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O Informador

E os salários?

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Existem pontos do decreto sobre a quarentena quase obrigatória que não estou a entender e que parece que metade da sociedade ainda nem se preocupou. As medidas de prevenção foram lançadas, os pedidos para se ficar em casa reforçados, estabelecimentos foram encerrados para só ficarem os necessários para o abastecimento alimentar, farmácias e serviços. E a questão que se impõe recai sobre os ordenados de quem foi enviado para casa sem perceber em que condições é que isso acontece.

O Governo mandou os patrões enviarem os funcionários para casa mas não explicou como é que os mesmos vão pagar os ordenados aos colaboradores. Todos sabemos que existe uma grande parte das empresas nacionais que vivem com a prestação de serviços diários onde o dinheiro roda de forma rápida. Serviço feito, serviço pago, dinheiro para poder pagar gastos e ordenados. As coisas funcionam em muitos casos assim. Então agora com o país parado, como é que essas empresas conseguem ter fundos para que os ordenados não faltem?

Quem fica responsável pelo financiamento rápido das empresas que vão passar dificuldades? De onde vem o dinheiro? Vamos todos para casa em que condições? Férias? Ordenados a serem pagos de forma normal sem surgir lucro? Em que ficamos num momento em que além da saúde, também nos sentimos frágeis em termos económicos sem saber que garantais o país nos fornece para acreditarmos que estar em casa além de nos proteger do coronavírus também nos fornece garantias que daqui a umas semanas o poder de compra de bens essenciais para sobrevivência não falta?

Greve dos motoristas vs. Ganhos extras

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A greve dos motoristas de matérias perigosas, e não só, começa hoje e é por isso que tenho somente um ponto a destacar contra os senhores que tanto protestam pelos seus direitos e por melhores ordenados. Vamos lá ser sinceros, uma coisa é o que se queixam de ganhar ao final do mês de forma leal, com direito a descontos e afins como todos os trabalhadores dos mais diversos setores. Outra diferente e que ninguém comenta vai de encontro aos rendimentos que são obtidos por fora, como um saco azul, amarelo ou da cor que lhe quiserem dar, por muitos destes mesmos motoristas. Isto existe e somente quem não quer ver acredita no mundo mágico de que tudo no setor dos transportes é feito de forma legal, seja nos pagamentos, horas de trabalho, contratos e afins. 

Será que nos querem mesmo fazer crer que os ordenados, subsídios e horas que são apontados na folha de ordenado a cada mês mostra os verdadeiros pagamentos recebidos? Claro que não e todos sabemos que os extras que vão em direção a cada carteira existem nas mais diversas empresas do sector, tal como em outros. Percebo esta greve com tanto desabafo e boas intenções no futuro, mas tudo não passa de uma preparação para as reformas da maioria das pessoas que andam dia após dia a conduzir transportes pesados de mercadorias. Sim é um esforço, sim é uma responsabilidade, mas também é sim o facto de ganharem bem só que nem tudo entrar nos descontos que são revelados aos serviços financeiros do país. Agora que os anos para a paragem aproximam-se, muitos começam a perceber que aqueles extras que lhes foram atribuídos durante anos não irão contar em nada no que irão receber enquanto reformados.

Momento «sem aumento»

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Janeiro terminou e os ordenados caíram nas respetivas contas bancárias automaticamente com a chegada de Fevereiro, só que ao contrário do que a maioria idealizou, sem existirem certezas, não existiram aumentos para ninguém. Se já tinha vontade de arranjar novo emprego onde me sinta bem e a fazer algo que goste, agora ainda mais me ajudaram a querer deixar o barco.

Nem todos acreditavam num aumento, no entanto e como o ordenado mínimo subiu, acabamos por pensar que todos iriamos ver mais alguns euros nas respetivas contas ao final do mês. Mas tal não passou mesmo de uma crença sem resultado final positivo. 

Na altura em que procurei emprego, após dez anos na que encerrou e me deixou desempregado, acreditei que me iria facilmente deixar conquistar pela nova área, mas aos poucos tenho percebido que isso não aconteceu. Quero voltar ao que gosto de fazer, lidando com pessoas diferentes todos os dias, saber vender, mostrando o que vale e não vale a pena adquirir. Gosto de secretariado mas é no campo comercial que me sinto bem, no entanto se pudesse aliar as duas coisas seria perfeito. 

Sem Ordenado [5ª Parte]

Após um Janeiro em que o ordenado foi pago tarde e por duas vezes, eis que tudo volta ao normal, mas com uma ajuda extra que não se voltará a repetir daqui a umas semanas.

Pois é, se o salário de Dezembro foi pago a meio de Janeiro, desta vez no último dia do mês já estava em cada conta a totalidade do que é nosso por direito. Existiu um extra na empresa e só assim conseguimos receber a tempo, só que sabemos que esse mesmo extra não voltará a aparecer e a partir de agora é respirar e tentar fazer dinheiro para que no próximo final de mês possamos dizer de novo que recebemos tudo direito e no dia certo. 

Sem Ordenado [4ª Parte]

Eis que ao contrário de todas as expetativas, os restantes sessenta por cento que restavam ser pagos do ordenado em atraso acabou de entrar na conta pelas últimas horas. Nada o fazia prever, no entanto foi com surpresa que ontem acabamos por saber que iríamos já receber o que nos restava, mais de metade. 

Ao longo de dez anos sempre recebi através de transferência bancária, este mês além do atraso bem notório de duas semanas, acabei por receber a primeira parte em dinheiro e agora o resto acabou por surgir pela via normal, estando agora tudo em ordem.

