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O Informador

A rua ganhou automóveis

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Na minha rua praticamente todas as casas sempre tiveram ocupadas ao longo dos anos, no entanto nos últimos meses algumas viram os seus antigos moradores partirem para outras paragens e os espaços acabaram por receber novos moradores. Novas famílias, novos rostos, novas histórias e também novos e mais automóveis espalhados pelos lugares de estacionamento que ainda o ano passado pareciam sobrar, tal como se tivéssemos lugares reservados por sabermos onde cada vizinho gostava de deixar o seu carro, e agora quando acabamos por chegar uns minutos após a maioria da vizinhança e os espaços outrora vagos estão descaradamente ocupados, tendo de procurar um lugar pelas ruas vizinhas.

As famílias mudaram, os novos moradores têm em cada casa um maior número de automóveis e os espaços destinados ao estacionamento agora são ocupados em menos de nada, basta os primeiros chegarem dos empregos ou dos seus afazeres fora de casa e aquele meu lugar que parecia estar quase sempre em espera já está ocupado pelo vizinho que chegou e não tendo o seu lugar cativo na rua da aldeia deixa o seu quatro rodas onde der mais jeito.

Limpeza em casa! Sujidade na rua!

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Vamos lá a saber para entrar num debate de ideias que já vem longo e que parece nunca ter fim. Quais as razões que levam os seres humanos comuns a mostrarem totalmente higiene para com as suas casas quando na rua o descuido com o lixo e sujidade parece ser quase total?!

Será que em casa quando têm embalagens vazias as deitam para o chão porque na verdade já não servem para nada? É que na rua os pacotes vazios são mais que muitos, mostrando que a sociedade anda a comer e a deitar o que não é comestível por aí, que é como quem diz, onde calha, não procurando um recipiente próprio chamado de lixo para acumular os seus restos.

E o que dizer das casas de banho públicas e de estabelecimentos onde parece que ninguém pensa no próximo? Papéis sujos por todo o lado, pingos e mais pingos no chão e pelas paredes que estão maioritariamente riscadas por vândalos urbanos, já para não falar de quem faz o que têm a fazer e deixam tudo sem que o autoclismo faça a sua função de levar tudo pelos canos. Então minha gente? Em casa também deixam os vossos resíduos a boiar na água que vos espreita quando abrem de novo a tapa para se sentarem? Pensem que podem ser os próximos e que não iriam gostar de ver nadadores mal cheirosos e nojentos a olhar fixamente para vocês porque algum humano bem porco e com incapacidade social os deixou por ali.

Já que falamos de irresponsabilidade para com os outros. Já viram quantas pessoas não respeitam sequer tantos homens e mulheres que trabalham para limpar o lixo e mesmo a porcaria deixada por todo o lado por esta sociedade irresponsável? As pessoas andam a limpar e existem seres bem capazes de deitar papéis, latas e afins para o chão de propósito e para serem vistos por quem os vai apanhar logo de seguida. Isto não é gozar com quem trabalha num serviço que podia ser dispensado se todos tivessem consciência no mal que estão a fazer ao planeta com estas atitudes otárias e de quem se acha o dono da razão? As pessoas não têm o mínimo de consciência sobre os trabalhos de limpeza e acham que os cidadãos que passam horas à chuva, de pá na mão para que as ruas fiquem limpas gostam de apanhar o lixo que os outros fazem. Pensem duas vezes antes de deitarem o que quer que seja para o chão porque um dia irão perceber que os varredores são pessoas como todos vocês e que sabem o que é ver pessoas sem noção a agirem como hipócritas que se acham cheios de razão. 

Por casa

Agora quando estás de folga ficas em casa toda a manhã?!

Fico pois então e sabem a razão? Está frio na rua, dedico-me à leitura e coloco alguns episódios das séries que estou a acompanhar em dia. Qual o motivo de andar por ai a vaguear sem motivo algum?

Fico em casa e fico bem! Algo contra? Ah bom!

Sobreviventes

Lá fora ouço vozes, quem por lá está não sei, não quero procurar sequer saber. O desconhecido reina na escuridão da noite entre vagabundos e clandestinos disfarçados de pedintes. Quem vive naquelas ruas entre desabrigados e seres de costas voltadas consegue cativar os que passam e não percebem as diferenças entre os bons e os maus de cada fita, de cada curta metragem de vida que passa como se estivesse numa corrida entre as duas margens de um rio, aquele rio que culmina num mar onde todos cabem mas cujo um final não existe. Onde está o limite de cada maré, o fundo de cada ser, a razão de cada onda bater e ser substituída pela sua companheira seguinte. No final todos, os maus e os bons de cada rua, somos substituídos pelos próximos, tal como as marés de um oceano que se toca ao fundo com o horizonte profundo onde o medo do desconhecido já tanta vez fez tremer barcos e marinheiros que deram a vida por um povo. O povo sempre o povo, muitas vezes clandestino, outras vezes ausente, mas sempre o mesmo povo, aquele que se cruza com os moradores de rua que convivem diariamente com os outros, aqueles que não merecem sequer um lugar num canto qualquer. No final de contas todos vivemos e todos conseguimos passar por cima do próximo para sobreviver, não fosse este um mundo de pecados e loucos defensores dos bens materiais que ficam sempre acima de qualquer moralidade social. 

