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O Informador

Faz-me uma certa confusão ouvir as pessoas a gabarem-se do que têm em casa e do dinheiro que guardam nas suas contas bancárias ao longo do tempo e depois ver que essas mesmas pessoas compram coisas que para si são baratas com o recurso a prestações. Então, o que se passa?

Gabam-se que podem comprar isto e aquilo porque têm dinheiro que lhes garante estabilidade por uns bons anos e depois chegam ao pé dos outros com um relógio ou telemóvel novo e dizem que o estão a pagar em mensalidades de dez ou vinte euros. Algo não está bem contado nesta história, não? Quem é que com dinheiro para dar e vender paga um relógio de oitenta euros ao longo de vários meses? E um telemóvel para os filhos no valor de cento e poucos ficar em pagamento mensal de vinte euros, é normal?

É por estas e por outras que não acredito nas histórias das pessoas que se acham mais que os outros por afirmarem ter isto e aquilo... Vai-se a ver e não têm o que tanto apregoam aos sete ventos, sendo uns pés descalços com sonhos milionários. Tanto fogo de vista que até parece que querem tapar os olhos dos outros com areia!

Isto é uma das velhas questões... Quem não tem poder monetário para ter uma vida razoável é quem faz vida de rico, não tendo medo de comprar tudo o que lhe aparece pela frente, não tendo medo de ter filhos e mais filhos, sempre com um sorriso na cara e coisas novas por perto.

Faz-me confusão como é que um casal com três filhos, com uma casa com condições menos boas e em que só um membro da família trabalha, passa a vida de um lado para o outro, indo mais que cinco vezes ao café, sempre com os miúdos a comerem alguma coisa de que não era necessário... Depois ainda vejo essas crianças com telemóveis novos e a falarem que os pais compraram isto e aquilo! No que toca à roupa podem ter algo novo nos seus corpos porque é dada por quem tem pena, menos mal...

Faz-me mesmo confusão como estas cinco pessoas vivem diariamente só com um ordenado que não deve passar os mil euros, pagam renda de casa e todas as despesas a si associados.

Um rapazito que não faz nada, uma miúda que estuda e a mais pequena que anda todo o dia a ser empurrada no seu carrinho pelos irmãos ou mãe. Faz-me uma certa relutância como aquele homem consegue ganhar, nos dias que correm, para poderem beber tantos cafés e minis acompanhados por batatas fritas e afins a qualquer hora do dia.

Sabe-se que as refeições se baseiam, na maioria dos casos, em enlatados, e embora não sendo isso a melhor solução para os três menores, eles têm sobrevivido.

É realmente ingrato falar disto, mas o que vejo é que as famílias que têm menos condições sociais e económicas, são as que fazem uma vida mais despreocupada, sem pensarem se amanhã existe dinheiro ou não. Compram, pedem emprestado, ficam a dever, mas o que é certo é que eles sobrevivem.

Nós que andamos a lutar contra a crise e sempre com medo que o dinheiro nos falte sentimos essas preocupações afinal sem necessidade, não?!

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