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O Informador

Os Podcasts

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O mundo dos Podcasts chegou tarde ao meu universo, deixando-me render somente ao longo deste ano, em fase de pandemia. No entanto com o tempo fui ganhando os meus protagonistas e agora tenho uns quantos programas que ouço regularmente sem perder um episódio.

Eis que a Joana Marques com o seu Extremamente Desagradável não falham. Um novo episódio sai diariamente, de Segunda a Sexta-feira, e praticamente é ouvido no dia ou no seguinte. Uns dez minutos diários com os comentários da Joana sobre os temas sociais, com grande destaque aos famosos da nossa praça num espaço de humor que encaixa dentro do seu programa As Três da Manhã, na Renascença, e que o sucesso fez com que o Extremamente ganhasse o seu próprio podcast e atingisse os programas mais ouvidos diariamente. 

Quem também me chega quase diariamente é O Homem Que Mordeu o Cão, do Nuno Markl, também um podcast que deriva do Programa das Manhãs da Rádio Comercial. Uma rubrica de sucesso sobre curiosidades e situações inusitadas, que já deu origem a livros e jogos e que ganhou também um espaço no mundo dos podcasts mais ouvidos em Portugal. 

A Bumba na Fofinha também chega quase diariamente, embora existam temporadas em que o diariamente não aconteça assim com tanta frequência. O Fuso é o humor em estado puro como a Bumba já nos habituou. Neste caso os episódios têm uma duração diferente entre si, dependendo do que a moça nos tem para dizer sobre os variados temas escolhidos. 

E o que dizer do Bate Pé da Mafalda Castro e do Rui Simões? Não tenho a certeza, mas tenho quase, que este foi o primeiro podcast que comecei a ouvir de forma regular, tendo recuado aos primeiros episódios e ouvido tudo de seguida até apanhar o presente. Cada episódio semanal de Bate Pé ronda uma hora, mais coisa menos coisa, e o casal vai comentando e dando a sua opinião sobre os temas da semana, dando dicas e acabando por contar ao mesmo tempo situações das suas vidas. Com este projeto da Mafalda e do Rui por vezes sinto que estou sentado no sofá com os dois em amena cavaqueira porque é mesmo assim que eles conduzem cada episódio, levando o ouvinte a querer estar com eles todas as semanas. 

Podcasts, entrevistas e falhas

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Tenho andado numa onda de ouvir diversos PodCasts, da atualidade ao humor, das entrevistas às conversas de café e por estes dias deixei-me levar por um segmento de entrevistas entre autores portugueses. Como sempre a entrevistadora autora assumiu o seu lugar e o entrevistado foi um autor que entrou recentemente no mercado e que tem visto o sucesso com a sua primeira hora a florescer. No entanto o que não consegui encaixar foi a falta de criatividade da moça para não conseguir conduzir a entrevista em boas condições, existindo diversos momentos de pausa, em que se notava perfeitamente que a questão era tão básica ou irrisória que nem merecia resposta mas lá o rapaz se tinha de esforçar um pouco para deixar escapar umas simples palavras para tentar ficar bem na fotografia. Nem sempre os convidados a entrevistar são fáceis, mas será que a moça entrevistadeira não conseguiu perceber com os minutos a passarem que estava a ser tão simplória na forma como estava a conduzir a conversa que nem merecia obter respostas? O trabalho feito até tem vindo a ser interessante, mas por vezes, e mesmo com outras entrevistas já tinha notado tal situação, as questões colocadas roçam o básico e não ficam nada bem junto de pessoas que estão habituadas a responder a questionários bem elaborados de jornalistas e especialistas da área. Um esforço da moça para conseguir conduzir uma entrevista com pés e cabeça seria tão melhor.

É Outra História, o podcast literário

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A Cultura Editora lançou em tempos conturbados um PodCast dedicado ao mundo literário, de seu nome É Outra História e desde que a 08 de Abril o projeto foi anunciado que todas as semanas somos presenteados com novos episódios onde o António, um dos profissionais da editora, convida dois profissionais do mundo das letras, da editora ou de projetos concorrentes, para debaterem os temas selecionados. 

Como a descrição de É Outra História avança, este é «um podcast que desmistifica todo o processo editorial e o dia a dia de uma editora. Criado pela Cultura Editora, e recorrendo a autores atendidos e os profissionais da área, pretende clarificar e entreter todos os que têm interesse por livros».

Insegurança animada

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Ouvir podcast e rádio também nos vai dando umas boas dicas sobre pensamentos que nos servem ao mesmo tempo para escrever um pouco sobre essas teorias. Falavam há dias atrás num ponto, que após refletir um pouco, não sendo preciso muito até, percebi que faz todo o sentido e até no meu próprio caso.

O tema ia de encontro a algo como «pessoas engraçadas e animadas para fugirem à insegurança», e não é que isto acontece mesmo? Por vezes e sinto que já melhorei bastante, a fragilidade com que me sinto em determinados momentos em que sei que consigo mas tenho receio de avançar só porque um ponto pode falhar faz-me contornar a situação com um humor que nem todos têm o privilégio de conhecer da minha pessoa. Acho que sou educadamente chato e melga quando me sinto completamente à vontade mas também percebo que por vezes uso esse facto para contornar situações que me possam deixar de pé atrás. Preciso de usar a minha parte animada e de bem com a vida, mesmo que esta seja disfarçada, para me valorizar ou somente para disfarçar que posso estar errado em determinado pensamento.

Quando sei que sou bom no que faço e avanço mas nem sempre tomo aquela seriedade, deixando sempre um espaço de manobra porque se correr mal é em modo engraçado que tento dar a volta. Será que não tenho segurança nos meus atos, em mim? Há uns anos não tinha, hoje sei em que ponto posso ser mais e menos valorizado e sinto-me bem com isso, mas mesmo assim percebo que continuo a ter uma certa graça que tenho de deixar de lado para deixar a insegurança para trás. Um facto é real, faço bem o que faço porque exijo isso mas ao mesmo tempo a forma como sei contornar situações continua a ter o seu ponto de graçola presente, não sendo forçado mas como algo natural quando sei que isso até funciona com quem está ao meu redor.