Ficar por casa

Sinto-me diferente e ao mesmo tempo mais caseiro! Antes andava bem era pela rua e em todos os momentos que tinha livres nos dias ou horas de descanso o pensamento partia logo para o que poderia ir fazer para a rua! Agora é diferente, fico mais por casa, com o computador pela frente e a televisão sempre ligada como antes. A mudança aconteceu, mais ou menos, a partir do momento em que aderi ao plano Meo e coloquei televisão por cabo aqui por casa. A paixão pelo pequeno ecrã é algo antigo e agora que consigo ter um maior leque de escolhas sobre o que quero ver e às horas em que estou disponível, liberto-me dos pensamentos de ter que andar por fora, a passear, no café, biblioteca, sempre a inventar o que fazer fora das paredes onde vivo.

Ficar por casa antes representava momentos de stress por ter de inventar o que fazer e não conseguir controlar os pensamentos sobre o que estaria a elaborar se andasse por outros locais ou sobre o que os outros andavam a fazer. Agora poder desfrutar do que quero e sem ter de sair das quatro paredes onde me sinto bem dá-me uma maior tranquilidade como se pudesse ficar dias e dias fechado sem ter de ouvir e ver ninguém.

Atualmente ficar por casa simboliza que estou calmo e sereno e onde só me apetece descansar e desfrutar dos momentos que gosto de viver sozinho. No meu canto, com o computador, a televisão, a rádio, os livros e comida por perto, estar por casa já consegue significar bons momentos na minha vida.

Buracos de Lisboa

BuracoLisboa e Portugal em geral tem destas coisas! Os buracos pelas calçadas e estradas estão por todo o lado onde podemos passar e esbarrar pelo local que está a descoberto sabe-se lá com culpa de quem!

Numa calçada da capital, onde diariamente passam centenas de pessoas, bem perto da entrada de um conceituado museu, quase que deixei o pé entrar neste espaço roto do chão que pela aparência mostrada do seu interior revela estar assim há algum tempo. Esta falta de pedras encontra-se mesmo no centro da calçada, sem qualquer sinalização e bem perto de uma passadeira. O que aconteceria se tivesse tropeçado e deixado o pé e consequentemente parte da perna neste espaço, sofrido algum acidente e ficasse assim magoado?

Será que os serviços municipais iriam estar do meu lado para pagar a despesa do incidente ou tinha que me ajeitar à minha maneira porque aquele local é público e eu é que devia ter cuidado? É certo que todos temos de andar com atenção onde quer que seja, mas existem situações em que a balança não está ao mesmo nível... Poderia muito bem ir na conversa e tropeçar, pisar um papel que estava por cima do buraco levando-me a cair assim, e outras situações do género!

Estes buracos não podem andar por aí como se de uma poça de água se tratassem! Pelo que se ouve falar existem funcionários camarários a mais, existem dias e dias com estas situações a descoberto e existe o bem-estar da comunidade que gosta de andar descansada pelas ruas e avenidas nacionais com tudo o que há para desfrutar das mesmas, sem preocupações pelas roturas e peças fora do sítio pelo desleixo dos serviços.

Há com cada buraco desnecessário por aí que só visto!

Luar do Bairro Alto

Lua Bairro AltoUma noite bem passada na companhia dos amigos pode acontecer em qualquer lado, mas desde que descobri a magia das diferenças do Bairro Alto, em Lisboa, que não dispenso em por lá passar sempre que posso. Aquelas ruas de calçada são outra coisa quando de copo na mão se podem contar histórias e ver passar a banda da vida de todos nós. Neste dia, a lua estava mesmo por cima dos nossos pensamentos com o seu olhar mágico quando a noite estava ainda uma criança!

A dois ou em grupo, percorrer as ruas do Bairro Alto nos serões de fim-de-semana é diferente e não consigo explicar a diferença que aquele espaço lisboeta tem dos restantes porque a sua magia só pode ser adquirida através da presença e não com explicações que não conseguem mostrar a verdadeira identidade do local.

Quando por lá fui pela primeira vez, odiei, mas o tempo apresentou-me o outro lado daquele bairro tão conhecido pelas suas ruas que se enchem na noite para receberem os clientes habituais e as visitas, as que não são da capital e mesmo as internacionais. O Bairro Alto é o espaço ao ar livre da noite lisboeta mais conhecido além fronteiras e tudo isso tem um motivo, o seu multi ambiente com uma diversidade sem igual.

O luar do Bairro Alto neste serão conquistou-me e não o pude deixar fugir. Obrigado à lua e aos meus pequenos póneis por me fazerem companhia!

As saídas com os meus amigos

Posso ir para a noite com meio mundo, mas com quem me divirto mesmo em ruas, bares e discotecas deste país é com os meus verdadeiros amigos, os de anos, e quando estamos juntos não nos conseguimos controlar e é sempre a abanar o ambiente onde parece que só nós marcamos presença. 

As saídas noturna com os meus amigos são sempre assim! Começamos na brincadeira, mas calminhos, mas depois e mesmo que não se beba, a loucura ataca-nos e parecemos que estamos possuídos. Sabemos que isto só acontece porque adoramos saber que estamos com as pessoas de quem gostamos e não dispensamos das nossas vidas. Somos amigos há anos e isso vai continuar a ser assim. Percebemos que é juntos que nos sentimos bem, que nos sentimos como se fossemos loucos e como se tudo o resto ficasse para trás das costas.

Por vezes as pessoas devem achar que somos malucos e que andamos com algum transtorno ou assim, mas não conseguimos ser normais quando estamos perto uns dos outros. Sempre na brincadeira, bem-dispostos e danados para brilhar nas luzes foscas que só brilham com a presença das estrelas. Eu sou a estrela deles e eles as minhas! Adoro-os pelo que são e porque me aturam à tanto tempo e sei que estão dispostos a redobrarem por muito mais tempo este estado, tal como eu!