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O Informador

Uma quinta com caseiros...

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Um dia normal de trabalho, atendia um casal sénior onde a senhora brasileira ficou a conversar comigo enquanto o seu marido, que logo percebi que não era português, experimentava uns calções que lhe ficaram bem e que acabou por comprar. No ato do pagamento o casal questionou-me se conhecia alguém de confiança que pudessem contratar para caseiros da sua quinta nos arredores. De forma rápida não me surgiu ninguém, no entanto perguntei se podia ficar com o contacto que se soubesse de algum casal para o lugar tentava encaminhar.

Um pouco mais tarde comentei com uma colega que se lembrou de um casal amigo que gostava de ser caseiro de um espaço e estavam no desemprego, partilhamos o contacto dos senhores nossos clientes, entraram em contacto e eis que a coisa aconteceu, a boa notícia surgiu e sinto que fiz a boa ação do dia. Ajudei duas pessoas a arranjarem emprego com casa incluída e ao mesmo tempo solucionei a questão dos caseiros que aquele casal, que depois percebi que o senhor é belga, precisava para deixar o seu espaço entregue enquanto fazem a sua vida por outras paragens. 

Pessoas que encontramos no supermercado

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Outro dia fui ao supermercado no que pensei que seria uma ida com regresso em dez minutos e que acabou por se prolongar para lá de uma hora, tudo porque encontrei pessoas danadas para conversar e das quais tinha saudades. A ida rápida ao supermercado acabou por se prolongar assim que cheguei e quando estava de saída voltei a ficar mais um pouco na conversa. Sempre é bom colocar a conversa em dia, mesmo que seja junto às estantes promocionais do momento.

Já estava a caminho de casa no dia de folga quando pensei que era bom fazer as compras mínimas para que nos próximos dias não tivesse de desviar caminho. E assim fiz, fui para as compras, estacionei o veículo, peguei no saco e lá fui. Entrei e logo encontrei uma antiga colega de trabalho que sempre adorei e que continua a ter um espaço especial na minha vida, mesmo que não nos vejamos constantemente. Entre desabafos, abraços, risos e uma lágrima ou outra, a conversa foi acontecendo, os últimos meses resumidos em pouco e o tempo foi passando, logo percebendo que aqueles rápidos minutos pensados inicialmente já se tinham esfumado. Primeiro porque estava bem a conversar e depois por saber que era preciso dar atenção a quem me quer bem e que não vejo de forma regular como devia. Lá fiquei e passado um bom bocado lá segui para recolher os bens que tinha pensado. Na saída, quando já tinha as compras pagas, encontro uma das melhores amigas e mais uns quantos minutos na conversa junto da porta do supermercado, voltando a perceber que quando a conversa está boa a ideia é ficar entretido sem pensar que me tenho de despachar.

Sexto sentido apurado

Sexto Sentido

Poderei ter um dom ou simplesmente uma forma rápida de perceber quem chega e trás consigo boas ou menos boas intenções. Geralmente num primeiro impacto faço uma análise, na maioria dos casos sem ser pensada mas automática, sobre quem chega e o seu perfil de apresentação fica naquele exato momento traçado.

Sou muito de tirar as primeiras impressões a quem se cruza pelo caminho para não me desiludir, preferindo ser surpreendido pela positiva, o que raramente acontece quando o meu sexto sentido me revela logo na primeira fase que não posso demonstrar confiança e muito menos dar espaço de manobra para quem não vem por bem, ou melhor, que não vem pelo que considero bem, tendo sempre um pé atrás quando não consigo intercetar boas energias iniciais. 

Torne-se Um Decifrador de Pessoas | Alexandre Monteiro

Planeta de Livros

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Título: O Torne-se Um Decifrador de Pessoas

Autor: Alexandre Monteiro

Editora: Planeta de Livros

Edição: 2ª Edição

Lançamento: Junho de 2021

Páginas: 328

ISBN: 978-989-777-484-3

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: O movimento das mãos, a posição das pernas, as rugas no rosto, os rabiscos num papel feitos durante uma reunião, os objetos da mala, os sapatos que escolhe, o coçar a cabeça, a sua assinatura, a decoração da casa ou a arrumação da secretária de trabalho.

Tudo isto são sinais que não pode ignorar. Conseguirá descobrir muito mais através deles do que através das palavras.

Por exemplo, se uma pessoa tem mau feitio, se gosta de socializar, se foi educado por pais autoritários, se é uma pessoa agressiva, se está a dizer a verdade ou a ocultar informação, se está a tentar manipular, se é confiável, um bom líder, se é ansioso, um amigo verdadeiro ou um cônjuge fiel.

