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O Informador

Quantas vezes?

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Quantas vezes ao longo do dia de trabalho não pensas em alterar o rumo profissional, procurar novo espaço para reiniciares uma nova fase e deixares o que foi bom e percebes que já não te realiza por perceberes que estás de pés e mãos atados?

Quantos vezes deixas de ter paciência para ouvir mais do mesmo sem conseguires alterar o rumo que as coisas tendem a levar?

Quantas vezes esgotas a tua linha de raciocínio por perceberes que nem todos remam no mesmo sentido num trabalho que se faz e deve ser realizado em equipa?

Quantas vezes não pensas que vais sair e nem te preocupas se deixas alguém sentido por abandonares quase sem pré aviso o barco por teres uma proposta que ou aceitas na hora ou é ocupada por quem está de imediato disponível?

Quantas vezes percebes que na vida laboral és somente mais um número e que no final és descartado como se nada fosse?

Fazer menos causa cansaço

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A ideia é única e, pelo que vou constantando em conversas ao longo dos tempos, quase vencedora numa balança... Fazer menos causa cansaço!

Nos dias em que o trabalho não aperta e os clientes não chegam acabo o horário bem mais cansado que nos dias corridos, de movimento e onde o corpo não tem tempo para comunicar com a mente. Escrevo este texto após chegar a casa num desses dias em que pouco fiz e ao olhar para o espelho de corpo inteiro percebo que estou completamente de rastos, sem vontade de reação e a pensar que após me deitar e dormir poderei voltar a ter novo conjunto de oito horas bem semelhantes.

Mau começo profissional

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Podem-me achar chato e mesquinho, mas no campo profissional sou mesmo assim e existem falhas que não cometo, não aceitando serem praticadas por parte dos outros. Para quem não sabe, estou de saída da empresa onde estive ao longo do último ano, optando por sair por não me sentir bem num trabalho que não me dá o mínimo entusiasmo. Com o arrumar de casa com a minha saída, sem entrar uma pessoa para o meu lugar mas tendo a empresa optado por baralhar o trabalho que três faziam, distribuindo-o por duas pessoas já na empresa e duas novatas. Até aí tudo bem, embora não se perceba a razão do quarto elemento no caso, mas passando essa questão... Quando se fazem entrevistas, a pessoa fica escolhida, tudo fica combinado sobre o dia especifico em que a entrada dessa mesma pessoa na empresa acontece e uns dias após tudo estar combinado, eis que um telefonema onde pedem para entrarem um dia após o previsto porque terão de ser acompanhantes de um parentesco a um consulta surge.

Podem criticar-me por ser insensível, mas existem situações que quando podem ser resolvidas de outro modo, não há como complicar. Para mim naquele momento a pessoa ficou automaticamente apresentada e a mostrar com o que poderão contar a partir de então. Se logo no primeiro dia combinado para iniciar não marcará presença, então o que fará daí em diante? Ao longo de mais de dez anos na empresa onde tive o meu primeiro emprego somente faltei um dia por doença, tendo resistido a tudo, chegando dois dias atrasado devido a trânsito complicado onde todos chegamos após o horário. Como querem que um complicado com horários e faltas, baixas médicas e lentidão laboral consiga aceitar um pedido para entrada ao trabalho um dia após o combinado?

Se querem assim tanto o lugar têm de o agarrar e não mostrarem logo à partida o que poderá acontecer de forma constante. Naquele momento em que me apercebi sobre esta opção pessoal de alguém logo pensei que se fosse eu a ter feito a escolha teria optado por recorrer à segunda opção e descartado quem já estava escolhido, mas como cada um pensa de modo diferente, lá se terá safado. 

Elogios animadores

Acredito que todos gostaremos de receber elogios na sua vida, mas perceber que o seu trabalho está a ser valorizado por simples palavras espontâneas é positivo e anima qualquer pessoa que possa começar o dia mais cabisbaixo.

É sabido que estou há praticamente três meses no meu segundo emprego, após trabalhar dez anos numa empresa que encerrou, e embora tenha começado esta nova fase bem, depois desanimei porque estava habituado a outro ritmo e a um maior movimento, mas aos poucos percebi que estou bem onde estou e que é naquele espaço que quero continuar pelos próximos tempos. A par disto perceber que os superiores enviam emails positivos sobre o trabalho e que os colegas valorizam a diferença entre o que tinha no passado e o que apresento agora deixa-me contente. Por muito que a pessoa pense que ainda consegue fazer mais e melhor, perceber por palavras diretas e por pessoas que estão há anos na empresa que o trabalho está a ser bem visto é bom, deixa-me contente e com vontade de continuar a fazer o que tenho aprendido muito à minha custa. 

