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O Informador

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Mais um ano e mais um fim-de-semana com 74.14, 40 Anos de Música, o musical celebrativo sobre os 40 anos de boa música após a revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974. Marcando a história do país e virando uma página na forma de estar, muitas foram as alterações sociais dadas em Portugal a partir desse dia, estando também a música dentro dessas mudanças. Em 74.14, 40 Anos de Música, os temas que melhor se destacaram e ficaram na memória ao longo do tempo são revisitados através das vozes de um excelente grupo de artistas. 

Na mini temporada de 2018 deste maravilhoso e memorável espetáculo produzido pela ArtFeist, o palco contou com o talento de Henrique Feist, Susana Félix, FF, Mariana Pacheco, Daniel Galvão, Valter Mira, Soraia Tavares e Joana Almeida que em solo, duo ou grupo celebraram a música de forma ímpar, mostrando que as recordações dos temas do passado que continuam tão presentes ainda hoje são um bom motivo festivo e de alegria. 

Quatro décadas onde vários estilos musicais tomaram lugar, onde sucessos invadiram o Mundo e em Portugal vários foram os nomes a aparecer para fazerem sucesso, esporádico ou duradouro, mas com temas que ainda hoje são motivo de boas lembranças. Nascimentos e mortes, aparecimentos artísticos e ofuscações repentinas, na música e nas artes tudo pode ser efémero ou não, dependendo de várias circunstâncias. Em 74.14, 40 Anos de Música o efémero torna-se memorável e o espetáculo que une vídeos de apresentação com um resumo sobre várias notícias de cada época com as atuações em palco transporta primeiramente o público para a década de 70, seguindo-se os ritmos mais dançáveis dos anos 80, com a introdução da bola de espelhos e do disco. Passando pelos anos 90 e chegamos ao novo século onde o pimba invade Portugal e os rimos amorosos continuam a ter o seu destaque. 

Madonna, Abba, Michael Jackson, Jennifer Lopez, Gloria Gayonr, Prince, Spice Girls, Lady Gala, Rihanna, Amy Winehouse, Amália, GNR, Xutos e Pontapés, Paulo de Carvalho, Carlos Paião, António Variações, Anjos, Susana Félix, Excesso e Marco Paulo são apenas alguns dos nomes internacionais e nacionais que passaram de forma representativa pelo palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril e que ajudaram o público a ficar com vontade de saltar das cadeiras em vários momentos para dançar e aplaudir várias das atuações que se foram destacando ao longo das praticamente três horas de espetáculo. 

Nostalgia é talvez o termo certo para descrever esta aposta da ArtFeist em 74.14, 40 Anos de Música. Um espetáculo de homenagem à boa música portuguesa e mundial que foi ficando na história ao longo do tempo e que hoje ainda vai sendo recordada e cantarolada por todos nós, visto que um bom tema quando é bem interpretado fica para sempre na memória de cada um, ficando também na história do seu país e das suas gentes, como sendo uma representação da sua época e das sucessivas gerações que acompanharam o progresso musical. 

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Tgm-MDzyTSI

Rihanna é o que já não se pode dizer de uma estrela, é um sucesso mundial. Por cá, o ex-concorrente de Ídolos, da SIC, quer fazer a sua carreira, mas será necessário mesmo fazer estes vídeos de imitações para conquistar o seu lugar?

Carlos Costa, desde que se tornou conhecido do grande público, que tem feito várias apresentações deste estilo, não o critico por isso, porque já vi que o faz por gosto, mas acho que para um jovem que quer marcar o seu lugar no panorama musical não será com imitações que lá chegará. É certo que assim dá nas vistas e poderá chamar novos públicos para o seu trabalho, mas quem quer ser cantor e não só, ter uma carreira daqui a uns anos com os seus sucessos, acho que seria melhor fazer vídeos, mas mesmo com os seus temas, dando-lhes mais destaque.

É certo que tem feito boas demonstrações do que faz, mas é preciso mais de si e menos dos outros. É necessário ver mais Carlos Costa, mais temas originais, mais vídeos pessoais seus e menos deste estilo.

Ele não canta mal, tem uma postura e presença que conquista por ser diferente, mas acho que estas imitações não são o caminho certo para se afirmar musicalmente, pelo menos em Portugal. Percebo que o gosta de fazer e têm o seu estilo, mas futuramente este poderá não ser o melhor caminho que o jovem está a fazer.

Não o crítico pelo que faz, porque até gosto do que faz, acho que a sua jovem carreira só precisa mesmo de um empurrão e de uns ajustes para começar a ser vista pelos fãs de outra forma, para que se possa transformar no que ambiciona e tem capacidades para tal, basta ter as pessoas certas do seu lado e fazer o percurso adequado.

Carlos, menos de Rihanna e mais de ti, sim?! Tens capacidades para isso, só tens que dar o teu próprio salto e pisares os teus próprios palcos! Embora goste de ver estas imitações!

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