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O Informador

Máscara

A reunião do Conselho de Ministros definiu que a partir de Sábado, 23 de Abril, a utilização de máscaras deixa de ser obrigatória, existindo assim um novo alívio nas medidas para o combate ao Covid19 no nosso país. Se isto é um bom sinal? Sim é, mas ao mesmo tempo deixa-me um pouco receoso perante o possível novo aumento de casos por constato em locais públicos.

Foi Marta Temido, a querida Ministra da Saúde que tem aguentado o barco ao longo de toda a pandemia, que anunciou esta retirada de obrigação, ficando agora na decisão de cada um o uso ou não das máscaras em certos locais. Com isto e porque o alívio não é ainda geral, fica o uso excepcional de máscara ainda a ser obrigatório nos transportes públicos e também nas visitas e consultas a lares e unidades de saúde como forma de precaução.

 

 

Primeiro tudo ficou aflito por causa dos incêndios e da tragédia de Pedrógão Grande, mas mal as coisas acalmaram por um dia e eis que os partidos políticos de direita logo começaram a atirar pedras à Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Existia mesmo necessidade de nem deixarem arrefecer as coisas para pedirem a demissão de uma pessoa que herdou pesos do passado de outras legislaturas partidárias que agora são os opositores que lançam as questões e atiram a passadeira contra uma mulher que apanhou a situação mais complicada de todos os tempos no que toca a tragédias nacionais a envolverem incêndios?

Constança Urbano de Sousa é simplesmente a Ministra da Administração Interna numa altura devastadora, mas se fosse outra pessoa tudo seria igual porque só quando os problemas acontecem é que se percebem os verdadeiros erros e os que se encontram do outro lado da barricada esquecem-se de olhar para trás para perceberem que nada fizeram também para alteraram a situação atual das florestas nacionais, dos bombeiros e das forças de segurança e protecção civil para que tudo tivesse tido uma melhor coordenação. 

A atual Ministra não errou sozinha, todos os que estiveram no seu lugar nada fizeram e agora queriam que tudo fosse alterado em ano e meio só porque esta tragédia de maior envergadura aconteceu? Não faz sentido sequer falar-se em demissão de uma pessoa que tem atuado, que reagiu de imediato, acompanhou a situação no local e fez, pelo menos quero acreditar que sim, tudo o que estava ao seu alcance e achou correto ser feito naqueles dias de caos e complicações que colocaram um país em estado de alerta total. 

Maria Luís Albuquerque anunciou, através de conferência de imprensa, as novas medidas do orçamento do estado para 2014 e enquanto a senhora falava em direto para todo o país, eu, que estava a jantar, deixei-me embalar. Comecei a dar por mim a ouvir o que era dito e a perceber que aquilo não era um comunicado, mas sim uma leitura de um conto poético!

Não ligando ao que foi anunciado e às fortes medidas de continuação da austeridade que irão ser colocadas em prática, ouvir a dona Albuquerque transportou-me para os tempos de escola primária. A professora lia a história de forma pausada como se estivesse a relatar uma beleza rara que todos deviam admirar. A ministra contou tudo o que vai ser implementado de forma histórica, contando passo a passo o que irá ser feito, mostrando que o estado tem razão e sabe o que está a fazer e tudo foi transformado num momento de beleza porque as palavras lidas saiam como se de um poema se tratasse, tal a inspiração dos seus autores.

No elaborado discurso que foi preparado só faltou mesmo a cena final em que todos os contribuintes começavam a chorar com pena da pobre senhora que era a grande protagonista e narradora desta história. A Maria Luís não fez um comunicado ao país, porque aquilo pareceu-me mais uma lamentação de quem merece o perdão e uma tentativa para que todos percebam o quanto os nossos governantes estão a sofrer com o dinheiro que nos têm tirado. Para mais com o tom como foi contado e com as pausas bem pensadas que foi tendo, tudo foi perfeito para a apresentação de um bom livro que se poderia tornar num novo best seller nacional. 

O Passos e o Portas deveriam estar naquele momento lado-a-lado com os lencinhos de papel de tão emocionados estarem com o conto que criaram para a verdadeira artista da palavra relatar! Emocionante!

Este ano, quando entreguei a declaração de IRS nas Finanças, foi-me dito que não iria receber o valor que me estava destinado por ser um montante pequeno, 14,31€, e que até aos 25€ não pagavam, sendo que o estado ficava com o que era meu por direito. Agora apercebi-me e tenho uma surpresa na conta! Em que ficamos então? Os ministros das finanças mudaram e já alteraram também a lei dos pequenos pagamentos?

Pois, parece que o que me foi dito acabou por não se aplicar e os meus 14,31€ acabaram por vir mesmo até mim. Não é muito dinheiro e já nem contava com ele, mas é meu e se veio é bem-vindo!

O que não percebo é a razão de no ano passado não me terem pago os 7€ e pouco que me eram devidos pela mesma justificação e agora darem-me o dinheiro que me pertence quando me tinham dito que não o iriam fazer. País louco com finanças ainda mais loucas!

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