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O Informador

Citações | 40 | Acordei e percebi...

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Dormi e sonhei que a vida era bela. Depois, acordei e...

Emma Donoghue em A Dança das Estrelas

Quantas vezes não gostávamos de acordar e perceber que afinal o sonho não era um sonho e estava a ser sim a bela e ideal realidade dos novos tempos. Quanto não dávamos neste momento de grande tensão social para que os sonhos noturnos recheados de liberdade não se tornassem na verdade?

Irrealidade das redes sociais

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Um perfil virtual é somente um perfil virtual que tantas vezes consegue esconder a realidade de toda uma vida que não passa nas redes de uma criação como se esses serem que alimentam cada perfil dessem destaque a personagens que são a quase idealização das vidas com que sonharam mas que não conseguiram ter. 

Quantas e quantas pessoas reais não se mostram nas plataformas sociais com uma ligeira e em alguns casos avançada distorção da realidade para parecerem as melhores pessoas do mundo, onde o bem, o melhor e o conforto reinam em falsas vidas que tendem em mostrar o que não existe. A criação de uma total ilusão de omissão e mentira é tão real que dá um pouco de pena o uso de uma ostentação através da criação de cenários que não passam disso mesmo, servindo para mascararem e disfarçarem a realidade. Existirá necessidade de esconder o que por vezes é belo de uma maneira pura e honesta para querer parecer o que não se tem e muito menos o que não se é?

O esconder com a necessidade de revirar a realidade, criando histórias e recantos para apelar a uma beleza de vida ímpar e ideal quando as coisas não acontecem nesse sentido. Não consigo perceber esta necessidade de contrastes que muitos preferem representar como se tudo fosse perfeito e belo.

Hoje realidade... Ontem ideia...

Parte-se de férias com a ideia de que quando regressar as coisas na empresa já não estão como foram deixadas e eis que a ideia com que se foi acontece mesmo!

Mudanças acontecem, desfechos menos bom para a empresa surgem e pessoas começam a ser dispensadas. Se era previsível? Mais que previsível, só andava a tardar a tomada de medidas. Agora foram uns e os que ficam têm de tomar lugares provisórios a centenas de quilómetros. 

As melhores viagens... Livros

As melhores viagens... Livros«As melhores viagens da minha vida eu fiz sem sair do lugar.»

Esta poderá ser uma quase verdade para mim, no entanto não posso afirmar que assim o seja porque tenho andado a vaguear por ai e tenho conhecido lugares fenomenais, onde a história se cruza com a modernidade e o contemporâneo se transforma em inspiração. Os livros, esses, transportam-me para outros locais onde o sonho acontece e a companhia prevalece.

Adoro ler e isso não é segredo para ninguém e através da leitura de bons livros tenho viajado por países, cidades e províncias desconhecidas pelos meus olhos mas presentes no meu pensamento a partir do momento em que os conheço através do olhar e da perspectiva de um autor que me transporta para o mundo que foi criando e mostrando. Com os livros consigo, por vezes, esquecer a própria realidade que está tão vincada no dia-a-dia, consigo ausentar-me e partir aliado a personagens que podiam ser de carne e osso, que viajam por locais reais e que marcaram alguém para além da ficção.

Já viajei sem sair do lugar através da literatura, já andei por mundos intransponíveis e já adoptei irrealidades, no entanto, o mundo real será sempre o mundo real!

Vida: Realidade e Sonho

Ao longo da vida todos passamos por períodos em que as decisões sobre os vários caminhos, que são colocados à disposição, têm de ser tomadas e embora nunca seja fácil fazer a escolha, tentando-se agarrar todas as oportunidades que nos são propostas, existem motivos que pesam mais e que nos levam a optar por um só carreiro.

Ter um sonho de triunfar numa área e ser-se impedido por tal, devido ao emprego que se tem e que nos ajuda a ter, dia após dia, a comida na mesa e as despesas pagas, é bem complicado. Se por um lado se quer atingir um objetivo, se fazem tentativas para agarrar as oportunidades e espera-se que as respostas sejam positivas, por outro existe o facto dos «ses». Pois, «se» as tentativas de mudança correrem bem e revelarem que afinal o que se sonha poderá tornar-se realidade, o que se faz depois com o emprego que nos tem dado dinheiro e nos transmite alguma segurança? Tentar as duas coisas ao mesmo tempo é complicado, mas manter o local de trabalho e querer lutar por sonhos nem sempre é compatível e isso pode deixar mazelas. O que fazer quando se luta, consegue-se e depois se sentem os cortes nas pernas por não se poder seguir em frente com o que tanto se quer?

