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O Informador

O país está em crise e existe muita falta de emprego, contudo existem patrões que acham que podem abusar das pessoas só porque o país se encontra numa má situação.

Fui cortar o cabelo num centro comercial aqui perto e quando entrei percebi que a empregada que depois me atendeu estava a informar o patrão por telefone que se ia despedir. Ao longo do meu atendimento fomos falando e depois toquei no assunto porque gosto do trabalho daquela funcionária e se ela vai embora também começo a procurar outro espaço para cortar o meu cabelo. 

Conversamos e foi quando ela me disse para onde ia a convite dos próximos patrões e onde me contou o que se passa no espaço onde ainda trabalha. Durante três anos diz não ter gozado períodos de férias e que por semana só tem um dia de folga e mesmo isso nem sempre acontece porque lhe pedem para trabalhar mesmo nos dias de descanso. Foram três anos sem pausas prolongadas e onde pelas palavras da própria também a vida pessoal ficou prejudicada. Agora teve um convite e vai aproveitar para se livrar de horários loucos e de patrões bem exigentes e que fazem das pessoas escravas.

Estamos no século XXI e em Portugal! Vivemos num país que está mal com milhares de pessoas desempregadas, mas não é por isso que quem emprega pode achar que os outros se têm que submeter ao que querem e bem entendem. Já tinha percebido por outra funcionária daquele espaço que as coisas por ali não eram fáceis e que por isso também essa acabou por sair. Agora soube da história de mais uma e não voltarei tão cedo aquele local, ainda para mais porque sei para onde esta que me revelou a sua história vai trabalhar!

As pessoas sujeitam-se durante algum tempo a estas coisas, mas é certo que não conseguem aguentar muito tempo porque a vida além do trabalho também existe e mentalmente não vivemos só para ganhar dinheiro e estarmos fechados num espaço a servir os outros!

Neste momento existe a possibilidade da minha empresa dispensar, em forma de despedimento, uma das seis pessoas que por lá trabalham. Somos poucos, visto que há seis anos, quando para lá entrei éramos dezasseis, e mesmo com o trabalho a apertar o patrão diz que tem que fazer cortes. Uma vez que não aceitamos as ideias mirabolásticas que nos querem fazer ver que são as melhores e como quando não aceitamos alguma coisa dos nossos superiores, a ameaça acontece sempre, desta vez as coisas não estão a acontecer de forma diferente. 

Para nós, que estamos diariamente a ver o que se passa e percebemos que em 2013 a empresa está em melhores condições que no ano passado, isso não faz sentido, mas como quem manda é que tem tudo nas mãos, a hipótese de alguém ser despedido está em cima da mesa e com fortes probabilidades de acontecer. Eu já fui chamado pelo patrão para mostrar o meu ponto de vista e acho que me defendi da melhor maneira!

Então fomos chamados, um a um, para falarmos sobre a situação da empresa e sobre o futuro. Mostrei a minha visão das coisas, sei que tudo não passa de uma forma de nos encostar à parede, mas também sei que quem me paga o salário, neste caso, se embirra com algo faz e leva a sua ideia em frente. Como não vamos fazer o que quer, já afirmou que um dos seis vai ser despedido. Acredito que não serei eu o escolhido porque considero-me forte dentro do grupo e versátil, disse-lhe isso e acho, também pelo meu percurso, que tem essa noção desta unidade funcional que sou eu.

Acredito mesmo que sou um bom funcionário, não dizendo que os meus colegas não o são, mas talvez seja melhor que alguém, pelo menos tenho essa ideia de mim próprio. Sempre tenho feito tudo como me pedem, tirando as ideias absurdas que o patrão inventa para nos querer obrigar a fazer, em vão! Mas de resto tenho sido um bom funcionário! Se for eu o escolhido para sair, paciência! Não queria, neste momento, e se fosse há uns tempos atrás aceitava de bom grado a decisão, mas agora não queria mesmo sair da empresa!

Estas coisas neste momento não estão nas minhas mãos, mas sim na mão do patrão que talvez vá escolher como ele bem entender e não por quem faz mais e melhor! Já no passado errou com as decisões de dispensa e agora deverá voltar a cometer o mesmo erro!

