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O Informador

20|20 Editora na Feira do Livro de Lisboa

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As novidades para a 87ª edição da Feira do Livro de Lisboa não param de surgir e acabaram de chegar as últimas notícias do grupo 20|20 Editora e sabem o que vos digo desde já? Paula Hawkins, autora de A Rapariga no Comboio e de Escrito na Água está de presença marcada pelo evento nos dias 10 e 11 de Junho. 

Este ano o grupo que reúne as editoras Booksmile, Elsinore, Nascente, Topseller e Vogais irá contar com doze pavilhões, três palcos e vários motivos de atração entre os dias 1 e 18 de Junho pelo recinto da Feira do Livro. Fazendo a evolução de um pavilhão em 2010 até aos doze em 2017, quem passar pelo espaço da 20|20 Editora não irá ficar indiferente à variedade de livros apresentados, tal como às diversas atividades, atrações e experiências que irão ocorrer ao longo dos dias. De sessões de autógrafos com autores nacionais e internacionais, a workshops, showcookings e conversas com vários dos nomes que publicam as suas obras através das diversas editoras do grupo, muita coisa está prevista acontecer. 

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O nome mais sonante que estará à disposição para conversar com os seus fãs será Paula Hawkins. O ano passado a expetativa estava elevada mas a autora não conseguiu visitar Portugal na altura do certame, mas desta vez a sua presença está confirmadissima no espaço da 20|20 Editora, fazendo com que nos dia 10 das 15h00 às 18h00 e 11 das 14h30 às 16h00 a Feira receba uma das autoras que mais vende no Mundo atualmente. A Rapariga no Comboio já vendeu mais de vinte milhões de exemplares e os números continuam a crescer agora na companhia de Escrito na Água que mal foi lançado entrou diretamente para o primeiro lugar dos tops de vendas mundiais. 

Para além de Paula Hawkins são vários os nomes das cinco editoras do grupo a marcarem presença na Feira do Livro, como é o caso de Paulo Moura, António Marujo, Nuno Tiago Pinto, Maria João Viana, Cristina Leal, Filipa Veiga, Paula Raposo Esteves, Maria da Luz Rodrigues, Marisa Valadas, Carina Barbosa, João Magalhães, Paula Beirão Valente, Nelson Nunes, Maria João Fialho Gouveia, Sofia Rito, Sofia Loureiro, Juliana de’Carli, Magda Roma, Ana. R. Bravo, Maria Antónia Peças, Susana Alves e Carolina Santo. 

Bobine Rebellis no Teatro Turim

Bobine RebellisO Ciclo de Cinema proporcionado pela Bobine Rebellis no Teatro Turim já começou e O Informador marcou presença no primeiro dia, a primeira de quatro quintas-feiras de Abril em que curtas-metragens que não chegam aos grandes circuitos comerciais ganham visibilidade junto do público. Homecoming, de Filipe Coutinho, Embargado, de Leandro Silva, Quando Aprendi a Não Ter Medo da Morte e A Menina com Medo do Escuro, ambas de Maria Reis Andrade e Sementes e Frutos, de Rafael Gonçalves, foram as cinco curtas a que pude assistir e às quais posso dar nota positiva no seu conjunto.

Em Homecoming é retratado um lema humano onde a morte espreita, existindo um amor entre progenitor e filha e uma traição por parte da sua companheira. Tendo uma morte final já esperada, retratando assim os últimos dias de vida de um homem a quem lhe foi diagnosticado um tumor e que deixou de lutar pela vida pela falta de paz interior, esta curta gravada em inglês tem tudo para conseguir conquistar um público mais vasto, sendo o tipo de produto que os amantes do romance e do drama gostam de ver passar numa grande tela de cinema. Inspirado em factos reais e familiares, Filipe Coutinho retratou assim um tema que lhe esteve próximo e fê-lo da melhor maneira.

