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O Informador

Regresso tranquilo

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Regressei à rotina mas sinto que estou em modo botija de gás a ficar vazia e a precisar de viver em tranquilidade. Sem entusiasmo acima da média, pouco falador e sem me importar se o tempo faz chuva ou sol, sinto que estou no meu canto, a cumprir funções, a seguir caminho mas com calmo, pedindo que o percurso siga sem oscilações e sem que criem problemas onde eles nem existem.

Calma alentejana

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Sempre que regresso ao Alentejo a sensação de descanso com tranquilidade acontece. Por vezes com pausas mais prolongadas e repousadas do que outras, no entanto o certo é que por terras alentejanas, seja mais para cima ou mais para baixo, para a esquerda ou direita, a calmaria existe, a tranquilidade surge e o descanso acontece de verdade.

Por aqui não existem horários, a confusão do trânsito ficou longe, os dias corridos não fazem parte da rotina e o tempo é coisa rara para se aproveitar em bom estado. No Alentejo tudo acontece mas de forma distante, de maneiras diferentes, sobrevivendo o silêncio que nos grandes centros urbanos se torna caótico. Em terras rurais e distantes a natureza tem o seu espaço na comunidade, os pássaros organizam as suas famílias pelas aldeias, os caminhos cheiram a natureza e todo o ar é respirável. 

Junho alentejano

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Junho ao que parece será o último mês de lay-off e aproveitei para fugir até ao Alentejo e aproveitar o sossego onde os silêncios e o campo só ajudam a um descanso preparatório para reiniciar atividade. 

Por aqui os casos de Covid19 praticamente não existiram, a população anda tranquila seguindo as regras e ao mesmo tempo a possibilidade de andar na rua de forma mais descontraída existe. A oportunidade de se poder sentar à porta de casa ao fresco, ir dar um passeio após o jantar pelas ruas da aldeia, conhecer um pouco das redondezas que ainda não foram visitadas e sem aqueles medos que alguém venha contra nós, sem máscara e ainda com os seus jeitos arrogantes de detentor do universo.

No Alentejo encontro paz e sossego que se transformam em descanso, embora sinta que por aqui quando me canso é a valer, parecendo que o corpo fica pesado de forma mais rápida e a necessidade de dormir é maior, deixando afazeres de tempos livres um pouco para trás por ficar muito mais tempo sem fazer nada mas bem, sem sentir aquela necessidade de estar sempre ocupado a querer fazer tudo e mais alguma coisa.

Alentejo é sossego

 

O tempo passa, a idade avança e o auto conhecimento toma lugar. A par disto também vamos percebendo que da agitação do dia-a-dia começamos a dar valor ao descanso e paz das terras rurais. O que vos posso dizer é que vivendo em Alenquer, a um passo de Lisboa, as minhas idas ao Alentejo só me têm mostrado que quanto mais vou para o sossego mais apetece ficar. Adoro toda a zona de Évora, gostaria um dia de me mudar para a região e se em tempos a confusão das redondezas da capital me podia fazer falta, hoje percebo cada vez mais que podemos ser tão felizes longe de toda a correria do dia-a-dia e onde a pacatez nos transmite paz e felicidade!

A procura do Silêncio

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Na correria do dia-a-dia queremos chegar a tempo e horas a qualquer lugar onde as combinações, o emprego e a família esperam pelo momento marcado numa azáfama onde acabamos por querer estar em todo o lado, perceber o que se passa e onde devemos estar para que nada nos escape. Arrebanhar o tempo, correr de um lado para o outro, esgotar as energias e chegar ao final de um dia acordado e somente pensar que é tempo de dormir para voltar a reagir para mais umas horas de vida agitada onde o descanso e o silêncio pouco existem. 

E a paragem silenciosa para se refletir, procurando o silêncio que tanto ajuda a limpar a alma, que nos transporta para outros patamares quando a solo enfrentamos uma solidão que não tem de ser vista como inimiga, mas sim como um trunfo precioso de renascimento. Onde fica essa pausa no meio de tanto para fazer?

Poder encontrar o momento diário para encontrar o espaço de sossego, silêncio e calma, procurando um conselheiro invisível mas que habita no interior de cada um. Afinal de contas quem pode ter um melhor amigo a quem amar e valorizar se primeiramente não se souber amar a si próprio?

Usando o poder do silêncio, onde tudo fica concentrado na verdadeira essência pessoal, dos medos às conquistas onde os sonhos e os troféus ganham destaque numa luta interior para com os receios das falhas. Silenciar a vida por uns momentos, recolhendo tudo o que acontece num pacote individual que não tem de ser partilhado sem que saibamos quem somos e para onde queremos seguir. 

Aprender a trancar o som e entrar numa bolha essencial de vazio que espera por ser preenchida pelas partilhas intimas do que há internamente para reordenar, afastando os pesos que habitam pelas redondezas para deixar lugar vago para o que possa surgir futuramente. 

Feliz Natal daqui par'ai!

