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O Informador

Aquelas saídas!

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A idade pesa e quando falamos em saídas noturnas o fator idade revela-se cada vez mais!

Há uns anos, não há muitos, sendo talvez somente necessário recuar uns cinco anos, fazer uma noitada até altas horas era fácil. Ver as horas passarem e quase chegar ao amanhecer a casa não acontecia regularmente mas quando existia algo que o justificasse ia e ficava bem, tanto ao longo da noite como no dia seguinte após dormir umas horas pela manhã. Hoje, após os trinta, sair à noite não pode passar certos horários, já que mentalmente começo a bloquear por pensar no dia seguinte e acabar por não conseguir descansar tanto como desejado. 

A idade pesa e quem diga o contrário que se vá lixar com a sua conversa! Os anos passam e não dá para andar em festa sistematicamente, já não sentindo a pedalada de outros tempos onde cheguei a fazer diretas, trabalhar no dia seguinte em boas condições e voltar a sair, passando quase quarenta e oito horas sem ver a cama e estando bem. Agora isso não acontece, mesmo que para muitos essa possibilidade exista e nem consigam compreender a minha opção de querer chegar mais cedo a casa, poder dormir o que o corpo exige para ter um dia seguinte mais pacífico, sem cansaço e moleza a prejudicarem as horas que estarei acordado a pensar que tenho de voltar a sentir os lençóis de perto para recompor o que ficou para trás.

Ficar por casa

Sinto-me diferente e ao mesmo tempo mais caseiro! Antes andava bem era pela rua e em todos os momentos que tinha livres nos dias ou horas de descanso o pensamento partia logo para o que poderia ir fazer para a rua! Agora é diferente, fico mais por casa, com o computador pela frente e a televisão sempre ligada como antes. A mudança aconteceu, mais ou menos, a partir do momento em que aderi ao plano Meo e coloquei televisão por cabo aqui por casa. A paixão pelo pequeno ecrã é algo antigo e agora que consigo ter um maior leque de escolhas sobre o que quero ver e às horas em que estou disponível, liberto-me dos pensamentos de ter que andar por fora, a passear, no café, biblioteca, sempre a inventar o que fazer fora das paredes onde vivo.

Ficar por casa antes representava momentos de stress por ter de inventar o que fazer e não conseguir controlar os pensamentos sobre o que estaria a elaborar se andasse por outros locais ou sobre o que os outros andavam a fazer. Agora poder desfrutar do que quero e sem ter de sair das quatro paredes onde me sinto bem dá-me uma maior tranquilidade como se pudesse ficar dias e dias fechado sem ter de ouvir e ver ninguém.

Atualmente ficar por casa simboliza que estou calmo e sereno e onde só me apetece descansar e desfrutar dos momentos que gosto de viver sozinho. No meu canto, com o computador, a televisão, a rádio, os livros e comida por perto, estar por casa já consegue significar bons momentos na minha vida.

Tenho que sair de casa!

Há dias maus e dias bons, no entanto pelo meio existem os dias menos maus e os menos bons! Ontem foi um dia que começou bem e terminou com uma discussão que me deixou a pensar que tenho mesmo que sair de casa dos pais porque o limite do meu feitio anda a ser atingido devido às opiniões e complicações que a minha mãe sempre arranja para implicar com tudo e mais alguma coisa!

Tenho 27 anos e várias situações levam-me a acreditar que pelos próximos tempos conseguirei ter um melhor ordenado, ganhando posteriormente alguma estabilidade económica a ponto de começar a pensar em sair de casa e viver longe do colo dos pais, onde sempre tenho estado desde que nasci. Com a idade que tenho algumas pessoas já fizeram as suas vidas, a solo ou acompanhadas, e cada vez mais sinto tal necessidade também, não tendo a paciência de outros tempos para viver na casa onde fui criado.