Com Embargado o seu criador Leandro Silva conseguiu em jeito de making off unir a ficção com a realidade fugindo da tradicional gravação deste género de produtos, deixando os espetadores com o pensamento que tudo o que é visto é mesmo verdade, não existindo ponta de ficção. Uma excelente ideia, que consegue enganar facilmente o público através da sua história que levou seis meses a gravar e que já conseguiu infiltrar-se em dois ou três festivais de curtas desde que foi criada. Um produto que não consegue conquistar todos, mas que tem o seu alvo bem definido, conseguindo cativar.

Maria Reis Andrade criou em casa as suas duas curtas animadas, Quando Aprendi a Não Ter Medo da Morte e A Menina com Medo do Escuro, mostrando assim a sua preferência por uma arte do cinema que não é muito vista. Através de rabiscos onde são criadas personagens a preto e branco, ambas as rápidas histórias contam o medo e os receios que talvez a sua autora também foi sentido ao longo do tempo, com as inseguranças que a vida profissional e o futuro lhe podem dar. A luta para com a morte que pode aparecer a qualquer momento e o medo do escuro bem presente nas crianças foram os temas que inspiraram a Maria nestas suas produções animadas.

Sementes e Frutos, de Rafael Gonçalves, explora um lado mais sensitivo em detrimento do cerebral, mostrando as ideias e vontades do seu criador em determinada altura. Para o seu realizador, autor e produtor, esta curta é uma homenagem à família, mostrando a calma do campo, sem falas e onde a natureza reina, deixando o tempo passar à espera do amanhã. Uma produção simples e pessoal que não consegue lutar com as histórias comerciais.

Cinco curtas-metragens, quatro autores e quatro estilos bem diferentes... O drama, a comédia, a animação e o relaxamento são as formas com que consigo identificar estes cinco produtos de autores nacionais que não têm conseguido mostrar o seu trabalho pelos grandes festivais cinematográficos que têm tido destaque por todo o país.

Quanto ao Bobine Rebellis é uma excelente ideia, mostrando que em Portugal existe muito por onde explorar no que toca ao cinema não patrocinado e que são precisos apoios para tais produções poderem ter destaque nas grandes salas. Uma união que nasceu e que tem pernas para continuar a mostrar horas e horas de pequenos filmes que mostram a ambição dos seus criadores para conseguirem vingar no mercado com as suas ideias.

Todas as quintas-feiras de Abril, no Teatro Turim, pelas 21h30 e pelo preço de 3€. Vale a pena ver estas e outras curtas que recebem depois os comentários de Gonçalo M. Tavares, Nuno Galopim, Teresa Tavares e Fernando Alvim, um em cada sessão e pela ordem mencionada!

Ciclo de Cinema - Bobine Rebellis

bobine-cartazAbril está aí e este mês um ciclo de cinema de novos cineastas portugueses acontece no Teatro Turim. Com a finalidade de mostrar ao público a quantidade de jovens que escrevem, produzem e filmam centenas de curtas-metragens por ano, sem conseguirem alcançar o público pretendido e os festivais e circuitos comerciais, chega agora esta iniciativa da Bobine Rebellis, com uma nova forma de passar cinema português!

A cada Quinta-Feira de Abril - dias 3, 10, 17, 24 -, será projectada cerca de uma hora de cinema português praticamente inédito, na presença dos autores e de comentadores, entre eles, Gonçalo M. Tavares e Fernando Alvim que, com o público presente, criarão um espaço de diálogo e opinião longe das pontuações nos jornais, dos prémios e cerimónias, e do preconceito de ouvir falar português no grande ecrã. Com esta montra pretende-se mostrar a energia, a iniciativa, a guerrilha, a paixão e a diversidade de obras despreocupadas com paradigmas estéticos e com a aflicção da crise. Com este evento, o Teatro Turim une a ida ao cinema com um espaço de experimentação, risco e liberdade artísticas dos novos criadores, sempre a pensar no compromisso da comunicação com o público.

Ao longo do mês de Abril existe assim uma montra onde o desejo de ver o cinema português crescer pela mão de uma geração que pode ser muito maior do que aquela que é eleita pelos festivais de cinema em Portugal tem um lugar. O público pode assim encontrar-se com os jovens criadores que marcarão o futuro do país, apoiando e incentivando estas produções para que amanhã possam existir bons portugueses pelo mundo cinematográfico.

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