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O Informador

Leituras de Julho

A Rapariga Que Roubava Livros, Vida no CéuQuando Lisboa Tremeu formaram a minha tripla literária do mês de Julho. Três livros bem diferentes entre si, onde o passado histórico se misturou com a ficção e ainda existiu lugar para pelos ares poder sonhar com um mundo real visto através de outra perspectiva.

A Rapariga que Roubava LivrosA Rapariga Que Roubava Livros

Markus Zusak é o autor deste bom livro para os amantes dos acontecimentos históricos da Segunda Guerra Mundial e como já tenho más experiências com este tema, tentei dar a volta ao assunto e ver se me conseguia aproximar da época e deste passado conturbado da sociedade mundial, mas não há volta a dar. Com uma escrita fascinante, A Rapariga Que Roubava Livros é um livro que faz contar a sua história através de um narrador bem diferente do habitual, a Morte. A Morte que passa por todos e que escolhe as pessoas que vai levar consigo ao longo do seu percurso pelo mundo dos vivos. A narrativa que o autor criou com esta obra está bem pensada e com um bom encadeamento ao longo de todo o livro, só que como o tema não me fascina, posso dizer que não gostei do que li e não me consegui envolver com as personagens como pensei inicialmente que ia acontecer. No entanto, não posso deixar de destacar que está aqui um bom livro para os amantes históricos e especialmente desta época!

A Vida no CéuA Vida no Céu

José Eduardo Agualusa já tinha conquistado Portugal há alguns anos, mas só agora este excelente autor chegou até mim e só tenho uma coisa a dizer sobre a sua escrita... Arrebatadora! A grandeza do seu poder de escrita é revelada neste A Vida no Céu que nos leva a voar através de um mundo real que acontece pelos ares, numa história que poderia ser imaginada por qualquer um mas que só quem sabe a conseguiu contar de forma a conquistar os seus leitores. Com um percurso pelo mundo, mas através de uma perspectiva bem diferente à que estamos habituados, com esta excelente obra somos transportados de Paris a Nova Iorque e daqui ao Rio de Janeiro através de fantásticas viagens de balões que se transformam em cidades, vilas e aldeias onde tudo acontece e existe, tal como na terra que em A Vida no Céu não existe. Um livro recomendado, sem dúvida alguma, e que me fará voltar a ler Agualusa em breve!

Quando Lisboa TremeuQuando Lisboa Tremeu

Domingos Amaral já não é uma novidade para mim porque através de Verão Quente fiquei apreciador da sua escrita e agora ao pegar em Quando Lisboa Tremeu, a opinião sobre o autor não só se manteve como ainda saiu reforçada! Um bom autor português que sabe escrever para todos e não para uma mancha da sociedade literária. Através do envolvimento dos factos históricos com personagens ficcionais, Domingos transporta o leitor para o terramoto que assolou Lisboa em 1755 e consegue mostrar tão bem a realidade dos acontecimentos que surge uma empatia entre as suas criações e quem as acompanha, torcendo-se pelo seu futuro e ficando com a curiosidade sobre os seus desfechos num local bem devastado pelo fogo, mar e pelas mãos dos homens. Um bom romance histórico é contado neste livro que através de seis principais personagens consegue passar por toda a capital destruída e catastrófica onde a fome e a miséria se cruzam com os corruptos e ladrões da sociedade daquela época.

A Rapariga Que Roubava Livros

Definitivamente tenho que admitir para mim próprio que mesmo os melhores livros e com histórias envolventes mas que tenham a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo não me conseguem conquistar. Eu tento, mas mesmo com boas personagens a fazerem-se passear pela Alemanha nazi quando tinham um passado judeu consigo, não me sinto conquistado por este tema. A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, escrito de uma forma subtil para conquistar os mais diversos públicos e tem a particularidade de que o seu autor, Markus Zusak, conta todos os acontecimentos de uma perspectiva única, a da Morte que todos quer levar, todos visita, e a quem também dá a mão nos momentos certos de felicidade ou derrota.

Esta obra editada no nosso país pela Editorial Presença pode ser para muitos um grande livro e companheiro de leitura, no entanto não posso dizer o mesmo. Sabendo que esta narrativa foi primeiramente escrita para atrair o público mais juvenil, mas que tem conquistado todas as idades, em A Rapariga Que Roubava Livros segue-se a vida de Liesel que deixa, devido às circunstâncias da Morte, para trás os seus judeus e começa uma vida num ambiente familiarmente nazi. Mas como nem tudo o que as pessoas aparentam aos outros é mesmo a verdade, bem no fundo desta pequena mulher existe um passado que mexe consigo e que lhe vai levar Max até si, um estranho que aos poucos a conquista pelos seus atributos intelectuais e pela força pessoal que lhe vai mostrando ao longo dos tempos.

Todo este romance é contado por uma personagem irreal para muitos de nós, a Morte, aquela que paira sobre cada ser e que um dia nos vai levar consigo, pelo menos a alma de cada um será consigo transportada. É esta Morte que relata tudo o que vai acontecendo pela Rua Himmel, onde vive Liesel, com os seus novos pais e também Rudy, o seu vizinho e apaixonado. Nesta rua e no mesmo local da personagem central poderemos ver também o esconderijo de Max, naquela cave que mudará várias vidas.

A Rapariga Que Roubava Livros é um bom livro, porém, devido à época em que tudo acontece, não me conseguiu conquistar, tal como outras obras que se centram na Segunda Guerra Mundial não conseguiram. Para quem gosta de saber mais sobre este tempo tão conturbado mundialmente e que quer um livro original, com uma escrita inteligente e um narrador diferente do habitual, aqui está a solução.

Vou ler A Rapariga que Roubava Livros

A Rapariga que Roubava LivrosA Rapariga que Roubava Livros foi um dos livros que comprei na Feira do Livro Lisboa deste ano e chegou a hora de o começar a ler, poucos dias depois de o ter adquirido a metade do preço habitual.

Já há uns tempos tinha piscado o olho a esta obra da autoria de Markus Zusak e lançada em Portugal pela Editorial Presença, mas como estão sempre a sair novidades que quero adquirir, este livro foi ficando para trás, mas agora que tive a oportunidade de o ter por um preço mais convidativo, trouxe-o comigo e lá vou eu iniciar a sua leitura.

Sinopse

Plano Nacional de Leitura - Livro recomendado no programa de Português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II.

Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.

A Rapariga que Roubava Livros de Markus Zusak

Críticas de imprensa

"Zusak não só cria uma história original e enfeitiçante, como escreve com poesia… Uma narrativa extraordinária."School Library Journal 

"Uma narrativa absorvente e marcante."Washington Post"Uma história poderosa."Booklist"Brilhante… É um daqueles livros que podem mudar a nossa vida…"New York Times"Perturbador e poético ao mesmo tempo…Parece bem colocado para se tornar um clássico."USA Today"Elegante, filosófico e comovente… Belo e importante."Kirkus Reviews"Um feito… um livro que é um desafio…"Publisher’s Weekly"Inquietante, desafiante, triunfante e trágico… Um livro de grande fôlego, escrito de forma soberba… É impossível parar de o ler."Guardian"Um livro extraordinário, marcante, de grande beleza."Sunday Telegraph"Aos trinta anos, Zusak escreveu um dos livros australianos mais invulgares e cativantes de sempre."The Age (Austrália)