Sem Ordenado [3ª Parte]

Eis que o dia das promessas para o pagamento do ordenado passou e para além de estarmos em espera desde o início do mês e de só termos visto parte, nem metade na véspera do dia prometido para a totalidade, ontem recebi mais um pouco do que é meu, um pouco mesmo.

O resto? Bem, esse é apontado chegar lá para a próxima Segunda-feira! Será que acredito? Não! Não mesmo! Para mais quando ao longo de dez anos as promessas feitas têm caído várias vezes em sacos bem rotos e com um fundo que mais parece uma memória esquecida!

Estamos informados acerca das leis através do ACT, mas só podemos agir a partir do dia 15 quando não existe qualquer pagamento feito até ao último dia do mês, o que neste caso já não pode acontecer, tendo agora de esperar outras duas semanas para saber o que poderá ser feito através da rescisão de contrato com direitos, já que a falta de pagamento do ordenado foi em parte colmatada mas nem metade ainda está nas nossas mãos. Se quase a meio do mês ainda nos falta sessenta por cento do salário, quando passarmos para a próxima mensalidade que nos terá de ser paga quanto tempo teremos de esperar?

Sem Ordenado [2ª Parte]

Ainda ontem revelava a falta de ordenado este mês e eis que surgiram novidades, não totalmente positivas, mas um sinal. Recebi uma parte, nem metade, do salário que já devia ter sido pago há uns dias, ficando-se com a promessa que até ao final da semana deverá surgir o restante. 

Se acredito que isso irá ser possível? Não, mas pelo menos uma das partes já cá está, infelizmente fora de prazo e mostrando que as coisas estão tão complicadas que o dinheiro vem de forma faseada.

Sem ordenado

É triste, mas é a verdade! Este mês e estando já preparado para que isto fosse acontecer, ainda não recebi o ordenado!

As coisas na empresa encontram-se mal, bastante mal, mas até agora os ordenados tinham batido sempre a horas na conta, só que quem tem olhos percebe o que vai acontecer e a previsão que fizemos acabou mesmo por acontecer. Após os subsídios de Natal terem sido pagos mais de uma semana e meia depois do que dita a lei, logo ficou visível que os ordenados também sofreriam um atraso. As previsões, sonhadoras segundo o meu ponto de vista, ditam que o dinheiro ficará nas nossas contas lá para dia 10. Para ser sincero e vendo como as coisas estão a correr não acredito, mas pode ser que venha a ser surpreendido um dia destes com os meus euros no lugar a que pertencem. 

A vontade é deixar tudo e partir para outro local, mas ao mesmo tempo tenho dez anos de casa e ainda tenho esperança, uma mísera esperança, de conseguir arrecadar alguma coisa que seja minha pelo tempo dedicado à empresa quando tudo terminar.

Por agora já existe um ordenado com dias em atraso para ser pago. A continuar assim no próximo mês o que agora podem ser dez dias passara a quinze e por ai em diante. Estarei preparado para aguentar um barco onde não quero sair a perder mas onde já estou neste momento a perder?

Stressados das Compras

A confusão das pessoas que aguardam pelo dia em que recebem o seu ordenado para irem às compras existe! Percebo quem faça a grande maioria das compras de supermercado após ter recebido o seu salário mensal porque o orçamento da casa nem sempre chega para gastos extra ao longo do mês. O que não percebo é quem corre para as lojas e centros comerciais logo pelo dia em que o dinheiro do ordenado cai pela conta bancária para o gastar em roupas, sapatos, perfumes, discos e afins...!

Não fui habituado a fazer compras pessoais em dias específicos e em esperar para poder comprar algo novo! Não tenho aquela necessidade e ânsia claustrofóbica de aguardar que o dia do pagamento aconteça para ir a correr às compras com medo de que o que quero desapareça das lojas. Será que as pessoas têm assim tanto medo que os estabelecimentos encerrem a meio do mês e que depois não consigam ter roupa nova para estrear?

Qual a necessidade de gastar todo o tempo do primeiro dia de riqueza dentro de lojas e centros comerciais quando depois passam todo o restante mês a chorarem-se pelos cantos por não poderem comprar nada mais, sendo que gastaram o orçamento previsto todo num dia que podia ser repartido por mais algum tempo?

Costumo comprar quando gosto e não espero por receber para correr com sacos e sacos pelos braços! Ao longo do mês vou gerindo a carteira e quando tenho que comprar compro, sempre dentro e não passando o orçamento que tenho previsto para o mês, mas nunca consigo dedicar um dia para gastar todo o meu dinheiro e ficar na penúria. Será que as compras fogem das pessoas ao longo dos restantes dias para terem que correr naquelas primeiras horas como se tudo fosse terminar?

De regresso ao trabalho!

Ir de férias tem destas coisas, elas aparecem mas passam de forma tão rápida que hoje já estou de regresso ao local onde tenho passado a maior parte dos dias ao longo dos últimos sete anos. Se apetecia voltar? Nada de nada!

Vou entrar ao serviço com uma vontade danada que nem sei explicar! Duas semanas de férias, sem pensar no que deixei por fazer ou que poderá estar agora à minha espera, e agora volto sem animo algum para pegar e continuar a luta laboral.

Volto local do costume, com as pessoas habituais e a pensar que Outubro tem que chegar rapidamente para poder voltar a estar fora por mais uns bons dias seguidos porque neste momento sentir-me fechado num sítio onde não estou completamente bem não me ajuda a sentir concretizado!

A vida não pode ser feita a pensar no trabalho mas sim nas coisas boas que estão disponíveis por aí para serem desfrutadas! É certo que sem trabalho e por conseguinte um ordenado, nada ou muito pouco pode ser feito, no entanto existem empregos que conseguem dar uma outra alegria e bem estar a quem os possui!