O Rio de Esmeralda [José Rodrigues]
Autor: José Rodrigues
Editora: Coolbooks
Edição: 2ª Edição
Lançamento: Agosto de 2017
Páginas: 250
ISBN: 978-989-766-138-9
Classificação: 4 em 5
Sinopse: «O tempo não apaga tudo, sobretudo quando no tudo está incluído um grande amor.»
Esmeralda e António viveram, em jovens, um amor profundo, bruscamente interrompido quando Esmeralda se vê forçada a abandonar a aldeia onde ambos viviam. Os jovens prosseguiram, entretanto, as suas vidas, felizes com o que o destino lhes proporcionou.
Quando ambos estão já na idade madura, a inauguração de um empreendimento turístico na aldeia é o pretexto ideal para o reencontro há muito desejado. Sentimentos há muito esquecidos voltam à superfície, mais fortes do que nunca, e o que antes era desvio parece ser agora o melhor dos caminhos. Entre a doçura da memória e a realidade do presente, a escolha nem sempre é linear…
Opinião: O Rio de Esmeralda é logo à partida daqueles romances que com a sua descrição simples e suave consegue atingir a perspicácia junto do leitor para que este siga em frente na descoberta de duas vidas que cresceram juntas mas que o destino separou.
Boa e rápida explicação de um passado livre, ligado à família e que leva a mudanças que fizeram Esmeralda, a protagonista, alterar o rumo de vida que a levou até ao atual presente, longe da terra que a viu nascer e sem as suas raízes consigo. No presente vive da recordação de um passado, olhando e recuando no tempo onde a atualidade a transporta para memórias de outros tempos, através de parecenças, cheiros, expressões, nomes... No final de contas o passado nunca ficou para trás e arrumado, permanecendo no dia a dia de Esmeralda, em família, no trabalho e com os amigos da cidade que foi conhecendo com o tempo e após ter colocado um ponto que no final de contas não foi final para com a sua vida de menina crescida na aldeia. As pessoas do passado num local onde não quis mais voltar quando se viu sozinha no Mundo desapareceram da sua vista mas continuaram a marcar presença no pensamento que coabita com a solidez do presente.
Mostrando um passado longínquo e bem real, a história de Esmeralda cruza-se com a de António logo à nascença e daí em diante as duas crianças da aldeia não mais se largaram durante os primeiros vinte anos de cada um. Aos quarenta existirá espaço para se voltar atrás e remendar o que ficou por resolver?