Despertar
O meu acordar nunca foi fácil, mas agora vai de mal a pior! Embora não acorde mal disposto como por outros tempos, ouvir o despertador é sinal de que tenho uma hora para me levantar, despachar, comer de forma rápida, embora muito vagarosamente quando comparado com os restantes tempos para me alimentar do dia e sair de casa para quem em cinco minutos chegue ao trabalho para começar mais um dia.
Quero contar-vos um pouco sobre o estado de demora que passa a partir do momento em que acordo uns minutos antes do despertador do telemóvel dar sinal de vida, ficando nesse curto período de tempo num estado semi consciente, como se quisesse adiar o momento em que a campainha toca e que terei de levantar o braço, pegar no telemóvel para que se cale um pouco e voltar a fechar os olhos. É verdade, o meu cérebro, comandado pelo corpo, não obedece ao toque do despertador assim tão rapidamente de há uns tempos para cá. Prefiro ficar mais uns dez minutos na ronha, quase adormecendo de novo para voltar a abrir os olhos em modo assustado por perceber que o que tem de ser é mais forte que a vontade. Com isto lá me levanto, fico sentado um ligeiro minuto a pensar em alguma coisa sobre a qual nunca me lembro e depois disso tomo balanço para começar o dia.