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O Informador

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A quem não passou pela cabeça nestes tempos de quarentena e quase isolamento total de recomeçar tudo de novo quando o desconfinamento acontecesse em termos profissionais?

Por ligeiros momentos mas por diversas vezes ao longo destes meses a minha mente divagou bastante mas nunca chegou a nenhuma conclusão, talvez por não ser o momento ideal por perceber que agora o investimento no que quer que seja tenha algum risco mais elevado que em tempos normais. Não falo somente em abrir algo meu mas também numa possível mudança de emprego, tudo neste momento acaba por ser arriscado pela instabilidade económica, por não sabermos o que poderá acontecer em termos de uma segunda possível vaga do vírus.

Semanas seguidas longe do emprego habitual onde me sinto estável e o pensamento de que consigo fazer algo meu ou a recomeçar de novo em outro local por ser capacitado para alimentar novas metas e objetivos. Sou uma pessoa que necessita constantemente de ser estimulado por saber que sempre me tenho conseguido superar e perceber que existe uma paragem num ciclo já começa a causar um certo formigueiro, para mais com esta paragem forçada que me mostrou o que sempre soube e não tenho algum problema em afirmar.

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Atualmente trabalho com horários rotativos e ao longo dos sete dias da semana, com folgas também elas rotativas. Se já o tinha feito durante dez anos, parei por doze meses quando encontrei um horário apelidado de normal, e agora há mais de um ano voltei a ter os fins-de-semana como dias de trabalho na minha agenda e o pior é que foi por opção própria.

Tudo parece correr bem numa forma inicial e neste caso o ambiente em equipa contribui para levar as coisas em diante, no entanto quando venho de uma folga ao Domingo, a Segunda-feira consegue ser um dia tão pesado que custa a passar e onde os pensamentos são encaminhados para a ideia de que tenho de sair e procurar um trabalho com horários normais. Agora sempre ou quase sempre, a ver mais de meia sociedade a desfrutar dos Sábados e Domingos, ter as pessoas próximas em casa nesses dias e perceber que os meus dias de pausa calham justamente quando todos estão a trabalhar é frustrante e acaba por desgastar.

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Sentar num local confortável e calmo nem sempre é fácil quando se vive em sociedade e num mundo em constante movimento. No entanto sempre é necessário tirar um tempo para o eu, existindo a necessidade de refletir sobre o dia, a semana ou mesmo os acontecimentos, bons ou maus, do último mês.

Parar para pensar, olhar para a agenda e até para as redes sociais onde vários apontamentos sobre a vida pessoal são partilhados por vezes. Encontrar os pontos positivos e que deverão ter tendência para uma repetição com uma maior regularidade, e os traços negativos que deverão ficar no passado sobre o qual perdemos tempo no presente a perceber o que não deve voltar a acontecer para um melhor bem estar pessoal.

Encontrar aquele momento tão pessoal onde a particularidade do silêncio e da solidão ganham valor por contribuírem para um encontro intimo com o eu que existe em cada um, que eleva o ser individual e particular sobre o qual todos somos feitos. Parar e refletir sobre o bem e o mau, o que correu melhor e o pior, o que nos pode estar a magoar ou a criar novos pontos de felicidade que outrora não existiam. A vida está constantemente em mudança e o que é certo é que o que hoje nos dá paz amanhã poderá criar mágoa e vice-versa, sendo necessário estar sempre atento às alterações pessoais mas também dos outros, dos que nos são mais próximos, nos querem bem mas que também nos podem pregar rasteiras quando menos esperamos, naquele exato momento em que tudo parece estar bem mas não está. Ou será que está e somente nós não conseguimos entender a vida desse ponto de vista?

Sim, passei grande parte do serão de ontem a sintonizar uma nova televisão que os meus pais compraram para o seu quarto! Pensei que tudo iria ser fácil e acabava por ser, se não tivessem várias ideias e locais para colocarem o aparelho que veio substituir a velhinha tv que se estragou.

Aqui por casa existem quatro televisores - sala, cozinha e nos dois quartos - e esta compra foi feita para o quarto dos meus pais porque a deles andava a pedir a reforma. Lá foram até à Worten e compraram tudo à sua escolha! Cheguei a casa depois das 19h00 e disseram-me para ir ver o que tinham comprado e que precisavam que a sintonizasse, o que me pareceu tarefa rápida!

Fiz tudo e correu também tudo às mil maravilhas, até que... Pois, até que a minha mãe lembrou-se que a televisão nova podia bem ir antes para a cozinha, isto depois de estar montada pelo quarto! Lá se fez a mudança, que demorou mais uns bons minutos e nova sintonização por a antena ser outra! Televisão montada e a transmitir em condições pela cozinha e eis que «não gosto de ver esta televisão aqui!» Kabum! Kabum! Kabum!

O que aconteceu depois de dez minutos a ouvir o mesmo assunto? Voltamos a pegar no aparelho e colocamos-o de novo no local onde tinha estado anteriormente e para onde foi comprado, fazendo regressar a televisão da cozinha à sua casa de há minutos atrás também.

O que resultou com isto tudo? Passei mais de três horas em volta de um aparelho que mudou várias vezes de sítio para ir parar ao local onde primeiro ficou! Será que pelos próximos dias ainda a vão querer pousar por outro sítio? Suspeito bem que sim, mas veremos como serão as cenas dos próximos episódios!

Uma pessoa apaixonada consegue-se moldar aos poucos ao seu parceiro e vai alterando a sua personalidade, forma de estar e de agir ao longo do tempo. Porém existe quem mude radicalmente por amor e quase de um dia para o outro... Será isso possível? Não confio em tais mudanças repentinas!

Como é possível um ser com pensamentos, objetivos e vivências próprias conseguir atirar tudo para trás das costas e começar a mostrar à sociedade uma nova pessoa consoante o que quem tem ao seu lado acha correcto? Ninguém muda através de um clique e se os opostos se atraem, o tempo também faz com que se encaixem e percebam o que tem de ser alterado em ambos para uma melhor sintonia. Agora quando um muda de forma repentina só porque quer ficar bem na imagem que os outros vão ter de si... Perdoem-me, mas nessa não acredito nada!

Quem ama vai mudando com o tempo, agora quem quer disfarçar o seu amor com semelhanças e um equilíbrio perfeito assim de forma rápida, mais cedo ou mais tarde acaba por mostrar que tanto fingimento tem algo por revelar. Mudar repentinamente pela paixão é um erro em que muitos acreditam mas que poucos convencem!

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