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O Informador

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A necessidade de existir é uma constante, no entanto nem sempre corpo e mente estão em sintonia para arrancarem numa atividade constante, como tal e porque a existência implica o recarregar de energias ao longo do dia, as paragens momentâneas têm de existir perante o pretexto de não fazer nada para se conseguir seguir em frente logo depois. 

Em momentos do dia a necessidade física e psicológica tem de ser reforçada com pequenas pausas em silêncio e num recanto para que nada seja feito de forma corrida, sem reflexão e ambição. Sempre devemos criar aqueles momentos de silêncio em determinadas horas do dia, sendo como uma paragem para nos alimentarmos, tal qual o cérebro necessita para voltar a recuperar as forças para se rentabilizar ao longo das horas em que estamos acordados. 

Restabelecendo energias a bem da nossa saúde e para o bem-estar para com os outros é fundamental numa vida social corrida, onde convivemos e sentimos a necessidade de dar e receber o melhor de cada um, como tal viver em constante corrida, sem pausas e dias de descanso não transmite nada de bom para quem se quer manter pela tona das águas profundas para as quais os oceanos por vezes nos tentem puxar. 

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Agradeço a concentração que mantive há uns dias quando poderia ter sofrido um acidente por um condutor apressado resolver não parar num stop. Seguia na minha vida e só tive mesmo tempo de desviar o carro para a estrada de onde acabava de sair o veículo com o seu condutor indisciplinado. Se não fosse atento e tivesse seguido caminho como normalmente e como seria intenção também naquele dia, lá os tinha levado pela frente. Ficava sem carro, quase de certeza que todos saímos magoados e podia mesmo não estar aqui para vos contar esta história. Ao poder de concentração, pensamento rápido e capacidade de ação, só tenho a agradecer!

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Primeiramente sou conquistado por um título numa capa atraente que chama, apela a que lhe pegue e que perceba o que está na sua contracapa, a sinopse que muitas vezes se faz acompanhar por citações de críticos que acabam por ajudar a escolher levar ou não uma certa obra comigo para que me possa sentir bem acompanhado ao longo de várias horas. A primeira fase é concluída muitas vezes com várias semanas de antecedência até que a nova etapa surja.

É assim o meu apego literário, primeiro escolher, depois nem sempre ler nos primeiros dias, deixando o livro esperar, ganhar o seu espaço na mesa-de-cabeceira, até que ganhe o seu tempo, entendendo cada vez mais como a disposição pessoal é importante para poder entrar numa determinada leitura.

Esta é a verdade, ler um romance num momento em que andas muito bem com a vida é para mim, por vezes, um desastre, por não levar tão a sério certos momentos relatados em vidas que podem existir por aí. Num bom momento adoro entrar em narrativas onde o suspense, os crimes e violência, a maldade e os conhecimentos surgem, dando um pouco mais de trabalhado e criando no leitor um maior estímulo onde a necessidade de concentração é essencial. Estando de bem com a vida, numa boa fase, consegues encontrar-te bem melhor com uma leitura que exige mais de ti, o que, por exemplo, os romances comigo não necessitam. Vejo uma bela história de amor a ser contada através de palavras escritas como um bom companheiro para relaxar, deixar a mente sonhar, mesmo que o momento pessoal não seja o melhor, pelo menos durante aqueles momentos deixas os teus problemas, acabando por entrar numa vida que talvez desejasses ter ou viver, deixando de lado o que por vezes te apoquenta.

Um bom livro convida o seu leitor a viajar, a entrar numa história que não é sua, mas que pode ser quando é possível ficar lado a lado com cada personagem e ter um momento experimental de tudo o que vai acontecendo. Dos meandros obscuros das histórias pesadas às criações românticas, o que nos dará maior alento num momento mais chato? A leveza do sonho, ao contrário dos pesadelos que só nos poderiam colocar mais para baixo, o que não é exatamente o que necessitamos em certas fases pelas quais vamos passando.

Dormir no MetroTodos nos queixamos que o tempo que se perde no trânsito e nos transportes públicos para se fazer a viagem entre casa e local de emprego empata sempre tempo precioso que poderia ser ocupado para serem feitas outras coisas. Este senhor, algures por este mundo fora, resolveu aproveitar de outra forma a sua viagem e conseguiu adormecer pelo chão, mais ou menos macio, do metro. Assim sim, a viagem compensa!

O que seria se agora todos começássemos a fazer o mesmo pelos transportes públicos que nos ajudam a deslocar de um lugar para outro com dezenas de pessoas por perto? Chegar ao metro ou autocarro, deitar no chão e dormir uma soneca, aproveitando assim os minutos de deslocação em que, na maioria das vezes, não se faz nada e olha-se para todo o lado e para as pessoas que nos rodeiam sem qualquer interesse, seria de valor!

Este senhor deu o primeiro passo na horizontal para o que será o futuro das viagens públicas, agora é fazer com que o exemplo pegue e fazer com que o chão ondulante e patinhado de tais locais comece a servir de cama, daquelas onde as massagens estão presentes e a flexibilidade das molas aparece!

Como é bom partilhar momentos caricatos!

Isto já acontecia quando eu era pequeno e via o meu pai a falar com certas pessoas com o ar de quem não se lembrava do nome de quem se encontrava à sua frente e se tinha lembrado de si, do nome e de onde o conhecia. Agora e porque já sou crescido, a mesma história acontece comigo! Uma situação embaraçosa!

É muito estranho ver um rosto que conheço, não sei de onde nem por que razão e essa mesma pessoa dirigir-se até mim, perguntar-me se está tudo bem e pronunciar o meu nome e eu sem saber o seu. É mesmo algo embaraçoso e da última vez que aconteceu ainda tive o descaramento de pedir desculpa, mas que não me lembrava do seu nome nem de onde podia conhecer aquele rosto.

Por razões desconhecidas não me foi revelado o nome nem por que razão nos conhecíamos, mas o que é certo é que ela sabia o meu nome e eu sei que aquela cara não me é totalmente estranha. Mas de onde e como é que alguém se lembra de mim e eu estou nem aí para os desconhecidos que sabem que eu sou um conhecido?

Que irritação que me deu por sentir-me ignorante naquele momento!

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