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O Informador

Vencedor do Prémio Leya 2018

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O vencedor do Prémio Leya 2018 foi conhecido hoje na sede do grupo editorial, em Alfragide, após decisão do grupo de jurados, que pela voz do presidente do júri, Manuel Alegre, deu a conhecer que Itamar Vieira Junior foi o eleito com o seu romance Torto Arado. 

Com o lote de jurados composto por Manuel Alegre, presidente do júri, pelo antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, Lourenço do Rosário, o professor de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira, o escritor Nuno Júdice, a escritora angolana Ana Paula Tavares, a jornalista e critica literária Isabel Lucas e o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck, a decisão foi tomada entre 348 participações que surgiram de 13 países distintos, destacando-se Portugal e Brasil, mas de onde constam também a Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos da América e França.

Debaixo de Algum Céu

Uma história simples onde o narrador entra num prédio que podia albergar qualquer um serve de cenário para Debaixo de Algum Céu, o livro de Nuno Camarneiro que foi vencedor do Prémio Leya 2012.

Com palavras e diálogos simples mas sem grande enredo, este semi romance não me conquistou com nenhuma das suas áreas divididas em vários apartamentos ou pelo vão das escadas. Os normalíssimos habitantes daquele prédio vivem a última semana do ano em quase comunhão e apego entre si. Com vidas distintas mas cruzadas, cada morador tem as suas peculariedades o que resulta em bons contrastes sociais, onde comportamentos psicológicos e rotineiros traçam perfis bem peculiares. 

Nesta narrativa não vejo uma grande magia, parecendo que ao longo das suas quase duzentas páginas as coisas vão sendo contadas sem um grande encadeamento entre si, nem mesmo existindo vontade para tal existir. Com um narrador presente e personagens narrantes, Debaixo de Algum Céu é daqueles livros que parecem ser compostos por vários contos que têm uma ou outra ligação mas nada de relevante. 

Todos parecem viver no centro de uma depressão onde o mundo pode terminar a qualquer momento para alguns e estar a descambar para os outros. Serão os dilemas egocêntricos capazes de prolongar vidas perdidas e em descomunhão total?

Em suma, gostei da escrita de Camarneiro, não gostei da história, embora veja nesta obra uma boa companhia para quem quer uma coisa boa e que não tem muito em que pensar. No geral não gostei, no entanto não é mau de todo!

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O que ando a ler... Debaixo de Algum Céu

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Uns meses depois de ter chegado via correio o Prémio Leya 2012, eis que chegou o momento de começar a sua leitura. Os próximos dias literários serão dedicados a Debaixo de Algum Céu, da autoria de Nuno Camarneiro, autor com o qual já tinha tomado contacto em 2013 através de No Meu Peito Não Cabem Pássaros. Vamos lá ver como irá correr este segundo encontro...

Chegaram ontem...

Camarneiro e HarukiChegaram ontem os mais recentes residentes da minha mesa de cabeceira! Não é que fizessem grande falta porque em fila de espera para serem lidos ainda estão uns oito ou nove primos destas novas aquisições, no entanto como o que é bom nunca é demais...

Diretamente dos armazéns da Fnac acabei por comprar o Prémio Leya 2012, Debaixo de Algum Céu, da autoria de Nuno Camarneiro. Na altura a obra fez sucesso, tal como os seus antecessores e seguidores lançados por serem os vencedores de tal troféu. Só que como o tempo nem sempre existe para ler tudo o que aparece de novo, fui deixando passar e agora, graças a uma boa promoção, consegui comprar o livro por 7,20€. Querem melhor?

Quem também veio incluído no pacote que me chegou via ctt foi uma obra de Haruki Murakami. A Sul da Fronteira a Oeste do Sol é um dos romances do autor japonês que primeiramente não me causou qualquer efeito e que depois acabou por conquistar.

Dois livros bem comentados e que ficarão em espera para serem lidos pelos próximos tempos! Boas leituras para todos!

Jovem Prémio Leya

O Prémio Leya é talvez a distinção literária nacional com mais peso nos dias que correm, descobrindo novos autores. Este ano o prémio foi atribuído a Afonso Reis Cabral, o jovem de 24 anos, trineto de Eça de Queiroz através do livro O Meu Irmão.

O vencedor do galardão foi escolhido entre 361 obras originais, recebidas de 14 países mas sempre com a língua portuguesa como base, tendo sido seleccionado pelo júri presidido por Manuel Alegre que se juntou aos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, ao professor José Carlos Seabra Pereira, ao reitor Lourenço do Rosário e à professora Rita Chaves.

Afonso Reis Cabral é o mais jovem vencedor do galardão, recebendo 100 mil euros e vendo o seu livro vencedor publicado pelos próximos meses.

A história do Prémio Leya começou em 2008 com a selecção de O Rastro do Jaguar, do jornalista brasileiro Murilo Carvalho, tendo o prémio sido atribuído pelos anos seguintes a João Paulo Borges Coelho (O Olho de Herzog), João Ricardo Pedro (O Teu Rosto Será o Último), Nuno Camarneiro (Debaixo de Algum Céu) e Gabriela Ruivo Trindade (Uma Outra Voz).

