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O Informador

Gostava de voltar a viajar

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O momento é de contenção e de permanência em casa o máximo de tempo possível para que não nos coloquemos em risco com a doença da moda cuja cura ainda se encontra a ser estudada. No entanto a vontade de viajar, dentro e fora de portas, é mais que muita e já só apetece gritar 《quero conhecer novos mundos》.

Já sinto necessidade de fazer a mala e partir ao conhecimento de novos territórios, mesmo que seja em Portugal. Cidades que ainda não visitei onde a História de costumes e tradições se unem com a sociedade dos dias que correm, as pessoas que em todo o país sabem receber para que o turista nacional ou internacional regresse onde foi bem acolhido. Necessito de conhecer o nosso próprio país, sair da base e deixar os espaços habituais por uns dias. Neste momento as viagens internacionais estão meio que congestionadas e por muito que apeteça não me atrevo a marcar sequer uma saída do país pelos próximos meses, mas por território nacional quero mesmo voltar a circular livremente, com os novos cuidados necessários. Quero muito visitar o Norte profundo, o Centro e mesmo o Alto Alentejo. Voltar ao Porto para uns dias de visitas guiadas como tenho direito, conhecer Castelo Branco e Guimarães, encontrar os caminhos até Bragança ou mesmo perceber onde fica Viana do Castelo. Isto são somente uns exemplos das cidades onde desejo ir pelos próximos tempos e com toda esta confusão pandemica ficaram como destino adiado por meses ou mesmo anos por não existir tempo e confiança para tudo. 

 

 

Sainte Chapelle, a capela inesperada

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A viagem a Paris teve dentro do previsto algumas surpresas, entre elas a capela gótica Sainte-Chapelle que não estava nos planos de visita iniciais mas que ao surgir pelo caminho acabou por nos convidar a entrar e que surpresa. 

Situada na Île de la Cité e construída na época de Luís IX no século XIII, esta capela serviu o palácio real que nos dias que correm serve de Palácio da Justiça. Com dois pisos e duas capelas que se sobrepõem é a superior, a que serviu a família real, que me conquistou por completo pelos seus vitrais ao longo de praticamente todas as paredes. Pequena mas robusta, vazia dos recheios de outrora, somente as paredes e uma réstia do altar se mantém no local mas serviram para me conquistar e deixar deliciado pela maravilha com que fui presenteado sem planear pela magnifica edificação de imagens históricas ao longo de cada vitral emoldurado e pelo teto representativo dos símbolos francesas. 

O Alentejo

Deitar cedo num serão pacato no seio alentejano é sinónimo também de acordar pelas primeiras horas da manhã, com o sol a espreitar e os animais, principalmente os galos e rolos, a lembrarem todos os humanos, que se encontram pelas suas proximidades, de que já é dia e horas de levantar.

Um acordar preguiçoso, com olhos meio abertos, esticar pernas e braços antes de dar o pulo para poder calçar chinelos e começar a fazer a primeira e rápida higiene diária. Tudo aqui tem o seu tempo, nada exige pressa, para mais quando a juntar ao espírito de paz e sossegado ainda existe o fator férias a completar o ramalhete. Pequeno-almoço é preparado enquanto as novidades pelas redes sociais e também pelas aplicações da imprensa vão sendo obtidas. Existe tempo para comer com calma, sentar e desfrutar de uma tigela de flocos de cereais e umas torradas, o que no dia-a-dia acaba por ser uma perda de tempo para quem abre os olhos e faz tudo a correr para ir trabalhar logo de seguida. No Alentejo isso não acontece! Tudo tem o seu tempo, não importa se o pequeno-almoço é mais demorado ou não, o que importa é ficar de estômago cheio e confortável para umas horas de descanso, com um passeio matinal pelas ruas pacatas da aldeia e onde o «bom dia» não é deixado de lado. Aqui, todos se cumprimentam, residentes ou visitantes, nacionais ou estrangeiros. Existem boas maneiras entre a população que gosta de receber quem por cá passa.

