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O Informador

Vencedor do Prémio Leya 2018

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O vencedor do Prémio Leya 2018 foi conhecido hoje na sede do grupo editorial, em Alfragide, após decisão do grupo de jurados, que pela voz do presidente do júri, Manuel Alegre, deu a conhecer que Itamar Vieira Junior foi o eleito com o seu romance Torto Arado. 

Com o lote de jurados composto por Manuel Alegre, presidente do júri, pelo antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, Lourenço do Rosário, o professor de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira, o escritor Nuno Júdice, a escritora angolana Ana Paula Tavares, a jornalista e critica literária Isabel Lucas e o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck, a decisão foi tomada entre 348 participações que surgiram de 13 países distintos, destacando-se Portugal e Brasil, mas de onde constam também a Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos da América e França.

Atual leitura... Todos os Dias Morrem Deuses [António Tavares]

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A escrita de António Tavares já não me é estranha. Em 2015 li O Coro dos Defuntos, obra vencedora do prémio Leya. Agora, ano e meio após o primeiro contacto com as criações do autor, eis que irei pegar em Todos os Dias Morrem Deuses para ver se a experiência de quatro estrelas em cinco volta a ser repetida ou ainda melhorada. 

Nesta narrativa tudo acontece a partir de 1953, ano em que vários acontecimentos importantes aconteceram em Portugal e no Mundo e onde um jovem jornalista se cruza com as conspirações da época para conseguir fugir da censura. Uns anos depois as memórias fazem-se sentir num regresso à aldeia que o viu nascer!

Um romance que espero ser inspirador sobre uma vida que enfrentou várias épocas sociais e que no final da corrida consegue fazer uma retrospetiva sobre tudo o que foi passando. 

O Coro dos Defuntos

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Autor: António Tavares

Ano: 2015

Editora: LeYa

Número de páginas: 216 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião:

Vencedor do Prémio LeYa 2015, O Coro dos Defuntos é daquelas narrativas que sabe bem levar. Criando um retrato rural de Portugal e relatando os acontecimentos mundiais entre 1968 e 1974, época tão conturbada pelo nosso país, nesta obra as personagens opinam sobre tudo e mais alguma coisa da forma que nos tempos de hoje conseguimos visualizar como os acontecimentos foram vivenciados tanta vez à distância por outras épocas. 

Com as notícias a chegarem a uma pequena aldeia através da imprensa que poucos conseguiam ler, da rádio e dos primeiros televisores, O Coro dos Defuntos é um verdadeiro retrato social, recheado de humor e com um cuidado linguístico único. Com descrições incríveis sobre cada cidadão que se vai cruzando no centro da aldeia, todos são tão peculiares que conseguem conquistar ao longo de cada momento o leitor que sente que quer seguir em frente na história de um país onde Salazar cai da cadeira e o Carnaval brasileiro faz furor pelos primeiros anos junto dos portugueses que aprenderam a ver a preto e branco o que se passava ao virar da esquina.

Atual leitura... O Coro dos Defuntos

O mais recente Prémio Leya já está comigo! A partir de hoje a minha leitura recai em O Coro dos Defuntos, da autoria de António Tavares. Já alguém leu esta obra premiada? Vou começar e depois já sabem que opinarei sobre o mesmo logo que o terminar!

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Prémio LeYa 2015

Um belíssimo retrato do mundo rural português entre 1968 e 1974.

Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos. 

Porém, na pequena aldeia onde decorre a acção deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna – espécie de divã freudiano do lugar – é disso que falam, até porque os jornais que ali chegam são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro. 

E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas: uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um penedo, a rapariga casta que colecciona santinhos sofre uma inesperada metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da cabeça. 

Quando aparece o primeiro televisor, as gentes assistem a transformações que nem sempre conseguem interpretar...