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Oh! Oh! Oh! O Natal chegou e não tarda já todos estamos sentados à mesa a desfrutar do tradicional bacalhau com todos e do perú no forno pensando nos doces que se seguirão. A tradição já não é bem o que era nesta época onde o consumismo tem dado cartas para que os pormenores e afetos familiares fiquem para trás, no entanto o Natal continua a ser festivo segundo os novos modelos sociais e familiares e aqui estamos em mais um ano onde «paz, amor, saúde e felicidade» voltam a ser desejados numa noite onde o calor humano é desejado e merecido por todos, mesmo para aqueles que não têm onde se recolher nestas noites frias de Inverno.

Um bom e feliz Natal para todos os leitores do blog! 

O Alentejo

Deitar cedo num serão pacato no seio alentejano é sinónimo também de acordar pelas primeiras horas da manhã, com o sol a espreitar e os animais, principalmente os galos e rolos, a lembrarem todos os humanos, que se encontram pelas suas proximidades, de que já é dia e horas de levantar.

Um acordar preguiçoso, com olhos meio abertos, esticar pernas e braços antes de dar o pulo para poder calçar chinelos e começar a fazer a primeira e rápida higiene diária. Tudo aqui tem o seu tempo, nada exige pressa, para mais quando a juntar ao espírito de paz e sossegado ainda existe o fator férias a completar o ramalhete. Pequeno-almoço é preparado enquanto as novidades pelas redes sociais e também pelas aplicações da imprensa vão sendo obtidas. Existe tempo para comer com calma, sentar e desfrutar de uma tigela de flocos de cereais e umas torradas, o que no dia-a-dia acaba por ser uma perda de tempo para quem abre os olhos e faz tudo a correr para ir trabalhar logo de seguida. No Alentejo isso não acontece! Tudo tem o seu tempo, não importa se o pequeno-almoço é mais demorado ou não, o que importa é ficar de estômago cheio e confortável para umas horas de descanso, com um passeio matinal pelas ruas pacatas da aldeia e onde o «bom dia» não é deixado de lado. Aqui, todos se cumprimentam, residentes ou visitantes, nacionais ou estrangeiros. Existem boas maneiras entre a população que gosta de receber quem por cá passa.

Um bom descanso é feito numa aldeia alentejana sem pressões, sem trânsito e com as correrias distantes. Mesmo de férias pelos centros urbanos todos andam a correr, não se conseguindo ter um verdadeiro momento de paz e reflexão para que se consiga desfrutar do momento. Aqui não, tudo é feito com tempo, com calma e existe verdade através de palavras que são proferidas porque estão na educação das pessoas, não por qualquer ato de obrigação para com o próximo.

Férias na semana de Natal

Este ano o Natal terá um maior espaço por aqui! Isto porque pela primeira vez estarei de férias laborais na semana mais natalícia do ano!

Com dias em atraso de folgas e com férias ainda por tirar, acabei por optar ficar toda a próxima semana a descansar, aproveitando ao mesmo tempo para fazer as visitas da época e conseguir fazer umas últimas compras sem as correrias do fim-de-semana e dos serões onde todos invadem os centros comerciais em busca dos presentes perfeitos.

Tirar férias na semana de Natal só faz lembrar os pais que não têm onde deixar os seus filhos porque escolas e infantários encerram também por uns dias, sendo a família obrigada a reorganizar os seus dias para ficarem com os mais pequenos por casa. Por aqui não existem crianças mas existe uma grande vontade de ficar a descansar numa época que não vivo como a maioria das pessoas mas em que gosto de aproveitar os momentos caseiros e familiares propícios destes dias.

Uma semana de paz só para mim! Que bom!

Noite de Natal a três

Desde pequeno que sempre fui habituado a passar o Natal de forma sossegada, com os meus pais e em alguns anos, de forma excepcional, com os meus tios e primo. Este ano, vamos voltar a passar o Natal só os três, por casa, porque esta noite para nós é quase como outra qualquer, até pode ser pior que as outras.

O Natal sempre foi visto pela minha mãe como uma época triste, como tal, sempre me habituou a não dar grande relevo a esta altura do ano em que anda tudo louco pelas compras e pelos jantares de família. Nós ficamos normalmente no aconchego do lar a falar, a ver televisão e a desembrulhar os presentes que por aqui aparecem.

Com a passagem dos meus avós maternos para as suas novas vidas, onde acredito que olham por mim diariamente, os motivos de celebração natalícia ainda são menos, por isso além de não termos feito a árvore de Natal também não vamos fazer nada de especial de 24 para 25. Vai ser um serão normal e no dia seguinte quando acordarmos tudo deverá acontecer também de forma natural, como um dia igual a tantos outros, em que estamos os três por casa, acordamos mais tarde e o dia prossegue como se nada fosse.

O Natal para mim está cada vez mais transformado numa forma pratica de fazer negócio e deixa ao longo dos anos de ser feito pelo aconchego familiar. Nós não vamos mudar a nossa forma recatada de viver esta época, que este ano ainda é mais triste que nos outros. Desde que tenhamos amor, saúde e paz, o Natal pode ser celebrado todos os dias e não só numa noite!