Um bom descanso é feito numa aldeia alentejana sem pressões, sem trânsito e com as correrias distantes. Mesmo de férias pelos centros urbanos todos andam a correr, não se conseguindo ter um verdadeiro momento de paz e reflexão para que se consiga desfrutar do momento. Aqui não, tudo é feito com tempo, com calma e existe verdade através de palavras que são proferidas porque estão na educação das pessoas, não por qualquer ato de obrigação para com o próximo.

Convento de Mafra

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O Domingo foi dia de passeio! Convento de Mafra, o local histórico que serviu como base para a história central de Memorial do Convento, da autoria de José Saramago. Este é daqueles locais que marcaram o nosso país. Com um edifício com um cem número de corredores, alas e salas, o Convento de Mafra, património nacional, é detentor de um grande lote de mobiliário e arte com que viveram os nossos sucessivos reis ao longo das estadias por Mafra onde passavam algumas das temporadas quentes ano após ano. Um local emblemático que vale a pena visitar!

 

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As melhores viagens... Livros

As melhores viagens... Livros«As melhores viagens da minha vida eu fiz sem sair do lugar.»

Esta poderá ser uma quase verdade para mim, no entanto não posso afirmar que assim o seja porque tenho andado a vaguear por ai e tenho conhecido lugares fenomenais, onde a história se cruza com a modernidade e o contemporâneo se transforma em inspiração. Os livros, esses, transportam-me para outros locais onde o sonho acontece e a companhia prevalece.

Adoro ler e isso não é segredo para ninguém e através da leitura de bons livros tenho viajado por países, cidades e províncias desconhecidas pelos meus olhos mas presentes no meu pensamento a partir do momento em que os conheço através do olhar e da perspectiva de um autor que me transporta para o mundo que foi criando e mostrando. Com os livros consigo, por vezes, esquecer a própria realidade que está tão vincada no dia-a-dia, consigo ausentar-me e partir aliado a personagens que podiam ser de carne e osso, que viajam por locais reais e que marcaram alguém para além da ficção.

Já viajei sem sair do lugar através da literatura, já andei por mundos intransponíveis e já adoptei irrealidades, no entanto, o mundo real será sempre o mundo real!

A Mulher que Ama Livros e O Informador

Ela é A Mulher que Ama Livros e eu sou O Informador, juntos fizemos um vídeo sobre quem afirma não ter tempo para ler… Ora vamos lá ver…

http://www.youtube.com/watch?v=gNdptdBS99g

Passamos tanto tempo pela internet, ao telefone, a cozinhar e, por conseguinte, a comer, a conversar, a ler revistas e jornais, as idas às compras, a companhia da televisão, com isto sobra pouco ou mesmo nenhum tempo para ler um bom livro. Será que se tirarmos uns minutos a cada uma destas coisas não conseguimos dedicar um pouco mais do nosso pouco tempo livre à leitura? Parece-me bem que sim!

Por vezes até perdemos tempo com coisas tão dispensáveis nas nossas vidas que acabamos por não nos ocupar com o que realmente nos ajuda a evoluir, seja de que maneira for. Acredito que se todos conseguissem ocupar os seus tempos livres de uma melhor forma este mundo seria tão levado para a positividade. Vamos lá ler mais um pouco pessoal, tirando uns minutos vagos às outras coisas que se fazem, não custa nada e só nos ajuda. Sei que pode ser difícil, mas todos conseguimos dedicar tempinho à leitura sem termos que andar sempre a arranjar mil e uma desculpas para não se ter tempo, porque a isso dá-se outro nome… Preguiça! É certo que existem dias em que não apetece e queremos fazer tudo e mais alguma coisa, mas nem todos os dias são assim e existe sempre espaço para a leitura.

Eu fui o realizador deste vídeo, tendo também feito ali uma perninha como ator. Em breve, novos vídeos vão aparecer nesta parceria de amigos e primos entre A Mulher que Ama Livros e O Informador.