Leituras de Junho

Adeus Junho, até para o ano!

Não sabia como começar este texto sobre as minhas leituras de Junho e escolhi a despedida do mês que acabou por terminar para o fazer. Ao longo do sexto mês do ano só me deixei levar por dois livros, As raparigas que sonhavam ursos e No Meu Peito não Cabem Pássaros. Vamos lá ver, de forma reduzida, o que achei destas duas obras!

as raparigasAs raparigas que sonhavam ursos

Margo Lanagan é a autora desta obra editada em Portugal pela Guerra & Paz e a história que foi idealizada por esta senhora não me conquistou em nada. Vivendo as principais personagens entre dois mundos criados para esta história, o que vai sendo contado parece não fazer sentido e não ter conjugação entre as várias peripécias que são narradas. Duas crianças que vivem com a sua mãe, depois de terem sido fruto de violações, percebem desde cedo que gosta de conviver com ursos, animais que têm por trás de si jovens homens que se transformam e que convivem com bruxas e personagens de contos fantásticos. Entre o risco, a imaginação e a impaciência dos leitores para com esta história inimaginável, As raparigas que sonhavam ursos não passa de um livro que me fez companhia durante uns dias mas que não me deixou saudades nenhumas! Arrumado na estante e de lá não sairá para voltar a ser lido!

Ver mais em... http://oinformador.com/as-raparigas-que-sonhavam-ursos/

No Meu Peito Não Cabem PássarosNo Meu Peito não Cabem Pássaros

Nuno Camarneiro é o vencedor do Prémio Leya 2012 com o livro Debaixo de Algum Céu, mas foi com No Meu Peito não Cabem Pássaros que comecei a perceber que este autor português terá um logo caminho de sucesso na literatura à sua espera. Com este seu primeiro romance fiquei completamente conquistado através do trio de personagens bem reais que Nuno escolheu para relatar um pouco das suas vidas. Fernando (Pessoa), Franz (Kafka) e Jorge (Luís Borges) são a tripla maravilha que não se cruza mas que viveu na mesmo época, em locais diferentes e com estilos e caminhos diferentes entre si. Camarneiro escreve como ninguém, deixando o leitor agarrado à sua história e com vontade de mais porque tudo parece ser tão pouco numa narrativa contada de forma soberba e com todas as palavras a serem escolhidas por quem sabe brincar com as letras. Um livro que não será esquecido porque o que é bom marca e o que marca fica na nossa vida!

Ver mais em... http://oinformador.com/no-meu-peito-nao-cabem-passaros/

Citações de No Meu Peito não Cabem Pássaros

O livro No Meu Peito não Cabem Pássaros não é mais um que se lê e esquece... É uma obra de Nuno Camarneiro que marca e que me fez destacar várias partes ao longo das horas de leitura que lhe dediquei. Como gosto de partilhar as coisas boas da vida, aqui vão algumas da citações deste romance apaixonante e inspirador sobre três grandes nomes da história mundial.

«Portugal é assim, diminutivo e manso. O que foi chegando fez-se à escala e por cá ficou, as Indiazinhas, a Americazinhas, os pretitos, pobrezinhos. Os portugueses não querem nada que não possam meter no bolso. Como é que esta gente descobriu tanto mundo?»

«A capital é um país de boca aberta para o rio, uma cidade a cantar modas de outro tempo, sempre de outro tempo.»

«O pior é que as cabeças não sabem distinguir o que interessa nem esquecer o que não querem. Para lá fica tudo amontoado, tão cheio e sem arrumo que nada se encontra que sirva.»

«Um quarto é um espaço vazio com coisas dentro. Muito como um homem é. Algumas coisas entram porque são levadas: mobília, roupas, livros, quadros. Outras entram sem o querer de ninguém: ar, luz, pó, insectos. De todas estas coisas e da sua interacção faz-se um lugar a que se chama quarto. Quando lá vive alguém tudo se torna mais complexo e o espaço transforma-se num organismo que respira e dorme tal como outros.»

«Quantas vezes serão os sentimentos a adequar-se às palavras, e não o contrário?»

«É muito negra a morte, um buraco para onde cai tudo e de onde nada se resgata.»

«Deus, a morte e o diabo não comem à mesma mesa.»

«Como pode alguém domar a poesia? Um poeta é apenas um lugar por onde o poema passa. Se um escritor inventa mundos é porque há mundos que querem ser inventados.»

«Não sejas demasiadamente mau, nem sejas louco, porque haverias de morrer antes do teu tempo?»

«Esta cidade é um enorme teatro, nós somos actores e autores dos dramas que vamos vivendo.»

«Apercebia-se do perigo de pôr coisas no papel, é mais difícil esquecer do que criar, e vale para tudo.»

«A primeira vez que Fernando o viu ficou assustado porque não foi capaz de se distinguir dos colegas. Quem olhasse e procurasse qualquer coisa, um olhar, um modo de trazer o corpo, fosse o que fosse, seria incapaz de o notar e de dizer que ali estava um homem único. Deste lado do retrato são todos iguais, os empregados do escritório com o patrão ao meio.»

