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O Informador

Simpático ouvinte

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Sou querido, eu sei, e devo gerar confiança nas pessoas que do nada sem me conhecerem, começam a contar as suas vidas onde se incluem as dos seus familiares mais próximos. Depois, só porque sou bom ouvinte e simpático, fico a saber mais do que desejo e deixo os outros, os que pouco conseguem cuscar livremente, curiosos sobre as novidades que acabam por vir ao meu encontro sem as procurar. 

Sou um ouvinte simpático ou um simpático ouvinte que deverei mostrar bastante paciência a quem se aproxima e começa a desfiar o seu novelo alheio. Não procuro, juro, mas as pessoas começam a falar comigo como se me conhecessem e pudessem confiar desde sempre.

Ouvir, Filtrar, Ponderar.

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O lema é este... Saber Ouvir, não responder logo quando o tema te faz ferver um pouco. Depois a sugestão é Filtrar a informação que te chegou e perceber se interessa ou é melhor deixar para trás. No fim Ponderar é sempre, mas mesmo sempre, a melhor solução antes de tomar qualquer decisão ou ação.

Ouvir, Filtrar, Ponderar é o melhor trio de verbos que todos devemos seguir para se conseguir sobreviver de bem com a vida social para não se acabar por acusar desgaste e cansaço perante toda a porcaria que nos rodeia. Ouve, recolhe e reflete antes de assumires a tua decisão defensiva e verás que ficarás a ganhar no momento final em que não agiste com impulso e soubeste esperar para dar a volta ao que poderia correr menos bem.

Versões da história

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No momento em que se ouve uma história que envolve pessoas, os envolvidos na situação devem ser ouvidos de forma igualitária, já que sempre existirão pontos diferentes para uma análise certa sobre a verdade dos factos. Numa história em comum existem sempre duas verdades, diferentes entre si e que revelam as duas perspetivas perante o mesmo tema central.

Saber ouvir, não dar razão e muito menos opinião é a base para se saber estar quando uma situação inesperada nos bate pela porta e os protagonistas da história surgem a contar as suas diferentes versões sobre os mesmos acontecimentos da narrativa a que estão a dar vida. Quando se gosta das pessoas não se deve ficar pela razão de um, mesmo que vos seja mais próximo, tentando sempre entender os dois lados da barricada porque em muitos casos a verdade de um é a mentira do outro e vice-versa.

Deixei de ouvir...

Após o jantar e enquanto ainda estávamos à mesa, os meus pais começaram a falar de mortos! Ok, a sério que se tinham de lembrar de tal conversa há hora do jantar? Já tinha terminado de comer, levantei-me ao de leve, levantei também as minhas coisas e pouco ou nada fui dizendo enquanto ainda estava pela cozinha!

Sei que a conversa já tinha sido feita entre eles durante o dia e naquele momento era só mesmo para me colocarem por dentro da situação, no entanto o assunto não me interessa rigorosamente nada e por isso abalei para o quarto. Mesmo assim e porque aquilo era mesmo para ser uma conversa a três, eles continuaram a falar, mais ela do que ele, para mim como se lhes tivesse a dar respostas a tudo o que diziam. 

Curtas e Diretas #14

Em casa já não consigo ouvir remoer sobre os mesmos temas e ficar calado! É verdade que ando a fazer um esforço para não deixar sair um ou outro comentário menos agradável, mas por vezes não é fácil ouvir e resistir à tentação e lá sai o que podia ser evitado!

O que vale é que consoante digo também a sensação de alivio surge e «já passou»!

Ronco noturno

Estaciona-se o carro perto de casa, percorre-se um pouco de rua até chegar ao portão e ouve-se a meio do percurso aquele barulho ronco que vem de algum lado. Rapidamente se percebe que mesmo com o calor todas as janelas da rua estão fechadas mas mesmo assim o som noturno de alguém que dorme consegue chegar junto dos ouvidos de quem passa.

Sério! Fiquei a pensar naquele momento pelos minutos seguintes mesmo quando já estava em casa e deitado a ler! Agora mesmo voltei a lembrar-me de tal momento sonoro porque acabei por perceber que o comboio buzinador é tão rotineiro que já o tinha ouvido anteriormente.