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O Informador

Despertar

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O meu acordar nunca foi fácil, mas agora vai de mal a pior! Embora não acorde mal disposto como por outros tempos, ouvir o despertador é sinal de que tenho uma hora para me levantar, despachar, comer de forma rápida, embora muito vagarosamente quando comparado com os restantes tempos para me alimentar do dia e sair de casa para quem em cinco minutos chegue ao trabalho para começar mais um dia. 

Quero contar-vos um pouco sobre o estado de demora que passa a partir do momento em que acordo uns minutos antes do despertador do telemóvel dar sinal de vida, ficando nesse curto período de tempo num estado semi consciente, como se quisesse adiar o momento em que a campainha toca e que terei de levantar o braço, pegar no telemóvel para que se cale um pouco e voltar a fechar os olhos. É verdade, o meu cérebro, comandado pelo corpo, não obedece ao toque do despertador assim tão rapidamente de há uns tempos para cá. Prefiro ficar mais uns dez minutos na ronha, quase adormecendo de novo para voltar a abrir os olhos em modo assustado por perceber que o que tem de ser é mais forte que a vontade. Com isto lá me levanto, fico sentado um ligeiro minuto a pensar em alguma coisa sobre a qual nunca me lembro e depois disso tomo balanço para começar o dia. 

A folga que já era!

Hoje, nesta mesma hora, deveria estar de folga! Pois disse bem, deveria!

Infelizmente o trabalho apertou pelos piores motivos e por muito que tenha necessidade de descansar e de deixar tudo para trás para começar algo novo e quem sabe meu, não consegui fingir que nada se estava a passar a pensar também nas pessoas com quem trabalho diariamente e que acabam por não ter culpa da falta de bom senso.

Cá estou eu então a trabalhar somente de manhã porque já aprendi e preferi só dar metade do braço para que não se estiquem na totalidade. Acabo por ter direito a gozar este tempo posteriormente mas fazia-me tanta falta poder acordar mais tarde e ficar na preguiça durante toda a manhã!

Dias preguiçosos

Férias é sinal de preguiça, para mais quando os dias estão propícios ao relaxamento total por casa, onde o convite a saídas longas e pela rua não é feito através do tempo que se faz sentir. Tão depressa o sol aparece como as rajadas de vento avançam com alguns, poucos, pingos à mistura.

Descansar era o que queria e estou a conseguir! Com uma praia a menos de um quilómetro, uma piscina a cem metros, uns jardins ao virar da esquina e o sossegado em abundância, ter férias em Outubro com um tempo que não se consegue identificar com uma altura concreta do ano torna-se na conjugação perfeita para o descanso e a pouca vontade de me mexer.

A preguiça acontece...

Os dias passam e as ideias de que se tem que fazer isto ou aquilo acontecem. Lembro-me constantemente que quero fazer uma coisa, mas como é algo que não exige pressa, deixo que a preguiça me continue a atacar. Já lá vai um mês e a estante dos livros continua sem ser arrumada.

Em Setembro andaram-se com pinturas e arrumações cá por casa, tarefas em que não participei porque andava a trabalhar. Tiraram os meus livros do sítio e voltaram a colocá-los, mas... Não ficaram como estavam! No dia chateei-me logo por terem mexido e não terem deixado como estava antes, mas já não havia nada a fazer, teria que ser eu a arrumar como queria. Mas essa arrumação ainda não aconteceu!

Estou a escrever este texto com todos os livros aqui mesmo à minha frente, escrevo sobre eles e penso que no próximo Domingo terei mesmo que os tirar dos seus novos lugares e voltar a colocar tudo como estava antes... Por autor, por colecção, por editora, por tema. Tudo como estava antes, porque quero que estejam todos organizados, não por um motivo em particular, mas porque sim, simplesmente.

Sou comichoso, gosto de ter tudo arrumado à minha maneira, sentir que está tudo como eu deixei e que é assim que tem que ser. Gosto de ter tudo alinhado e acredito que sou irritantemente chato por ser assim, mas o meu feitio é este, já não dá para mudar!

Etapa marcada para Domingo: Arrumar os livros pela ordem devida e não deixar nem um fora do seu local habitual. Vamos lá ver se a preguiça não me vai voltar a atacar, como em todos estes dias!