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O Informador

Dia Mundial da Poesia

Literatura, que vasto mundo de palavras que têm lugar no mundo dos livros, entre páginas recheadas de palavras corridas encontramos também a poesia, que não agrada à maioria dos leitores até se encontrar o momento ideal para nos deixarmos apaixonar por um verso mais audaz, um poema de amor ou uma quadra perfeita com que nos identificamos. Hoje, dia 21 de Março, assinala-se o Dia Mundial da Poesia e que tal todos colocarmos no pensamento que pelos próximos tempos teremos de ler uma obra poética?!

De Fernando Pessoa a Sophia de Mello Breyner, Portugal é um país de poetas eternos que fizeram suspirar no seu tempo e deixaram marcas que ainda hoje nos tocam e amanhã continuarão a ser relembrados como figuras maiores da literatura nacional. Há que agarrar nos poetas de todos os tempos e não os deixar esquecidos no tempo e pelas estantes dos livreiros. 

A Xaroca poética de Bernardina

Bibi, a Bernardina dos reality shows da TVI, tem visto o seu vocabulário a ser motivo de temas musicias pelos últimos dias! No entanto um tema só é possível porque existe uma letra que neste caso é proclamada por Diogo Bataguas, um locutor de rádio que pegou nas palavras de Bibi para lançar este belo poema pelo Youtube.

O Natal é quando o Homem quiser

Manhã de Natal calma, em casa, ainda aconchegado pelo calor da cama e a ver o que se passa no mundo da internet. Eis que esta mensagem bem especial de Ary dos Santos apareceu pelo meu mural, partilhando-a agora com todos! E sim, o Natal é mesmo quando o Homem quiser...

Tu que dormes a noite na calçada de relento

Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento

Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento

És meu irmão amigo

És meu irmão

-

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme

Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume

E sofres o Natal da solidão sem um queixume

És meu irmão amigo

És meu irmão

-

Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

-

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar

Tu que inventas bonecas e combóios de luar

E mentes ao teu filho por não os poderes comprar

És meu irmão amigo

És meu irmão

-

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei

Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei

Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei

És meu irmão amigo

És meu irmão

-

Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.

-

Ary dos Santos

Passatempo - A Manhã de Ser

Layout 1Sandra Nóbrega é a autora de A Manhã de Ser, o livro de poesia que a editora Lua de Marfim se prepara para lançar no final deste mês pelas bancas nacionais. Como gosto de presentear os meus leitores com novidades e também boas inspirações, vou oferecer um exemplar deste livro pertencente à colecção Luar de Poesia.

Ao longo de 70 páginas Sandra Nóbrega, a autora do livro sobre momentos da vida real, Histórias Difíceis de Contar, e também do livro de poesia Pedaços D' Alma, mostra agora a sua terceira obra, A Manhã de Ser. 

Quem quiser habilitar-se a ser o vencedor deste livro que tenho para oferecer basta copiar a frase que se segue, colocá-la como comentário a este mesmo texto, fazendo também Gosto nas páginas de Facebook d' O Informador e da Lua de Marfim.

«A Manhã de Ser, O Informador e a Lua de Marfim... A tripla perfeita!»

Este passatempo começa no dia 18 de Maio, Domingo, e termina pelas 19h00 de dia 28, Quarta-feira! Com a participação validada é só ficares atento porque será logo no dia 29 que anunciarei o nome do vencedor que será seleccionado através do sistema random.org. O vencedor será também contactado via email, como tal peço a quem participar neste passatempo que coloque os seus dados corretamente no momento da inscrição para comunicação posterior.

Deixo de seguida a apresentação de A Manhã de Ser e um desejo de Boa Sorte a todos os participantes!

Excerto:

Acordo com a Primavera que floresce no meu corpo.

Desnudo-me até à alma na candura deste Sentir que me invade

Pelo despontar de mais um dia.

