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O Informador

Inspe(c)tor Max está de volta!

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Os amantes televisivos já sabem que a série mais repetida da televisão portuguesa irá ter uma nova e renovada temporada?! Ah pois é! Depois de anos e anos, para não dizer mesmo uma década após a primeira passagem pela TVI dos episódios de Inspector Max, eis que a atual direção do canal resolveu voltar a apostar numa fornada de novas aventuras do cão policial. 

Sucesso em horário nobre na altura e sucesso nas repetições sem fim nas manhãs de fim-de-semana, o público sempre acarinhou esta série familiar e eis que agora o inspetor Jorge está de regresso marcado para o início do próximo ano. Parte do elenco mantém-se e novos rostos conhecidos do público do canal irão juntar-se às novas investigações onde Max, o cão pastor, é o protagonista que no final tudo consegue resolver da melhor maneira. 

Espera-se que a nova temporada da série venha com dinamismo e que exista a noção que já não nos encontramos na era em que tudo o que a TVI transmitia em ficção o público «comia». Agora é necessário não errar, ser credível com os factos representados e acima de tudo saber apostar num bom horário para o regresso desta série que continua a conquistar miúdos e graúdos após tantos anos. 

Recordar é viver!

Por momentos surgiu-me no pensamento o tema A mula da cooperativa, de Max, e das péssimas figurinhas que fiz em criança perante a família a cantar e interpretar este tema! Hoje vejo que fiz grandes figuras e por isso todos riam e achavam graça às minhas cantorias e danças deste tema.

Uma criança com talvez uns sete anos, uns dentes a menos, uns óculos de tamanho gigante e um esqueleto franzino numa só pessoa, eu eu! Esse ser magricela e sem jeito que interpretava do início ao fim A mula da cooperativa, repetindo a proeza junto de avós e tios quando os papás achavam que era engraçado eu poder dar um pouco do meu show caseiro perante a família!

Que vergonha que senti em relembrar este mau momento do passado bem longínquo e que acabou por me marcar, uma vez que nunca mais esqueci certas imagens de mim próprio a dar às pernas e aos braços enquanto entoava que a mula deu dois coices no telhado...

A Rapariga Que Roubava Livros

Definitivamente tenho que admitir para mim próprio que mesmo os melhores livros e com histórias envolventes mas que tenham a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo não me conseguem conquistar. Eu tento, mas mesmo com boas personagens a fazerem-se passear pela Alemanha nazi quando tinham um passado judeu consigo, não me sinto conquistado por este tema. A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, escrito de uma forma subtil para conquistar os mais diversos públicos e tem a particularidade de que o seu autor, Markus Zusak, conta todos os acontecimentos de uma perspectiva única, a da Morte que todos quer levar, todos visita, e a quem também dá a mão nos momentos certos de felicidade ou derrota.

Esta obra editada no nosso país pela Editorial Presença pode ser para muitos um grande livro e companheiro de leitura, no entanto não posso dizer o mesmo. Sabendo que esta narrativa foi primeiramente escrita para atrair o público mais juvenil, mas que tem conquistado todas as idades, em A Rapariga Que Roubava Livros segue-se a vida de Liesel que deixa, devido às circunstâncias da Morte, para trás os seus judeus e começa uma vida num ambiente familiarmente nazi. Mas como nem tudo o que as pessoas aparentam aos outros é mesmo a verdade, bem no fundo desta pequena mulher existe um passado que mexe consigo e que lhe vai levar Max até si, um estranho que aos poucos a conquista pelos seus atributos intelectuais e pela força pessoal que lhe vai mostrando ao longo dos tempos.

Todo este romance é contado por uma personagem irreal para muitos de nós, a Morte, aquela que paira sobre cada ser e que um dia nos vai levar consigo, pelo menos a alma de cada um será consigo transportada. É esta Morte que relata tudo o que vai acontecendo pela Rua Himmel, onde vive Liesel, com os seus novos pais e também Rudy, o seu vizinho e apaixonado. Nesta rua e no mesmo local da personagem central poderemos ver também o esconderijo de Max, naquela cave que mudará várias vidas.

A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, porém, devido à época em que tudo acontece, não me conseguiu conquistar, tal como outras obras que se centram na Segunda Guerra Mundial não conseguiram. Para quem gosta de saber mais sobre este tempo tão conturbado mundialmente e que quer um livro original, com uma escrita inteligente e um narrador diferente do habitual, aqui está a solução.