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O Informador

Atual leitura... O Amante Japonês

Estávamos no início de 2011 quando li A Casa dos Espíritos de Isabel Allende e acredito que tenha prometido a mim mesmo que não voltaria a pegar numa obra da autora tão cedo de tão desgostoso ter saído da leitura daquele livro que tantos adoram e o qual odiei! Três anos e meio depois, Verão de 2014, quis dar nova oportunidade à escrita de Allende e resolvi pegar em O Caderno de Maya que fez com que as pazes fossem feitas com a autora. Agora e porque quase ano e meio já passou após a última leitura, eis que o mais recente sucesso, O Amante Japonês, está entre mãos e irá começar a ser o meu companheiro literário pelos próximos dias! 

O Caderno de Maya

O Caderno de MayaHá uns anos, talvez aí uns dois, li A Casa dos Espíritos, a obra mais vendida e bem comentada de Isabel Allende, e posso afirmar que não gostei nem um pouco da sua história, tendo colocado a autora de lado pelas minhas preferências, agora resolvi dar uma segunda oportunidade através de O Caderno de Maya e a minha opinião melhorou substancialmente!

Fazendo a história decorrer na época da ditadura chilena, Isabel Allende retrata através de Maya, a protagonista inspirada nos filhos do seu companheiro devido aos problemas com as drogas, como o sistema político do país massacrou o povo ao longo de quase duas décadas. Descrevendo o Chile através de lendas e presságios, anões e bruxas, visões, suposições e astrologia, coincidências e espíritos, a autora retrata a vida difícil de uma adolescente que foi optando por seguir caminhos indesejados pela maioria. Da cidade do caos à calma da aldeia, Maya percorre o mundo com vivências que a transportam num elevador de rotação máxima!

As drogas e a vida boémia que mudam o futuro através das suas dependências e alteram as verdades com o sofrimento dão o mote para esta história narrada de forma perfeita, com as descrições essenciais para cativarem os leitores e sem esconderem as verdades, tal e qual como elas acontecem pelos recônditos ou locais mais luminosos do mundo.

Gostei da mensagem que foi sendo partilhada ao longo do livro, tendo tido uma surpresa no final, o que não gostei assim tanto porque existem histórias pelas quais torcemos para acabarem em bem, só que também existem vidas ficcionadas pelas quais o desenrolar dos acontecimentos e as atitudes fazem com que o leitor acabe por querer que as mesmas personagens tenham o final menos digno da literatura, o que não aconteceu neste caso.

O Caderno de Maya não é uma história onde impera a felicidade, só que os altos e baixos da personagem transformam esta jovem numa pessoa boa pelo final, parecendo que foi perdoada por tudo o que fez e também sofreu. É ficção bolas, podemos também relatar finais infelizes ou não? Pelo menos assim o esperei e isso não aconteceu! Não, a Maya não acabou como desejava, parecendo que encontrou um mundo florido e colorido onde o seu passado foi completamente esquecido.

Um livro bom, com um desenrolar bem conseguido e um final patético! Bem acima de A Casa dos Espíritos, mas sem me conseguir surpreender totalmente!

O que ando a ler... O Caderno de Maya

Não, não ando a ler o novo livro da tia Maya sobre astrologia! O que comecei agora a ler foi O Caderno de Maya, o livro de Isabel Allende, a autora de A Casa dos Espíritos, a obra que muitos adoram e que eu odiei! Como será este reencontro com a autora que me desiludiu com o seu livro mais aplaudido por todo o mundo? É isso que quero descobrir!

Tendo sido editado sobre a chancela da Porto Editora, O Caderno de Maya é um diário sobre, tal como pode ser visto na sinopse que apresento a seguir, uma jovem de dezanove anos, que foi criada por aí, tendo andado refugiada, mas sempre a anotar os seus pensamentos e também os erros de vida de forma a satisfazer os caprichos da avó sobre a ideia de vir a poder fazer psicanálise anos mais tarde para conseguir desatar os nós da sua personalidade.

Pelas primeiras páginas parece-me que estou perante uma excelente obra, mas a ver vamos, porque com a primeira desilusão que tive com a autora, agora estou de pé atrás com O Caderno de Maya.

Sinopse

Um passado que a perseguia. Um futuro ainda por construir. E um caderno para escrever toda uma vida.

"Sou Maya Vidal, dezanove anos, sexo feminino, solteira, sem namorado por falta de oportunidade e não por esquisitice, nascida em Berkeley, Califórnia, com passaporte americano, temporariamente refugiada numa ilha no sul do mundo. Chamaram-me Maya porque a minha Nini adora a Índia e não ocorreu outro nome aos meus pais, embora tenham tido nove meses para pensar no assunto. Em hindi, Maya significa feitiço, ilusão, sonho, o que não tem nada a ver com o meu carácter. Átila teria sido mais apropriado, pois onde ponho o pé a erva não volta a crescer."

Daqui a uns dias já contarei como correu esta experiência a três entre mim, a Maya e a dona Isabel!

Compras na Feira do Livro

LivrosEste ano, e acho que pela primeira vez, fui dois dias à Feira do Livro de Lisboa numa só edição, só que se num dos dias andei a fazer visita sem pensar em compras, pelo segundo comprei um quarteto literário no grupo Bertrand e não vim totalmente recheado do que queria.

Como já tinha revelado, este ano pela feira não encontrei aqueles verdadeiros livros de que todos falam, que todos querem e que estão com um óptimo preço. A feira literária da nossa capital nesta sua edição de 2014 não está com a magia do costume e deixou-me algo desiludido com o pensamento que na maioria dos casos vale mais aproveitar os bons descontos e ofertas que as editoras lançam nos seus sites do que esperar por este evento para desgraçar a bolsa por mil e uma compras literárias!

Mas falando nos quatro livros que trouxe para casa! Três já são de autores conhecidos por estes lados e o outro é algo completamente novo para mim! Começando pela novidade que tem como autora Elizabeth Gilbert, Comer, Orar, Amar já foi bem comentado por diversas pessoas, já andou pelos tops de vendas quando saiu em Portugal e é um sucesso mundial. Já o queria ter comprado na altura em que todos falavam de si, mas fui deixando passar e agora consegui tê-lo comigo por metade do preço. Falando nas restantes compras... Isabel Allende, a autora de Casa dos Espíritos que todos elogiam e que foi um dos piores livros que já tive como companhia, volta agora a ser a minha escolha! A primeira experiência com a Isabel não correu bem, mas acredito que desta vez vou ficar conquistado e que O Caderno de Maya vai ser uma obra reveladora e que me fará ficar fã da sua autora! Daniel Silva para mim já dispensa apresentações! Gosto da sua escrita, da forma como conta e descreve os acontecimentos em torno dos mistérios que cria e é um dos meus autores preferidos, por isso ter agora comprado por metade do preço Morte em Viena, um dos seus trabalhos mais vendidos em Portugal! No final, a minha autora de romances preferida... Danielle Steel é das melhores do seu género e neste momento já li quase todos os seus livros lançados pelo nosso país, tendo chegado agora a vez de comprar Resgate.

Quatro autores, quatro estilos diferentes, duas visitas à feira, duas boas companhias pelas compras e várias horas pela frente de leitura! Queria ter tempo para ler estes quatro livros e os que já tenho à espera há várias semanas, mas não consigo esticar para todo o lado, infelizmente! No entanto prometo que me irei dedicar mais à leitura como antes acontecia, porque esta calma literária por aqui não pode permanecer por muito mais tempo!