Biografia:

SANDRA NÓBREGA – Licenciou-se em educação física e desporto em 1994 pela Faculdade de Motricidade Humana e leciona a disciplina de educação física na escola secundária Jorge Peixinho no Montijo.

Na escrita já participou em 5 antologias. Publicou em 2009 o livro de poesia “Pedaços D’Alma”.

Em 2012, com a chancela da Lua de Marfim, muda de género com um livro de histórias de vida reais “Histórias Difíceis de Contar” que definiu como o seu maior desafio literário.

Em 2014, com este título “A manhã de Ser” regressa ao registo poético.

Passatempo - Numa Folha Leve e Livre

Numa folha leve e livreO Informador e a Lua de Marfim juntaram-se para uma parceria que quer presentear os amantes dos livros. Porque amar a literatura é bom e deixa qualquer um percorrer o mundo sem sair do mesmo local, usando a imaginação e a crença para pisar território desconhecido, chegou a altura de também fazer voar um livro para um dos meus leitores, aquele que se atirar de cabeça para este passatempo e tiver a sorte de ser depois o seleccionado.

Da autoria de António Ramos Rosa, este livro poético alcança através das palavras a plenitude de um ser, a essência da natureza, percorrendo o tempo e o espaço através dos esquemas que jamais alguém conseguirá alcançar. Numa Folha Leve e Livre mostra ao longo das suas páginas um texto entregue de corpo e alma às palavras do seu autor.

Quem quiser habilitar-se para ser o vencedor do exemplar deste livro que tenho para oferecer, basta copiar a frase que se segue e colocá-la como comentário a este meu texto. Os candidatos à vitória terão também que serem seguidores das páginas de Facebook d' O Informador e da Lua de Marfim.

«O Informador e a Lua de Marfim juntaram-se para oferecer o livro Numa Folha Leve e Livre!»

Depois e através do sistema random.org encontrarei o número do vencedor. A ordem dos comentários traduzir-se-à em números e colocarei a imagem do número que saiu, revelando assim o vencedor num novo texto.

O passatempo inicia-se no dia 9 de Fevereiro e terminará a 17 do mesmo mês. O vencedor depois será revelado por aqui – dia 18 -, como tal, peço a todos os participantes que fiquem atentos e que coloquem corretamente o seu email no momento do comentário, já que posteriormente o vencedor terá que fornecer os seus dados para que o envio do prémio aconteça.

Bons comentários e já agora... Boas leituras!

SinopseCorpo e alma num novo corpo de texto assim é a palavra de Ramos Rosa.O poeta escuta o seu próprio interior e a voz do seu ser é já "Folha Leve e Livre", água da vida, dança, arco de possibilidades. Aqui a natureza ganha a voz do sol e da sombra, entre o visível e o invisível a palavra abre o tempo e o espaço: "Amar as palavras/é inventar o vento/através da noite/em pleno dia" ou ainda "Se escrevo/é para entrar no claro círculo do dia/e ser uma pedra que respira/um núcleo branco" (ARR). - Gisela Ramos Rosa

Fernando Pessoa no LxFactory

PessoaFernando Pessoa é Fernando Pessoa e a sua escrita encontra-se por todo o lado. Neste caso, foi na visita que fiz ao LxFactory que encontrei este «Quem éramos?» do Livro do Desassossego.

O nosso poeta fez história e foi passando pelos tempos até aos nossos dias. Hoje é recordado de forma maravilhosa pela sua obra que continua a fazer a delícia de muitos amantes literários dentro e fora do nosso país.

Infelizmente ainda não se deu o clique na minha vida para amar Pessoa, mas acredito que esse momento não se encontra longe porque já começaram a existir sinais para que tal aconteça, agora quando o irei fazer é algo que ainda não sei. A minha vida literária é um desassossego e tão depressa quero continuar com as minhas habituais leituras como quero experimentar coisas novas e que me levem a outros mundos. Pessoa está acima do que tenho lido, por isso ainda não o ter conseguido enfrentar até ao dia de hoje!