Sinto-me calmo, faço tudo ao meu ritmo, com uns dias mais corridos que outros como em todos os trabalhos, mas entrei, tentei perceber o que era para fazer e aos poucos tenho alterado o método que me foi passado para adaptar as situações ao tempo e disponibilidade, tanto que consigo ter tempo, o que parece que o meu antecessor não tinha. Quase todos os colegas com quem trabalho mais diretamente acham que já tinha conhecimentos na área, mas nada disso. Já lhes expliquei como foi o meu passado profissional e os comentários sobre a adaptação e o desenrasque com que entrei e a forma como falam sobre a minha adaptação às funções dizem que parece de alguém que já estava na área e que pouco teve de aprender.

Enganam-se, tudo tive e tenho de aprender. Nomes completamente estranhos para conhecer, materiais que ainda estou a perceber o que são, contas a fazer com tabelas de excel todas elaboradas, emails sempre a aparecer para serem resolvidos e tentar esclarecer tudo para que se siga em frente... Sim, uma das minhas anteriores funções entre várias era fazer a parte de escritório, mas o antes e o agora nada têm haver uma coisa com a outra. Para além disto o salto deu-me responsabilidade porque o processo só avança se passar por mim, não existindo alguém acima a dar ordens e dicas sobre o que fazer. Tenho de decidir, fazer e avançar o quanto antes porque atrás vem gente, ou melhor, trabalho. E parar neste caso é perder dinheiro, o que não pode acontecer!

Valorizar as estrelas

Muito se criticam certos apresentadores por destacarem a sua vida profissional além do que fazem no pequeno ecrã nos seus programas diários. O que essas pessoas que criticam não percebem é que esses mesmos apresentadores ao mostrarem que são mais do que rostos do pequeno ecrã conseguem ter outros alicerces extra de sucesso e que têm outros afazerem para além das horas diárias que nos entram pela casa dentro.

Falo disto com um sentido que me levou a pensar sobre este tema! Muito leio sobre o facto de certos apresentadores sempre mostrarem e falarem dos seus blogs, das revistas, perfumes, eventos a que vão e por ai fora e que o canal ao qual pertencem nada faz para que não se auto valorizem em direto. Acho mesmo que a direção do canal até lhes agradece por passarem minutos de um programa líder a valorizarem-se, dando muitas vezes tempo extra que não tem de ser ocupado com conteúdos próprios do programa, para além de que ao serem as estrelas provam que estão em várias frentes e não se redimem somente aos programas que apresentam na televisão. A par disto fui a um evento onde uma figura de um outro canal foi o centro de todas as atenções e esse canal nem um repórter e um câmara enviou para cobrir o dito evento. Ou seja, se os líderes o fazem e o público gosta que mostrem o que andam a fazer nas horas em que não estão a dar os bons dias ou boas tardes na televisão, porque os outros canais não seguem o exemplo para valorizarem e mostrarem que os seus apresentadores são mais do que figuras da caixa mágica?

Comerciante sanguessuga

Será que não posso andar a ver carros sem ser atormentado com os vendedores que ganham à comissão a explicarem tudo e mais alguma coisa, a contarem que veículo têm, que carros dos que têm estão em melhores condições, as razões dos preços estarem acima ou abaixo de veículos praticamente idênticos... Isto sem ter de perguntar absolutamente nada!

Sei que ganham à comissão e é necessário atrair o cliente mas existem conversas e conversas! Por vezes preciso de me sentir «à vontade», como frisam no momento em que entramos nos espaços, para conseguir absorver a informação de que necessito. Agora se me começam a contar o que nem interessa por vezes para o assunto bloqueio e já só me apetece ir embora, nem fazendo as questões sobre o carro que me poderá interessar!

Discurso emocionado de Judite

É muito difícil viver sobre fortes emoções, uma grande saudade e uma grande dor íntima e ser capa todas as semanas das diversas revistas. Mas eu quero agradecer, do fundo do coração, às centenas de pessoas que se dirigiram até mim e às quais eu não posso responder individualmente. Foram cartas, foram mails, telegramas…

Pessoas que disseram que afinal eu era tão humana quanto elas. Nós somos tão humanos quanto o cidadão comum, quanto as pessoas que estão aí do outro lado a ver-nos. Sofremos da mesma forma, amamos da mesma forma e é tudo igual. Quando acontecem coisas positivas acontecem para todos, quando acontecem coisas negativas elas também acontecem para todos.

Também não posso deixar de dar uma palavra para as muitas pessoas que tiveram comigo e têm estado comigo mas, não podendo falar em todas elas falo apenas numa, o meu colega José Alberto Carvalho. Um grande abraço, um grande beijo de coração para coração. Quanto a si, obrigada, boa noite.

Judite Sousa regressou à antena da TVI com uma entrevista dividida em duas partes ao longo da semana a Cristiano Ronaldo, mas foi com o professor Marcelo Rebelo de Sousa que a jornalista voltou ao estúdio de informação do canal e aos diretos. Se na entrevista a CR7 Judite mostrou-se nervosa e ausente, na condução do seu primeiro noticiário após o regresso ao pequeno ecrã, a pivô, embora ainda nervosa e insegura, revelou o lado profissional que sempre lhe foi característico, com mais pausas no discurso do que o habitual mas com um bom momento esperado por todos! Só no final, quando o professor lhe deu algumas palavras sobre a perda do filho, aí sim, Judite fraquejou, tal como seria de esperar!

