A proibição das touradas
Os anos passam e a questão da proibição das touradas continua a ser adiada por existirem várias faixas da sociedade, inclusivamente políticas, que são a favor da tortura em praça pública de animais. Não sou de todo defensor desta teoria de tradição que se deve manter num momento em que se defende cada vez mais o bem-estar animal, com leis que vão de encontro à sua proteção.
As últimas informações dão conta de que o atual Governo tem no seu Programa a intenção de aumentar a idade mínima para assistir a touradas. Indo de encontro às medidas defendidas pelo PAN, o executivo de António Costa quer aumentar assim a idade mínima dos 12 para os 16 anos e quando o Programa de Governo foi anunciado logo começou o debate público sobre a questão.
Sim, já que ainda estamos com anos de atraso em relação à proibição das touradas, que tantos políticos apoiam de pé pelas bancadas onde por vezes conseguem ganhar votos dos aficionados, pelo menos que se tentem educar gerações, mostrando que massacrar animais como forma de arte não está dentro dos comportamentos corretos a tomar. Uma luta inglória entre animal e humano, onde o touro é espetado para mais tarde ser abatido após ser usado como um simples objeto que é criado para sofrer por intenção dos humanos nas suas últimas horas de vida. Que tal colocarem defensores de touradas numa praça ao lado de leões para perceberem se conseguem ficar no mesmo patamar do animal que enfrentam?
Quando um animal ataca um humano de forma violenta o que lhe acontece? É de imediato abatido porque se torna perigoso. Até agora quantos toureiros e seus camaradas das arenas foram presos por matarem animais por terem a desculpa de estarem a proporcionar ao público um espetáculo com tradição?