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O Informador

Preço Certo é Rei

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2012 assinalou a estreia do programa Preço Certo na programação da RTP. Com Carlos Cruz e depois Nicolau Breyner na apresentação da primeira fase, foi com Jorge Gabriel e depois com Fernando Mendes que o formato ganhou uma maior reputação na antena do canal público. Hoje, em 2019, a aposta do final de tarde continua a reinar e parece que assim irá continuar por não existir concorrência que se imponha por muito tempo.

Certo que ao longo dos doze meses, existem semanas, quando a concorrência estreia novos formatos mais fortes, que a liderança de Fernando Mendes fica ameaçada mas pela história já se sabe que será por pouco tempo. É que o Preço Certo pode perder uns dias, estando sempre perto do primeiro lugar mas rapidamente volta a agarrar o seu estatuto de líder e por isso a vontade de SIC e TVI em levarem para a sua programação o programa e apresentador para ficarem com uma estrela que rende bons valores e parece ser praticamente intocável.

Como é possível um programa quase com dezoito anos no ar, com um estúdio que vai levando ligeiros retoques com o tempo e com jogos básicos continuar a ser líder com estatuto e perante o qual a concorrência se preocupa por estar num horário importante. O formato é simples, bem conduzido por Fernando Mendes, que tem toda a empatia com o público e acima de tudo consegue ser uma das âncoras base da programação do canal. Concorrência elabora formatos para fazerem baixar os bons valores do Preço Certo, conseguem por uns tempos, mas o público continua fiel e regressa aos finais de tarde da RTP.

O que tem este formato assim de tão bom para não cansar ao longo de todos estes anos? Tem animação, tem um público que muito ajuda a fazer cada edição, tem povo e conhecimento por existir sempre curiosidade para ver quem está a tentar ganhar os prémios. Fernando Mendes tornou-se um verdadeiro apresentador que faz bom entretenimento com o seu toque de ator com bom improviso, a direção do canal sabe promover o que de melhor tem e não existe volta a dar. O Preço Certo tem tudo para continuar a ser o sucesso de sempre, quer venham os reality shows transformados em experiências sociais, os concursos, as novelas ou a informação na concorrência. O Preço Certo será sempre o Preço Certo de Fernando Mendes que vence a maior parte do ano as audiências no seu horário sem deixar que a concorrência triunfe com altos valores. Dizem que o espetador gosta de ver sempre o mesmo e que o formato é mais do que repetitivo, no entanto a verdade é que é um sucesso de audiências que causa alguns problemas a quem está do outro lado e tenta elaborar demais para não conseguir beliscar o que é certo, sempre igual e nada original. 

Lisboa imita Passeio da Fama

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Portugal vive da copia alheia de tudo e mais alguma coisa, visto a originalidade escassear em várias áreas sociais. Agora e como se já viesse tarde, a autarquia de Lisboa, mais concretamente a Junta de Freguesia de Santo António, resolveu inspirar-se no Passeio da Fama de Hollywood e criar o passeio dos nomes consagrados do teatro em plena Praça da Alegria, ali pela zona da Avenida da Liberdade. 

Com a finalidade de homenagear os atores do teatro, a Junta de Freguesia com mais teatros por metro quadrado da capital - Teatro Tivoli BBVA, Cinema São Jorge, o antigo Cinema Condes, Maxime, Fontória, Parque Mayer, Variedades, Maria Vitória e o ABC - resolveu criar a sua própria cópia do Passeio da Fama só que no lugar das estrelas com os nomes das grandes personalidades, será adotada uma outra forma. Os nomes serão escritos a preto ao longo da calçada portuguesa na Praça da Alegria. 

Para já e numa primeira fase serão trinta e cinco os nomes que estarão a partir de hoje, 27 de Março, pela calçada, entre eles os de Nicolau Breyner, Laura Alves e Armando Cortez, porém a ideia é dar continuidade a este projeto ao longo dos anos e alongar o Passeio da Fama nacional pela zona. 

O último aplauso a Camilo de Oliveira!

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O ator Camilo de Oliveira faleceu aos 91 anos no passado Sábado! Com uma carreira de sucesso no palco através do teatro de revista e em televisão com diversas séries, algumas com o seu próprio nome, Camilo é mais um dos nomes da arte nacional que parte neste ano de 2016. Parte assim um ator com quase 70 anos de carreira que ingressou em vários espetáculos que andaram pelo país a alegrar o seu público.