Ao longo da conversa sobre os assuntos da atualidade com Marcelo Rebelo de Sousa a jornalista manteve-se sempre presente na conversa, mostrando que está de regresso e com força para a dedicação total ao trabalho. No final, quando Marcelo lhe dirigiu palavras de esperança futura, Judite também comentou o que lhe aconteceu!

Agradecendo o apoio de todos, do público aos amigos, familiares e colegas de profissão, a jornalista agradeceu a José Alberto Carvalho por tudo o que fez ao longo dos dois meses do seu sofrimento contínuo, tendo também agradecido a todas as pessoas que se dirigiram a si pessoalmente ou através de emails, comentando ainda a dor que é ver o seu nome pela imprensa com as várias notícias sobre a morte do André.

A profissional falou diretamente para a câmara, querendo terminar com o assunto publicamente num discurso de agradecimento a todos, acabando emocionada por estar de volta, por sentir que é acarinhada e que é a trabalhar que tem de estar neste momento! Judite Sousa é uma das melhores jornalista e com o tempo vai recuperar o que nunca perdeu, a sua essência!

Um final do Jornal das 8 de Domingo diferente do habitual e com a emoção à flor da pele! E como o professor afirmou... É bom tê-la de volta!

Bons estudantes vs. Bons profissionais

Os tempos não estão fáceis e a falta de emprego é muita! Os jovens que terminam os seus cursos não se conseguem encaixar nas áreas para as quais andaram a estudar ao longo de vários anos. No entanto os que têm a sorte de conseguirem logo um lugar nem sempre têm capacidades para assumirem tais funções. Podem ter tido boas notas ao longo dos anos em que foram estudantes, mas é na prática que se percebem os bons profissionais que acabaram de sair das faculdades. Contratar pelas boas notas mesmo que a pessoa venha a revelar-se um mau profissional ou encontrar um aluno razoável, que sempre se mostrou empenhado e que sabe bem o que está a fazer? Bons alunos e bons profissionais nem sempre andam de maus dadas!

É cada vez mais notório o facto das grandes empresas resgatarem das portas das salas de aulas bons alunos para serem encaixados nos seus escritórios e locais para os quais são necessários só porque estes se mostraram os melhores estudantes ao longo dos seus percursos pelos exames e teses. A questão que se coloca é que por se terem boas notas, ao longo de três ou quatro anos, isso não quer dizer que essa pessoa seja um bom administrador ou um bom médico, capaz de lidar com o dia-a-dia das pessoas que estão à sua volta, uma vez que as relações pessoais que têm de ser mantidas ao longo do percurso profissional não é uma matéria de estudo mas sim um comportamento que se vai adquirindo através do convívio e da educação que a pessoa foi tendo ao longo da sua vida. Ser um bom estudante nem sempre quer dizer que essa pessoa esteja preparada para lidar com os problemas profissionais com que não se deparou enquanto andava a marrar com os livros para se mostrar o melhor e o mais empenhado.

Não aceito a ideia de ter que ser atendido por uma pessoa que está sentada a uma secretária a fazer o seu serviço sem ter a noção do que é a relação com o outro, sem perceber que não está ali como um robô que tem de mostrar as suas capacidades como foi mostrando ao longo dos seus anos de estudante. Por se terem boas notas isso não significa em nada que se será um bom profissional, capaz de enfrentar os desafios que lhe são colocados pela frente. Aliás, na maioria dos casos a que já tive acesso, os supostos bons revelam-se os piores profissionais no futuro por acharem que aprenderam tudo e que não têm nada a provar à sociedade, estando a ocupar determinado cargo porque o merecem. Isso não é assim e prefiro ver o crescimento da humildade de quem mostra ter muito para aprender depois de ter sido um aluno razoável, a deparar-me com os senhores todo-poderosos das suas funções que mais não sabem além daquilo que aprenderam através das resmas que foram adquirindo ao longo dos anos.

Os bons profissionais tornam-se assim pela prática que não se adquire somente nos estudos e os supostos bons estudantes revelam-se profissionais de palmo e meio com muito para aprender! Se tiver de escolher no campo profissional um bom estudante, que terminou o seu curso com boas notas e que supostamente sabe tudo o que está a fazer ou uma pessoa que se mostra empenhada para crescer e continuar a aprender, a minha opção é fácil de ser tomada!

Existem por aí muitos trabalhadores a desempenharem as suas funções sem uma ponta de crença e vontade no que estão a fazer! A vida é assim e determinados lugares seriam tão bem ocupados por quem os merece! Injustiças!