Alexandre Monteiro desvenda, pela primeira vez, as técnicas ensinadas pelas maiores escolas de espionagem mundiais, como FBI, MI6, CIA e MOSSAD.

E explica-lhe os métodos de que precisa para obter das pessoas a informação que necessita, como ler, interpretar e influenciar comportamentos, proteger-se de pessoas manipuladoras e tóxicas, saber dizer não, ser mais sedutor e detetar a mentira.

O autor, especialista em linguagem corporal, ensina-lhe neste livro prático, com fotografias, dicas e exercícios, como descodificar tudo o que vê e descobrir quem realmente tem à sua frente, observando os sinais e gestos que o nosso corpo revela.

 

Opinião: Através de Torne-se Um Decifrador de Pessoas, de Alexandre Monteiro, é possível perceber que no ambiente em que vivemos acabamos por indiciar muito mais de cada um através de gestos, escolhas e comportamentos, que num todo ajudam a revelar pormenores que nem sempre as palavras desvendam. Muitas vezes é sem se falar que acabamos por dizer muito mais do que o desejado, transmitindo informações corporais que revelam o que cada um pretende ou está a interpretar do que está a ser feito perante os seus olhos. Os pensamentos nem sempre ficam isolados, acabando por com simples expressões perante as quais nem nos damos conta, serem referenciados. 

A posição dos pés e das mãos, as rugas de expressão, o revirar dos olhos, o cruzar de pernas, a utilização de acessórios. Muito do que por vezes nem ligamos está bem explicado por Alexandre Monteiro neste seu manual cheio de ferramentas que ajudam a descodificar comportamentos e sinais reguladores da verdade que nem sempre é revelada. 

Sendo este um livro que deve ser lido com tempo e sem que se queira assimilar tudo de uma só vez, Torne-se Um Decifrador de Pessoas acaba por dar ao leitor uma experiência de conhecimento e procura para identificar as explicações que são dadas nos que nos rodeiam de imediato. Perceber e lembrar de forma assim interpretativa a posição corporal de alguém em determinado momento, começar a perceber quem com os seus gestos não se encontra confiante em certa situação. Muito aprendi com este manual publicado pelo Alexandre, sendo daqueles livros que recheei de post-its e que voltarei certamente de forma regular para lembrar determinados apontamentos que achei necessários por reconhecer certos comportamentos. 

Educação zero

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Será que os tempos de confinamento retiraram a boa educação a uma boa parte da sociedade? As pessoas agora entram nos espaços sem olharem para quem já está, sem conseguirem proferir aquelas simples palavras de cumprimento e que revelam alguma educação para com os outros. Sou de cumprimentar as pessoas que já se encontram nos espaços onde entro, quem me presta atendimento e não compreendo como a atual situação das pessoas as faz manterem uma postura tão distante, como se quisessem mostrar que estão num pedestal perante a plebe com que acreditam estarem rodeados.

Pessoas deste estilo tendem a tardar em acordar do estado elitista em que estão, não tivessem mais tarde de perceber que todos nascemos e morremos um dia, existindo igualdade no momento da chegada e da partida. Não vale a pena querer parecer superior ou ostentar a falta de educação como sinal de poder já que no momento do Adeus todos seguimos o mesmo caminho. Ser acessível e gerar boas energias devia ser o lema de todos, mas existem energúmenos que preferem manter aquela postura intocável com receio que o seu próprio veneno de pensamento sobre como olham para os restantes se vire contra o seu próprio ego.

Não é recíproco

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Há uns anos sentia uma certa pressão nas redes sociais para com o seguir de volta quem começava a seguir como se fosse como que uma obrigação. Na altura cheguei a debater com algumas pessoas que não seguia porque simplesmente não me identificava com as suas publicações, além de que somos livres para fazer o típico like onde e em que e quem queremos, sem existir obrigatoriedades. Esta semana voltei a receber uma mensagem caricata, vindo diretamente de alguém que partilha opiniões literárias pelo blog e redes sociais, como vou fazendo com os livros que leio, sobre a razão de me seguir há anos e não ser recíproco. 

A questão volta a colocar-se... O ato de fazer Seguir tem de ser recíproco como um toma lá dá cá? É que quando aderi ao Facebook, depois ao Twitter, Instagram, Pinterest e mais recentemente ao TikTok - já agora se quiseres aproveitar para me seguir nessas redes sociais sem esperar nada em troca estás à vontade - não fui informado pelo regulamento que era obrigatório retribuir o ato de Seguir, tal como ter de espalhar Gosto pelas mais variadas partilhas e por aí fora. 

