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O Informador

odeio o meu chefe capa.jpg

Título: Odeio o Meu Chefe

Autor: Filipa Fonseca Silva

Editora: Bertrand Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Setembro de 2018

Páginas: 176

ISBN: 978-972-25-3563-2

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Qualquer semelhança com a realidade NÃO É mera coincidência.

«Toda a gente já teve um mau chefe. Trata-se de um dado adquirido. Uma lei universal para quem entra no mercado de trabalho desde os primórdios da existência de qualquer mercado de trabalho.» Odeias o teu chefe? Já adormeceste a pensar em maneiras de fazê-lo desaparecer sem deixar rasto? Então, este livro é para ti. Tendo por ponto de partida histórias totalmente reais, umas vividas pela autora ao longo de vários anos a trabalhar por conta de outrem, outras confidenciadas pelos seus próprios leitores, Filipa Fonseca Silva traz-nos um retrato hilariante do pequeno poder.

Com a escrita sarcástica a que já nos habituou, agora acompanhada por ilustrações da sua autoria, Filipa expõe ao ridículo todos os maus chefes, na esperança de que sintam algum pudor na próxima vez que tentarem ser umas bestas. 

Catártico, certeiro, acutilante.

 

Opinião: Divertido, real e certeiro são três das bases que destaco em Odeio o Meu Chefe, o livro que Filipa Fonseca Silva criou para demonstrar o que muitos pensam e passam para com chefes completamente odiáveis e com todas as ideias de liderança sobre o «quero, posso e mando». Neste divertido compêndio de histórias reais da própria autora e de leitores que partilharam as suas experiências consigo conseguimos encontrar um retrato muitas vezes fidedigno, em texto e ilustrações da própria autora, sobre tantos chefes que por aí andam. 

Juntando inúmeras peripécias que vão surgindo no seio de uma empresa liderada por um chefe autoritário e incapacitado das suas funções enquanto mais um de uma equipa num todo, Odeio o Meu Chefe demonstra muito e tudo ao mesmo tempo sobre o ego que muitos atingem com a subida de lugar numa empresa. A incapacidade de perceber que os imprevistos com os outros acontecem, o egocentrismo à volta de uma só pessoa que se acha o centro da empresa e o facto de acharem, os todo poderosos sem noção, que os horários de pausa, como o almoço, são tempos desperdiçados e que nem devem ser usufruídos na sua totalidade porque existe muito para fazer. Parar como regalia do funcionário e uma obrigação é que não, porque os olhos fulminantes logo surgem!

Tanto que é contado e onde me revi em algumas situações, como por exemplo, a da marcação de reuniões quase fora das horas laborais, para se prolongarem como se não existisse toda uma vida pessoal para além da profissional e depois se dizes que tens que abandonar a sala porque tens coisas combinadas a fazer e que a empresa nada têm com isso porque já estás fora do teu horário, ainda te olham de lado porque os chefes, sem pressa de irem para casa, sabe-se lá a razão, acham que tu, como bom funcionário, tens de ficar a fazer horas sem existir qualquer tipo de recompensa para o teu lado com isso. E quando combinam um aumento e no período combinado só percebes que o aumento foi mesmo de trabalho e não a nível financeiro? Este é mais um dos acontecimentos em que me revi nesta leitura.

Um chefe não aceita feriados, férias, baixas por doença, filhos e imprevistos por ser um nazi que na sua vida só vê trabalho, trabalho e trabalho. Não interessa a família, o descanso e o bem-estar, o importante para um chefe, que é maioritariamente odiado e sem adeptos, é o trabalho, pagar pouco e exigir muito, descontar uma hora quando se falta mas não pagar as duas que ficas a mais logo no dia seguinte. Tirar do bolso do leal empregado que faz com gosto as suas funções e que muitas vezes é explorado por quem de poder. Isto é um mau chefe, que não luta pela sua equipa, sacrificando quem pode até que lhe digam «xau, xau» quando não se aguenta mais tanta pressão e falsos bater de costas. 

este vício de ler.jpg

O Grupo BertrandCírculo reuniu amigos, imprensa especializada e bloggers para anunciar os lançamentos literários que serão feitos dentro das suas várias chancelas - Bertrand, Quetzal, Temas e Debates, Círculo de Leitores, Contraponto, Pergaminho, ArtePlural, GestãoPlus e 11x17 - até ao final do ano. E antes de avançarem de forma corrida na leitura deste texto, posso-vos dizer que existem novidades para todos os gostos e várias surpresas já esperadas há algum tempo. No total serão mais de 80 publicações que irão ficar disponíveis pelos próximos meses, também a pensar no Natal e nos bons amantes de literatura. 

Começando pela Bertrand Editora, no espaço de ficção, posso revelar que os apreciadores da série Alias Grace poderão ter também a obra que inspirou a produção. Chamavam-lhe Grace, da autoria de Margaret Atwood, é finalmente publicado em Portugal. Numa história de crime, mistério e sexo, esta narrativa gira em torno da vida de uma das mulheres mais célebres e enigmáticas do seu tempo, Grace Marks, que se viu envolvida no homicídio do patrão e da governata. Nos lançamentos da Bertrand surge também o novo livro da coleção Mitologias de Gonçalo M. Tavares, Cinco Meninos, Cinco Ratos. Cinco crianças perdidas na floresta perdem a mais nova e a partir daí as crenças e os mundos imaginários fazem das suas entre encontros, mau olhado, perigos e mitologias. Um nome desconhecido surge no catálogo da editora a partir de agora. Susi Fox, a autora de Meu, uma narrativa onde a mãe de um recém nascido não o aceita como seu. Um verdadeiro pesadelo que vai para além de depressão pós-parto. Uma Educação, de Tara Westover, um dos livros que Barack Obama gostou de ler, surgirá nas livrarias pelas próximas semanas, sendo uma obra que acompanha a vida da autora, numa ficção não-narrativa. A partir das suas experiências, Tara debate a educação e o que de bom e mau podemos tirar partido da mesma. Acredito que A Coisa, de Stephen King, seja o grande lançamento destes últimos meses de 2018. Dividido em duas partes pelo seu volume, A Coisa vive da história de um grupo de crianças que percebe que por baixo da cidade algo de errado se passa. Anos mais tarde terão de se reunir e regressar ao local para enfrentarem de novo pesadelos de outros tempos. Dentro dos lançamentos próximos da Bertrand ficção existe ainda a destacar A Nossa Vida em Sete Dias, de Francesca Hornak, Fica Comigo Este Dia e Esta Noite, de Belén Gopegui, A Bela Adormecida Assassina, de Mary Higgins Clark e Alafair Burke, Amigos Para Sempre, de Danielle Steel, Cara ou Coroa, de Jeffrey Archer, Olha Por Mim, de Daniela Sacerdoti, A Herança de Judas, de James Rollins, A Fraude, de John Grisham e Uso da Força, de Brad Thor.

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