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O Informador

Donzelas de mini na mão

Sagres MiniA sociedade desenvolve-se e os costumes acompanham tal evolução. No entanto, existem coisas que preferia não ter visto alteradas... Falo do hábito, cada vez mais recorrente, das raparigas beberem uma boa Sagres Mini e que me deixa transtornado porque olho para a garrafa e para as donzelas e penso que ambas não encaixam. Toda a sensualidade que uma mulher possa ter perde-se quando pega numa cerveja e a mete à boca!

Na minha mente, cerveja e mulheres não conjugam pelo simples facto de não poder existir feminilidade nas imagens que vejo quando uma mão pega numa garrafa e a leva à boca. Oh, porque razão isso tem mesmo de acontecer quando existem tantas outras bebidas mais delicadas que podem ser consumidas?

Beber do copo ainda aceito, agora quando se toma a fresquinha pelo próprio gargalo aquilo não calha nada bem e por mais feminina que a mulher seja, tudo me leva a ver imagens másculas e distorcidas.

Mulheres deste país, se querem beber minis peçam um copo e bebam-nas por aí, no entanto o melhor seria nem as consumirem e optarem por outras bebidas brancas. Que coisa feia!

Pobres com vida de ricos

Isto é uma das velhas questões... Quem não tem poder monetário para ter uma vida razoável é quem faz vida de rico, não tendo medo de comprar tudo o que lhe aparece pela frente, não tendo medo de ter filhos e mais filhos, sempre com um sorriso na cara e coisas novas por perto.

Faz-me confusão como é que um casal com três filhos, com uma casa com condições menos boas e em que só um membro da família trabalha, passa a vida de um lado para o outro, indo mais que cinco vezes ao café, sempre com os miúdos a comerem alguma coisa de que não era necessário... Depois ainda vejo essas crianças com telemóveis novos e a falarem que os pais compraram isto e aquilo! No que toca à roupa podem ter algo novo nos seus corpos porque é dada por quem tem pena, menos mal...

Faz-me mesmo confusão como estas cinco pessoas vivem diariamente só com um ordenado que não deve passar os mil euros, pagam renda de casa e todas as despesas a si associados.

Um rapazito que não faz nada, uma miúda que estuda e a mais pequena que anda todo o dia a ser empurrada no seu carrinho pelos irmãos ou mãe. Faz-me uma certa relutância como aquele homem consegue ganhar, nos dias que correm, para poderem beber tantos cafés e minis acompanhados por batatas fritas e afins a qualquer hora do dia.

Sabe-se que as refeições se baseiam, na maioria dos casos, em enlatados, e embora não sendo isso a melhor solução para os três menores, eles têm sobrevivido.

É realmente ingrato falar disto, mas o que vejo é que as famílias que têm menos condições sociais e económicas, são as que fazem uma vida mais despreocupada, sem pensarem se amanhã existe dinheiro ou não. Compram, pedem emprestado, ficam a dever, mas o que é certo é que eles sobrevivem.

Nós que andamos a lutar contra a crise e sempre com medo que o dinheiro nos falte sentimos essas preocupações afinal sem necessidade, não?!