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O Informador

Antigas moedas de chocolate

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Memórias por vezes surgem do nada e quando estou simplesmente a olhar para o dia que já passou. Ontem surgiu-me, por mero acaso e do nada, a lembrança das antigas moedas de chocolate que volta e meia me ofereciam ou que me levavam em criança a fazer uma ou outra birra numa qualquer loja de conveniência onde as antigas redes que serviam de pacote para estes pequenos chocolates surgiam penduradas bem ao nível do meu olhar.

Como me lembro de ficar durante semanas a comer uma moeda por dia, já que era assim o contrato feito no ato da compra. Uma por dia e com controlo parental para não abusar no chocolate e das pequenas às maiores, que bem me sabia este dinheiro achocolatado, por vezes deixando a memória do bom sabor do chocolate de boas marcas que acabam por ainda hoje fazer as delicias do fãs chocolateiros deste nosso país.

No momento em que tinha moedas de chocolate, além de comer tirava a película com tanto cuidado para recortar folhas de revista e substituir o chocolate por moldes que fazia para voltar a encher a prata e poder assim ficar com moedas fictícias para as brincadeiras de casa de compras e vendas. Tudo na altura, para uma criança que gostava de inventar, servia para criar brincadeira após o consumo do produto em si.

Arte nas novas moedas

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A Casa da Moeda apresentou há dias as novas e especiais moedas de dois euros. No total de nove novas moedas, duas delas correntes e as restantes somente de coleccionador, a homenagem a várias figuras nacionais e a lembrança da participação portuguesa nos próximos Jogos Olímpicos são assinaláveis. 

A moeda de dois euros dedicada aos Jogos Olímpicos e ao Fado tem a assinatura de Joana Vasconcelos, tendo sido feitas apenas 650 mil exemplares. Já o escultor José Aurélio ficou com a responsabilidade de assinalar os 50 anos da Ponte 25 de Abril na outra moeda que andará a circular daqui a umas semanas. As restantes moedas pertencem à colecção comemorativas e ficaram ao cargo do ilustrador André Carrilho, da designer letã Baiba Sime, do escultor Charters de Almeida, Rui Vasquez, José Viriato Bernardo, do escultor João Duarte e do escultor naturalista Luís Valadares.

No total esta operação que envolveu 4 milhões e 200 mil euros para cunhar um milhão e 700 mil moedas continuará a ser aposta em 2017, estando já prometida a homenagem também a pessoas vivas, como será o caso dos atletas Carlos Lopes e Rosa Mota, do arquiteto Siza Vieira e de Souto Moura. Inicia-se assim um novo ciclo de moedas comemorativas e de circulação que teve o seu início em 1914 com a alusão à Implantação da República em 1910. 

A moeda suja

MoedaRecebi estas duas moedas no mesmo sítio, à mesma hora e em conjunto com outras de valor inferior. Fui eu que recebi a moeda suja e que parece que já enfrentou uma guerra ao longo dos anos, mas tenho a confessar que senti vergonha por a receber e tive vontade de pedir para a trocar, não o conseguindo fazer, claro!

A moeda limpa tem a data de 2009, já a sua congénere feia foi feita em 2002 e embora sete anos separem ambas, isso não equivale a que este nojo tenha que andar por aí de mão em mão e sempre com os mesmos pensamentos sobre si quando se olha para o troco que se recebe em algum local.

Assim que tiver oportunidade vou despachar esta moeda feia que me veio parar à carteira. Neste caso preferia receber moedas de cinco cêntimos até ao valor de um euro do que ter esta sujidade entre as minhas outras moedas. Dinheiro é dinheiro, mas também é verdade que é algo em que todos tocamos e existe um certo grau de higiene, o que neste caso não pode existir porque o mal já está feito e agora só o Banco de Portugal pode remover este exemplar do mercado.