição do senhor Silva! Pena ter sido apelidado de Informador, a palavra que deu o nome a este blogue livre e isento democraticamente!