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O Informador

As notas antigas de 5€

Trabalho com dinheiro diariamente e uma das coisas que tenho feito desde que as novas notas de 5€ foram lançadas é colocar as velhas um pouco de lado para as poder enviar para o banco assim que possível. Depois vou como cliente a qualquer lugar e vejo os funcionários dos estabelecimentos a guardarem as notas recentes e a darem aos clientes as antigas. Odeio!

Uma das coisas de que não gosto nada é receber notas velhas de 5€ quando vejo que pela caixa registadora existem das novas e estão a ser guardadas sabe-se lá porque razão. Mete-me confusão receber antiguidades que irão sair de circulação dentro de pouco tempo e neste caso são os comerciantes que conseguem fazer da melhor forma com que as mesmas desapareçam com uma maior rapidez, basta fazerem o que eu faço. 

Tu, que és comerciante e dás-me troco por alguma compra que te irei fazer, não me dês notas antigas de 5€ porque detesto!

Crise passageira

Nos últimos anos os portugueses têm vivido sobre a nuvem dos cortes por todos os lados. É nos salários, nos impostos, nas poupanças, nos aumentos dos bens necessários... Agora e porque o hábito da poupança tem ajudado a melhorar os orçamentos do país e de cada um, vejo que já não existe tanto medo e que o estado financeiro de todos nós está a recuperar o que tem vindo a perder nos últimos tempos.

Há uns meses para cá que noto que existem mais pessoas pelos centros comerciais e pelos espaços logísticos, com sacos na mão e a falarem de compras. O medo e a opressão financeira com que se viveu há uns tempos tem vindo a passar e o facto das notícias também mostrarem - lentamente, é uma verdade -, que a crise está a ser ultrapassada aos poucos, pode ter alguma influência na perda de receio na hora de se apresentarem as notas ou os cartões para serem feitos os pagamentos de algo necessário ou desejado.

A crise tem afetado todos mas também tem ajudado ao auto controlo de cada um no momento de gastar, pensando-se duas vezes se é mesmo necessário comprar ou recuperar algo que talvez nem faça assim tanta falta. Nos supermercados começou-se a olhar para os artigos de outra forma, optando muitas vezes pelas marcas brancas que também oferecem bons produtos. Nas viagens, o preço começou a ser importante na hora da escolha, seja em nome privado ou empresarial. Nas saídas, o pensamento começou a recair também no dia seguinte porque não se pode gastar muito de uma vez para depois não ter.

Acredito que o estado em que Portugal esteve com toda a crise e com todo o bombardeamento da imprensa com tal facto tenha ajudado à mudança de mentalidades para que o futuro seja melhor e hoje vejo que possam existir melhoramento, embora calmos, mas eles existem.