Aliás o erro será cometido pelo despedimento de qualquer um, porque quem sair vai fazer falta, já que trabalho não nos falta e nos próximos meses tudo está a preparar-se para isso ainda aumentar de quantidade, por isso é que não percebemos esta decisão! Uma birra de um patrão que os funcionários não entendem, nem nunca vão entender!

Estão quase, quase, quase a chegar! Falo das minhas primeiras férias de 2013 que vão acontecer já no início de Fevereiro! Ui, que bom!

Mesmo quase contra a minha vontade, o meu patrão acha por bem os seus funcionários terem que gozar uma quinzena de descanso no primeiro trimestre do ano e assim me calhou ficar nas primeiras duas semanas de Fevereiro no descanso e já ando a contar os dias para isso acontecer!

Quero tanto ir de férias que não sei! Quero descansar, ir passear, poder relaxar, dormir até mais tarde, não andar com o pensamento do «lá vou eu trabalhar», quero mesmo entrar de férias. Fevereiro não é o mês mais desejado por mim para ter este período de descanso, para mais logo duas semanas, mas tem que ser e pronto, pelo menos que seja bom e que cheguem rápido.

Se por um lado quero entrar de férias o mais rapidamente possível, por outro também quero que quando estas começarem que passem muito devagar, porque quando se está fora do trabalho tudo parece que passa mais rápido do que nos outros dias normais.

Férias em Fevereiro, eu já suspiro por vós, só falta virem até mim para me fazerem feliz!

Todos os anos acontece a mesma coisa na minha empresa quando chega o momento de se marcarem as férias para o próximo ano! Mais uma vez, os problemas acontecem, desta vez só porque o patrão gosta de ser do contra e ter tudo à sua maneira.

Depois de em alguns anos os problemas terem acontecido devido a marcações de férias nos mesmos períodos por várias pessoas, tendo sempre que alguém ficar com o descanso em alturas que não queria, este ano, e tal como o ano passado, o problema parte mesmo de cima, e não do consenso geral entre colegas.

Depois de definirmos as datas em que cada um queria tirar os seus dias de descanso, mais que merecido, eis que chegou a altura de enviar a lista ao patrão, que disse logo que não gostava do nosso calendário de marcações porque não nos queria a ter férias de Julho a Dezembro. Isto é normal? Não é pois não? Então não é que o homem quer que marquemos as férias de Janeiro a Junho?

Claro que não concordamos e dissemos-lhe que aceitamos, tal como o ano passado, em ter uma quinzena cada um nos primeiros três meses do ano, mas mais que isso que não aceitamos e queremos ser nós a definir os restantes dias em que iremos descansar.

Todos os anos têm que existir problemas na altura da marcação das férias, seja entre colegas ou porque o patrão quando vê que estamos todos de acordo, tem que arranjar algum problema.

Agora espera-se que quem pode se deite sobre o assunto e que nos próximos dias acorde com outras ideias para que a mudança da sua mente aconteça porque nós não vamos aceitar a sua ideia absurda de nos querer marcar todo o mês de férias sem podermos escolher!

E já recebi o meu ordenado correspondente ao meu trabalho de Novembro. Depois de me terem lançado a ideia de que poderia sofrer um aumento, isso aconteceu mesmo e mais do que pensei que ia acontecer.

Pois é, fui aumentado cerca de quarenta euros, não é bom? É óptimo! Não estava à espera deste aumento, porque mesmo completando os seis anos de casa, já tinha o meu ordenado mais alto há uns meses, isto face ao que os meus colegas que já lá estão à mais tempo ganham. Por isso, agora não contava começar a receber mais por ter feito os seis anos, mas o aumento aconteceu e passei a receber mais uns euros que fazem um jeitão. 

Fiquei mesmo contente quando fui à caixa multibanco e ao tirar o extracto vi que tinham depositado na minha conta mais que o previsto. Como já me tinham dito que achavam que eu ia ser aumentado, deduzi logo que o que me disseram estava certo. E pronto, mais quarenta euros por mês não é para todos em tempo de crise, não é verdade?

Sei que em Janeiro os nossos ordenados vão sofrer um tombo devido aos impostos que iremos ter que pagar, mas ainda tenho esperança que seja o meu patrão a aguentar com esses valores, não mexendo assim no que nós trazemos para casa mensalmente.

O que conta é que por agora já fiquei contente com este aumento, o que vier no próximo ano logo se verá!

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