O poeta dos poetas chegará até mim quando lhe abrir a porta e o convidar a entrar de rompante!

As palavras são um perigo

Sempre amei por palavras muito maisdo que devia

são um perigo as palavras

quando as soltamos já não há regresso possível ninguém pode não dizer o que já disse apenas esquecer e o esquecimento acredita é a mais lenta das feridas mortais espalha-se insidiosamente pelo nosso corpo e vai cortando a pele como se um barco nos atravessasse de madrugada

e de repente acordamos um dia desprevenidos e completamente indefesos

um perigo as palavras

mesmo agora aparentemente tão tranquilas neste claro momento em que as deixo em desalinho sacudindo o pó dos velhos dias sobre a cama em que te espero

Alice VieiraO que Dói às Aves, Caminho, 2009

Como as palavras que são ditas são tão perigosas quanto o nosso pensamento! Eu, com o meu modo explosivo de ser, deixo escapar muita coisa que não devo quando me enervo e depois já não existe volta a dar. Sou tão impulsivo com as pessoas que mais amo e depois acabo por as magoar sem realmente ter essa intenção nos momentos em que me exalto. Tenho nervos de ser assim tão rezingão nos momentos quentes, mas não consigo ficar calado e depois lá chegam as palavras boas e más que se juntam e magoam os outros! As palavras depois de ditas já estão transformadas num perigo em construção e depois tudo depende da maneira como são interpretadas! Cala-te mas é!

Adeus Tristeza

Existem palavras que nos aparecem à frente e que nos marcam. Fernando Tordo soube bem transmitir a tristeza que quis deixar e que me atormenta em vários dias por este mundo. Adeus Tristeza, vai-te embora porque eu só quero viver para ser o que quiser.

Adeus Tristeza

Na minha vida tive palmas e fracassos Fui amargura feita notas e compassos Aconteceu-me estar no palco atrás do pano Tive a promessa de um contrato por um ano A entrevista que era boa não saiuE o meu futuro foi aquilo que se viu 

Na minha vida tive beijos e empurrões Esqueci a fome num banquete de ilusões Não entendi a maior parte dos amores Só percebi que alguns deixaram muitas dores Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu E o meu futuro foi aquilo que se viu Adeus tristeza, até depois Chamo-te triste por sentir que entre os dois Não há mais nada pra fazer ou conversar Chegou a hora de acabar Na minha vida fiz viagens de ida e volta Cantei de tudo por ser um cantor à solta Devagarinho num couplé pra começar Com muita força no refrão que é popular Mas outra vez a triste sorte não sorriu E o meu futuro foi aquilo que se viu Adeus tristeza, até depois Chamo-te triste por sentir que entre os dois Não há mais nada pra fazer ou conversar Chegou a hora de acabar Na minha vida fui sempre um outro qualquer Era tão fácil, bastava apenas escolher Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade Não ando cá para sofrer mas para viver E o meu futuro há-de ser o que eu quiser 

Fernando Tordo

Serenidade Incompreendida

«A incompreensão dói.  Contudo, oferece-nos excelente  oportunidade de compreender.  O desespero destrói. Diante dele, porém, encontramos ensejo de cultivar a serenidade.»

André Luiz

Sinto-me tanta vez um incompreendido que depois acaba por sofrer na intimidade, levando ao desespero que vem muita vez aliado à discussão pela incompreensão. No fim só penso que quero estar calmo e sereno para o meu bem-estar. Quero ter serenidade, mas sou um eterno incompreendido, até por mim próprio! Será que o meu futuro vai continuar a ser assim? Por vezes dizem que eu sou uma pessoa complicada, mas eu sou assim e não consigo mudar a minha personalidade que dizem ser vincada devido ao signo que tenho! Quero estar calmo, mas por vezes lá vem alguma coisa que me faz ficar irritado e consequentemente sentir-me incompreendido e de mal com o mundo!