Nuno Camarneiro

No Meu Peito não Cabem Pássaros

No Meu Peito Não Cabem PássarosFernando (Pessoa), Franz (Kafka) e Jorge (Luís Borges) são o trio protagonista de No Meu Peito não Cabem Pássaros, o livro com que Nuno Camarneiro se estreou na literatura mas que só ficou conhecido pelo público após ter ganho o Prémio Leya 2012 com Debaixo de Algum Céu. Até aqui não conhecia nada deste jovem autor, mas de uma coisa tenho a certeza, agora que experimentei esta escrita apaixonante e envolvente, não vou largar mais!

Embora as personagens principais desta obra sejam bem conhecidas dos amantes de literatura, estas podem passar ao lado de quem lê este livro se não existir pesquisa sobre o mesmo antes da sua leitura acontecer. Fernando, Franz e Jorge vivem nos seus mundos e são as suas vidas que dão todo o mote para as três histórias serem contadas de forma absorvente onde só uma escrita simples emparelhada com ideias claras e poderosas acontece.

Distinguindo os três nomes conhecidos através da sua localização, mas também da sua escrita, Nuno Camarneiro mostra três personagens distantes pelos cantos do mundo, diferentes entre si, mas iguais no seu intimo, onde cada um busca as suas coisas consoante os seus ideais, procurando na escrita e na partilha os seus verdadeiros sentimentos que não são compreendidos pelos outros.

Ao longo da leitura que fui fazendo deu-me vontade de pedir mais sobre estes três homens a Nuno Camarneiro. Queria ver mais na sua escrita sobre Pessoa, Kafka e Borges e um livro talvez sobre o nosso Fernando escrito pelas mãos deste homem não seria nada desvalorizado porque em No Meu Peito não Cabem Pássaros consigo encontrar pessoas, sentidos, prazeres e frustrações à flor da pele.

Sinopse

Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros.

Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo.

Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance – três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar.

Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles.

Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.

Vou ler No Meu Peito não Cabem Pássaros

No Meu Peito Não Cabem Pássaros

Nuno Camarneiro venceu o Prémio Leya 2012, mas não é pela obra vencedora que me vou tentar apaixonar nos próximos dias, mas sim por No Meu Peito não Cabem Pássaros, o outro livro que o autor premiado já tinha lançado através da D. Quixote em 2011.

Sinopse

Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros.

Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo.

Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar.

Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles.

Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.

Foi na Feira do Livro Lisboa deste ano que comprei este ano, através da Hora H do grupo Leya e espero não me vir a desiludir, pelo menos a crítica tem sido boa e pelo pouco que folheei parece que irei gostar, mas vamos lá ver...

Compras da Feiro do Livro Lisboa 2013

Compras da Feiro do LivroMais um ano e mais uma ida à Feira do Livro Lisboa aconteceu! Vim de férias logo no dia seguinte a esta visita, mas antes de partir tive tempo para colocar as minhas compras bem emparceiradas para uma bela imagem!

Num ano em que a polémica entre a organização da Feira do Livro e o município do Porto aconteceu, por Lisboa a feira parece que saiu reforçada e com um maior número de expositores... Pelo menos parece!

Com os grandes grupos editoriais a serem os meus eleitos deste ano... Foram seis os livros que comprei! Vamos lá ver...

De Danielle Steel, como não podia deixar de ser, foi A Mansão Thurston, da Bertrand, que veio comigo. Não o comprei porque foi uma oferta, mas foi um dos livros que escolhi este ano e que me faltava ter da autora!

Passando pela Editorial Presença e porque queria e depois porque também me disseram que era bom, eis que A Rapariga Que Roubava Livros, da autoria de Marcus Zusak, estava como livro do dia e veio comigo para me dar uns bons serões de leitura!

As compras únicas nestas duas editoras estavam feitas! Foi assim tempo de rumar até ao grupo Leya e aí foi a perdição com quatro bons livros, onde dois são de autores que já conheço e os outros dois são duas autênticas estreias para mim! De Domingos Amaral, um autor que já conheço, e editado pela Oficina do Livro, aí está Quando Lisboa Tremeu, algo que já quero ler há pelo menos dois anos. Também quem já conheço e que me vai tentar reconquistar, já que da primeira vez não correu assim tão bem, é Haruki Murakami com Em Busca do Carneiro Selvagem, sendo este um livro editado pela Casa das Letras. Quanto aos autores com que me vou estrear... Do Prémio Leya 2012, mas não o livro vencedor, eis que Nuno Camarneiro foi uma das minhas escolhas com o livro da D. QuixoteNo Meu Peito Não Cabem Pássaros. Finalmente, o livro Se Isto É Um Homem de Primo Levi e numa edição Teorema encerrou o lote!

Seis autores, seis livros e seis editoras diferentes! Acho que este ano as minhas compras andaram bem diversificadas e embora tenha recorrido a autores com quem já me sinto bem, também optei por experimentar novas escritas para me poder apaixonar por outros géneros!