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O Informador

Regressa a Cultura sem touros

Imagem retirada de https://sol.sapo.pt/

Imagem retirada do portal Sol

 

O início de Junho está a assinalar o retomar de atividade em várias áreas, onde se incluem as atividades culturais, podendo realizar-se a partir de agora concertos, espetáculos teatrais, estando também as salas de cinema abertas, tudo com as novas e necessárias medidas de segurança. O que não ficou com luz verde para poder recomeçar foi a tauromaquia que terá de esperar mais uns tempos para poder iniciar, o que está a gerar descontentamento por parte de cavaleiros, forcados e todos os profissionais envolvidos que na passada Segunda-feira, 01 de Junho, protestaram junto ao Campo Pequeno, com vários rostos conhecidos a acorrentarem-se aos portões da praça. 

Não sou defensor da arte do toureiro, bem pelo contrário, mas mesmo recriminando esta histórica tradição e sua continuação tenho de admitir que neste caso está a existir uma clara discriminação por parte do Ministério da Cultura. Se permitem a retoma de praticamente todas as atividades culturais, como não o fazem com os toureiros?

O que ainda piorou esta situação foi o facto de barrarem o regresso de homens, cavalos e touros à arena quando na praça do Campo Pequeno, transformada em sala de espetáculos, foi realizado o concerto humorístico Deixem o Pimba em Paz, idealizado por Bruno Nogueira, logo no primeiro dia de abertura das salas. Coincidência ou provocação pura?

Protesto dos taxistas

Custa-me um pouco comentar e ficar a favor dos taxistas quando os seus comportamentos numa manifestação são tão irreais que conseguem estragar tudo o que podem pretender com o protesto. 

Primeiro conseguem mostrar claramente que o que os anda a importunar não são as leis diferenciadas entre os táxis e a Uber, mas sim a concorrência que não querem ter de todo. É bem visível que para os irritantes taxistas lisboetas, que conduzem a pensar somente no seu veículo e na pressa que têm em arranjar clientes a todo o custo, que tudo o que são empresas de transporte de passageiros os incomoda. Autocarro, metro, tuk tuk e mais recentemente a Uber são sistemas que concorrem com os taxistas que só pensam no seu umbigo, com ou sem leis semelhantes. A verdade é que a maioria dos taxistas da capital não conseguem respeitar sequer o cliente, quanto mais a concorrência. Pessoas que incomodam enquanto vão ao volante, condutores que enganam o cliente e que sempre que podem optam por aumentar a distância de uma viagem para que possam receber mais e quando o passageiro entra num táxi e mostra que o seu trajeto é rápido, então ai ainda conseguem praticamente expulsar o cliente do interior do veículo porque só querem rotas de longa distância, de preferência com pessoas que não conheçam bem a cidade para que o engano aconteça.

Vejo os taxistas como um grupo laboral ultrapassado, de pessoas que querem tudo para si, não deixando que o mercado cresça com a evolução da sociedade. Os taxistas têm que se mentalizar que nos dias que correm o cidadão comum não pretende alugar um serviço por um certo tempo para se deslocar onde apanham um condutor mal disposto, que afirma comentários menos positivos, tem um carro a cheirar a tabaco e bancos desconfortáveis. Querem os mesmos direitos dos outros, mas apresentam as mesmas condições? Nem de perto!