Em pequeno lembro-me das séries protagonizadas pelo ator, «Camilo em Sarilhos», «Camilo, o Pendura», «A Loja do Camilo», «Camilo na Prisão», «As Aventuras do Camilo», «Camilo e Filho Lda» e a última «Camilo, o Presidente». No entanto outros sucessos anteriores conquistaram o público televisivo ao longo de décadas, sendo que o comediante estava afastado, também devido à doença das lides da representação, há cinco anos, do pequeno ecrã e dos palcos. 

Nicolau Breyner [1940 - 2016]

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Aos 75 anos Nicolau Breyner faleceu de forma súbita! Aos 55 anos de carreira Nicolau deixou obra entre nós e quando a notícia surgiu o primeiro pensamento foi... Isto deve ser mentira! Depois de várias ameaças com doenças há uns anos, eis que assim do nada o Sr. Contente despede-se dos palcos de forma definitiva, deixando tanto já realizado, marcando gerações e tendo ainda tanto por fazer. 

Um Adeus a um dos homens que marcou o arranque da ficção nacional pelo nosso país e que contribuiu para tantas peças, filmes, séries, novelas e programas verem a luz do dia. Parte assim, de forma inesperada, uma figura da cultura nacional que ficará para sempre marcada entre nós!

7 Pecados Rurais

7 pecados ruraisA dupla João Paulo Rodrigues Pedro Alves tem feito sucesso pelo mundo televisivo com a entrada em alguns talent shows, integrando também alguns produtos de ficção, tendo por parte do primeiro a apresentação de um programa semanal na TVI. Agora e porque o seu percurso como atores tem crescido e ganho bastantes seguidores, o cinema bateu-lhes à porta e pela mão de Nicolau Breyner. Eu vi 7 Pecados Rurais e embora tenha gostado, posso dizer que poderia estar melhor, com um maior cuidado de produção e texto.

A dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio tornou-se conhecida através do programa Telerural que passou há uns anos na RTP e desde aí os dois atores começaram a sua carreira mediática. Agora as duas personagens televisivas e de palco passaram para a grande tela e tiveram a companhia de duas primas, uma fã da vida, um Deus, um senhor guarda e um presidente de junta. No que isto deu? Num filme que tem feito sucesso pelas bilheteiras de todo o país e que após o seu êxito de estreia, o seu alargamento para um maior número de salas teve que acontecer.

Com atores bem conhecidos do público e a comédia rural como destaque, 7 Pecados Rurais tem feito sucesso, mas o filme poderia ter uma melhor qualidade porque se o cinema português já não é muito atrativo para a generalidade do público, com esta qualidade de imagem e texto tudo parece ainda mais pobre, fazendo com a vontade de continuar a ver o que é nacional desvaneça. Percebi o filme e dei algumas gargalhadas ao longo da sua exibição, mas é bom revelar que existem várias cenas mortas com monólogos dispensáveis e imagens que não lembram a ninguém. Com personagens bem construídas por parte de todos os atores, não é aceitável ver depois coisas irrisórias como as piadas fúteis e que já só lembram os extintos Malucos do Riso.

A ideia está toda lá, as presenças igualmente, mas faltou um bom bocado com os pormenores que podem fazer toda a diferença, tanto em termos de realização como de imagem e banda sonora.

Se fizerem um 7 Pecados Rurais 2 é bom que os resultados de bilheteira deste primeiro filme sirvam para que tudo seja feito de uma melhor forma porque isto faz sucesso e o cinema português tem que se ajudar a si próprio.

Sinopse: Quim e Zé vão buscar duas primas afastadas de Lisboa, que pretendem reviver o Verão louco de há dois anos em Curral de Moinas, mas esbardalham-se fatalmente num rebanho de ovelhas. Quando chegam ao Céu, Deus oferece-lhes uma segunda oportunidade de voltar a Curral de Moinas. Terão de lhe provar que abdicarão de uma vida amoral e libertina, renunciando aos sete pecados capitais: luxúria, gula, ira, inveja, avareza, soberba e preguiça. Isto, por si, já seria um desafio quase impossível mas, para tornar tudo mais animado, cada vez que Quim e Zé vacilam perante o pecado são chamados “lá acima” ou vem Deus “cá abaixo”. Será que Quim e Zé resistem à avalanche de tentações que lhes são oferecidas?

Realização: Nicolau Breyner

Atores: João Paulo Rodrigues, José Raposo, Melânia Gomes, Nicolau Breyner, Patrícia Tavares, Paulo Futre, Pedro Alves e Quim Barreiros