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O Informador

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Corria o ano de 1986 e o Vitinho surgiu nos ecrãs da RTP através de uma pequena película de animação com o nome Boa noite, Vitinho! para que após o anúncio de que estava na hora dos mais novos se irem deitar se iniciasse a programação noturna da estação pública de televisão. Nesse mesmo ano nasci e em pequeno sempre me lembro do Vitinho, tendo tido inclusive uma almofada com o famoso boneco estampado. Muito se criou em torno deste amigo animado, de livros a discos, peluches e cromos, sendo um autêntico sucesso de marketing entre miúdos e graúdos. O célebre Vitinho nasceu para desejar as boas noites a todas as crianças, anunciando a hora de seguir para o descanso, e o que é certo é que vingou e ficou na memória de todos.

Hoje, trinta e cinco anos depois, falei sobre esta memória com colegas de trabalho, percebendo que cada geração tem os seus heróis animados, e chegado a casa resolvi rever a memorável canção, a que chamo de original, da primeira temporada do Boa noite, Vitinho!, não me lembrando sequer que tinham existido outras três versões pelos anos seguintes, uma vez que a primeira me ficou para sempre marcada.

Resolvi, após ouvir várias vezes os quatro temas do Boa noite, Vitinho! deixar para quem quiser viajar pela sua memória, os temas, apresentando também a quem vem de gerações mais recentes o que para nós, acima da casa dos trinta, foi um amigo televisivo que todos os dias nos visitava e fazia por um breve minuto companhia. 

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Mais um ano e mais um fim-de-semana com 74.14, 40 Anos de Música, o musical celebrativo sobre os 40 anos de boa música após a revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974. Marcando a história do país e virando uma página na forma de estar, muitas foram as alterações sociais dadas em Portugal a partir desse dia, estando também a música dentro dessas mudanças. Em 74.14, 40 Anos de Música, os temas que melhor se destacaram e ficaram na memória ao longo do tempo são revisitados através das vozes de um excelente grupo de artistas. 

Na mini temporada de 2018 deste maravilhoso e memorável espetáculo produzido pela ArtFeist, o palco contou com o talento de Henrique Feist, Susana Félix, FF, Mariana Pacheco, Daniel Galvão, Valter Mira, Soraia Tavares e Joana Almeida que em solo, duo ou grupo celebraram a música de forma ímpar, mostrando que as recordações dos temas do passado que continuam tão presentes ainda hoje são um bom motivo festivo e de alegria. 

Quatro décadas onde vários estilos musicais tomaram lugar, onde sucessos invadiram o Mundo e em Portugal vários foram os nomes a aparecer para fazerem sucesso, esporádico ou duradouro, mas com temas que ainda hoje são motivo de boas lembranças. Nascimentos e mortes, aparecimentos artísticos e ofuscações repentinas, na música e nas artes tudo pode ser efémero ou não, dependendo de várias circunstâncias. Em 74.14, 40 Anos de Música o efémero torna-se memorável e o espetáculo que une vídeos de apresentação com um resumo sobre várias notícias de cada época com as atuações em palco transporta primeiramente o público para a década de 70, seguindo-se os ritmos mais dançáveis dos anos 80, com a introdução da bola de espelhos e do disco. Passando pelos anos 90 e chegamos ao novo século onde o pimba invade Portugal e os rimos amorosos continuam a ter o seu destaque. 

Madonna, Abba, Michael Jackson, Jennifer Lopez, Gloria Gayonr, Prince, Spice Girls, Lady Gala, Rihanna, Amy Winehouse, Amália, GNR, Xutos e Pontapés, Paulo de Carvalho, Carlos Paião, António Variações, Anjos, Susana Félix, Excesso e Marco Paulo são apenas alguns dos nomes internacionais e nacionais que passaram de forma representativa pelo palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril e que ajudaram o público a ficar com vontade de saltar das cadeiras em vários momentos para dançar e aplaudir várias das atuações que se foram destacando ao longo das praticamente três horas de espetáculo. 

Nostalgia é talvez o termo certo para descrever esta aposta da ArtFeist em 74.14, 40 Anos de Música. Um espetáculo de homenagem à boa música portuguesa e mundial que foi ficando na história ao longo do tempo e que hoje ainda vai sendo recordada e cantarolada por todos nós, visto que um bom tema quando é bem interpretado fica para sempre na memória de cada um, ficando também na história do seu país e das suas gentes, como sendo uma representação da sua época e das sucessivas gerações que acompanharam o progresso musical. 

http://youtu.be/ZmzNeO4ONUg

No dia em que Carlos do Carmo recebeu o «nosso» Grammy Lifetime Achievement Award, a Rádio Comercial prestou à voz nacional uma boa e bem trabalhada homenagem.

Com 35 artistas a cantarem Lisboa Menina e Moça, um poema de José Carlos Ary dos Santos, Fernando Tordo e Joaquim Pessoa e com música de Paulo de Carvalho, cedo este tema se tornou conhecido por todos, celebrizando a cidade de Lisboa pela voz de Carlos do Carmo. Agora e porque um troféu internacional chegou até todos nós a homenagem é feita e as felicitações ao artista chegam de todos os cantos do mundo.

Parabéns Carlos do Carmo e Obrigado à Rádio Comercial por ter unido tantas boas vozes nacionais num só tema celebrizado por um mentor do fado, «o sujeito que se dedicou a isto muito a sério, que leva 51 anos a cantar, mas que não pensou só em si. Carlos do Carmo».

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