Inspirações repentinas

 

Motivos desconhecidos que nos trazem pessoas do nada para se cruzarem num curto espaço de tempo connosco e que do nada nos conseguem inspirar através de pequenas conversas rápidas e que nos mostram que sempre é possível acreditar nos nossos sonhos para se mudar, lutar e alcançar cada objetivo a que nos propomos. 

Há uns dias isso mesmo aconteceu com uma pessoa que esteve presente no meu local de trabalho durante uns dias a fazer as suas funções sem interferir com as da equipa. As conversas fluíam quando dava tempo e acabei por encontrar um ser lutador e bastante sonhador que mesmo fora da sua área acredita que com o esforço que nos explicou que sempre fez ao longo dos anos para atingir várias metas que agora, numa nova etapa de vida conseguirá voltar a conquistar todos os sonhos que tem em si. Começou cedo a trabalhar, viajou bastante e conheceu mundo antes de assentar arraiais e organizar família. Hoje com maiores responsabilidades e mudanças volta a sonhar em voltar a organizar o que já teve no passado por outras paragens e tem tudo tão bem definido que somente com as explicações que me foi fazendo acreditei no seu sucesso a médio prazo.

Impressões primárias

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Sou muito de tirar impressões com o primeiro impacto com pessoas com que sei que me irei cruzar mais vezes ao longo do tempo. Quando o ser passa e não vai ficar em princípio por perto nem procuro criar uma ideia do que está do outro lado. Agora quando sei que fulano ou beltrano irá estar por perto em trabalho ou por estar próximo de alguém com quem costumo passar algum tempo então a análise já acontece de outra forma.

Rapidamente faço uma análise rápida do perfil do candidato a conhecido e tiro as minhas ilações, por vezes por expressões faciais, frases e comportamentos presentes no primeiro impacto, não deixando que isso influencie o contacto pelos tempos vindouros para perceber se a opinião inicial se vai alterando, o que geralmente não acontece.

Tenho casos com uma amiga e colega em que já sugeri várias vezes ao longo dos últimos tempos sobre quem se aproxima ser ou não de confiança e não me enganei em nada. Todos os que duvidei acabaram por desiludir mesmo a pessoa em questão e foram à sua vida num ápice, deixando marcas para trás a serem resolvidas depois. Atualmente existe novo pressentimento sobre uma não boa amizade existente para com essa pessoa que vê em alguém uma excelente companhia recheada de confiança quando está mais que à vista, pelo menos perante a minha análise, que esta aproximação repentina será somente mais uma peripécia que em tempos vindouros só servirá para a tentar lixar em grande.

Confianças a mais

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Pessoas calmas e tranquilas são bem-vindas à minha vida. Já aquelas que se acham as últimas gotas da garrafa e as estrelas que encontram supostas amizades em todo o lado podem ficar de fora do meu radar.

Odeio quem após conhecer já se acha fazer parte dos meus conhecidos mais próximos. Pessoas comuns e de bem com a vida não o fazem por existir consciência, mas os outros acham que as amizades são formadas com um simples «Olá!» estridente e que logo me deixa de pé atrás.

Primeiramente não sou fácil a criar novas relações, gostando de analisar comportamentos e modos antes de deixar que entrem um pouco na minha vida. E depois porque existe um espaço bem assumido da minha parte para com o abuso inicial, como se fossem os meus melhores amigos.

Gosto muito de olhar, analisando e percebendo se aquela pessoa poderia um dia fazer parte do meu núcleo restrito de quem gosto de manter por perto. Raramente me sinto enganado perante as primeiras impressões que retiro sobre as primeiras análises que faço, não existindo falhas nesse ponto. Quando percebo que logo de início as pessoas esticam a pastilha ficam logo de fora das possibilidades, mostrando até por vezes uma forma mais séria e arrogante da minha parte para cortar logo o mal pela raiz. 

 

Conversa cansativa

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Sabes aqueles momentos em que estás a ouvir uma pessoa que não se cala durante meia hora e só pensas em sair do local? Esta situação já aconteceu com todos nós! O pior de tudo isto é que consegues sair com a desculpa de que vais almoçar e quem aparece logo de seguida e tens praticamente a obrigação de convidar a sentar na tua mesa? Essa mesma pessoa chata que te oferece mais meia hora de conversa infindável e em modo «alto e bom som». Sim, isto aconteceu comigo há poucos dias e foi tão, mas tão, cansativo!