Será que o risco compensa e a decisão em mudar é o melhor, mesmo podendo o futuro ditar que afinal a escolha foi a errada? E se correr bem e o sonho se tornar finalmente realidade, tendo-se tomado a decisão certa quando se optou por seguir o que o coração quer em detrimento da segurança do momento?

Infelizmente já tive que fazer opções entre o trabalho e os sonhos e na altura optei por quem me dá um ordenado mensalmente. Hoje talvez fizesse a mesma opção, mas teria lutado por manter ambas as coisas até ao meu limite. Atingir os objetivos não é fácil, mas quando se está com um pé para esses objetivos poderem ser concretizados e se tem que recuar devido a algo, o melhor é fazer o esforço para conciliar ambas as situações até se perceber qual a que nos vai dar uns melhores tempos no futuro, esperando que seja o que tanto gostamos a levar a melhor!

Ficção diferente da realidade na literatura

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, da autoria de Joël Dicker, é o livro que me suscitou uma curiosidade com que não concordo entre a ficção e a realidade. E aqui falo de literatura, do sucesso e do escândalo. Três parâmetros que nada e tudo têm em comum...

Neste livro uma das personagens é um conhecido autor que teve do seu lado um enorme sucesso com o seu segundo livro. Anos depois o escândalo aconteceu e a verdade sobre a história contada naquelas páginas bem vendidas por todo o mundo aparece e esta pessoa que já esteve no topo é acusado de homicídio a uma menor com quem manteve um secreto romance. O que aconteceu com os seus livros? Assim que saíram as primeiras notícias sobre o caso, as editoras rapidamente retiraram de venda todos os exemplares dos livros deste homem que escreveu a sua história de amor como se fosse mais um romance e que com isso alcançou o sucesso.

Isto é ficção! Será que na realidade as coisas aconteceriam da mesma forma? Do modo como o mundo age nos dias que correm, se um escândalo deste calibre acontecesse com um qualquer autor, todos os seus livros não seriam retirados de venda, mas sim colocados como grande destaque, fazendo das notícias uma rampa para se conseguirem vender uns bons números de exemplares já editados e que estavam em armazém à espera de receberem luz verde para entrarem nas prateleiras das livrarias mundiais.

A ficção neste caso mostrou que as editoras reagem com a retirada de venda dos livros devido às más notícias sobre o autor, o que não acontece na realidade. Tenho praticamente a certeza que um caso deste estilo, a acontecer pela vida real, não teria a mesma reacção dos editores que iriam aproveitar o facto de se falar da pessoa para reforçarem as suas vendas e chamar o público para o livro do pecado.

Uma boa diferença entre a ficção que se mostra e pensa através de um mundo idealizado e a realidade pura e dura.

Paladar sonhador

Não me é costume isto acontecer, mas ontem à noite, estava eu nas minhas leituras e começou um certo sabor a aparecer-me na boca, assim do nada, e foi tão bom!...

Assim de repente comecei a ter o sabor de papa de frutos na minha boca, sem nada o prever, e assim mesmo do nada. Nem estava a pensar em comida, nem li nada que me fizesse levar a tal, mas de repente comecei a sentir aquele sabor e depois deixei-me ficar a saborear aquela sensação imaginativa.

Eu comia papa quando era pequeno e depois de vez em quando, assim quando estou de férias ou de fim-de-semana prolongado ainda gosto de tomar um pequeno-almoço mais demorado e por vezes recorro a flocos de cereais ou mesmo a esta delícia, mas há anos, mesmo há muitos, que não como papa de frutas.

Aquele sabor veio até mim e agora tenho que ir ao supermercado fazer uma comprinha para poder passar da imaginação à realidade. Hum, que delícia que me veio provocar a mente!