A convivência com os meus pais é boa, mas depois quando me chateio, principalmente com a minha mãe, coloco tudo em causa e só penso mesmo que tenha que sair, habituar-me a fazer as minhas coisas, ter o meu próprio canto e não estar à espera que tudo apareça com um estalido dos dedos. Quero sair de casa e só espero pelo momento em que na minha conta bancária comecem a cair um maior número de euros para que possa continuar a fazer a vida que tenho feito e ganhar também a minha liberdade longe do ninho paternal.

Para o meu próprio bem mental necessito de desaparecer de casa porque além de não ter um feitio fácil também não consigo ficar calado em certas situações. Adoro os meus pais, no entanto sei que o ser humano atingindo uma determinada idade que necessita de seguir o seu caminho a solo, escolhendo o seu percurso e fazendo com que fiquem uns em cada lado para que não existam chatices e depois nas visitas tudo está bem e não existem discussões já desnecessárias devido às opiniões e criticas que não aceito de livre arbítrio!

Existem bons momentos em que tudo parece ser mau e que todos queremos deixar a vida que temos para recomeçar de novo, isto porque um ponto bateu longe do caminho pré-estabelecido anteriormente! Chatices parvas e que me deixam a pensar, desta vez em sair de casa!

Saídas de fim-de-semana

As noites quentes estão aí e com elas chegou também a vontade de estar mais pela rua, principalmente ao fim-de-semana. As saídas à noite para locais de rua fazem-se todo o ano, mas nos meses onde o calor está mais presente estas mesmas saídas têm outro sabor e são vistas de outra forma.

Agora o lema é sair, a dois ou em grupo, pegar num copo de cada vez e andar por aí para se encher o tacho com a frescura que só o gelo com o álcool nos podem dar. Andar pelo Bairro Alto na conversa e a visitar as várias tasquinhas bem conhecidas dos visitantes é uma delícia, então quando se está bem acompanhado, tudo o resto que anda à nossa volta parece inexistente.

Nas últimas semanas tenho-me divertido bastante com os meus amigos... Parece que  nos deu um clique de regresso ao passado e andamos bem juntinhos e a pensar nas saídas com os copos nas mãos e a incentivar para que os outros também estejam sempre de mão em riste para emborcar. O tempo está quente, a companhia é óptima e tudo prevê que os próximos meses vão ser de arromba para estes lados no que toca às saídas noturnas de fim-de-semana.

Eu gosto de sair, divertir-me e estar bem acompanhado e tenho tido tudo isso e em conjunto ainda desfruto de bom tempo, boa música e muita simpatia! Que o tempo não mude porque quero mais, muito mais...

Noitadas já não são para mim!

Realmente a idade pesa e eu já noto esse peso sobre mim! Há uns anos atrás tudo era bonito, tudo era colorido e feito sem pressas e pensamentos de que «já está a ficar tarde». Agora é o contrário, quando o relógio começa a aproximar-se de uma determinada hora, começo a apagar e a apelar por chegar à minha boa cama.

Aos vinte e seis anos já me sinto a ficar velho no que toca a saídas! Já não sou mais um adolescente que consegue estar até ao outro dia de manhã a dançar! Já não consigo segurar os olhos abertos assim tanto tempo se o sono começar a aparecer! Já não consigo mostrar que estou bem quando só penso em ir dormir. Já não tenho a idade de que tudo pode acontecer e onde tudo é feito com coragem e com radicalidade. 

Com o avançar da idade sinto cada vez mais a falta de paciência e genica para me aguentar à bomboca de fazer grandes noitadas e de me divertir pelo mundo da dança noturna ao longo de várias horas. Tenho vindo a preferir resguardar-me das grandes saídas porque sei que não me aguento como em outros tempos e depois só começo a pensar que quero ir embora porque já estou farto e cansado.

O avançar da idade é tramado em todos os níveis! Na parte das saídas já me começo a ressentir e cada vez mais... Como se retarda o avançar dos anos sobre nós?!