Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Na Conversa com... Maria Henrique

Luiza de Jesus - A Assassina da Roda

thumbnail_DSCF4339_Luiza_alta[_]Filipe Ferreira.jp

Imagem: Filipe Ferreira

A completar 30 anos de carreira, Maria Henrique estreia no Teatro da Trindade o monólogo Luiza de Jesus - A Assassina da Roda a 29 de Abril. Em conversa com a atriz sobre este seu novo espetáculo, onde além de atriz está também no papel de encenadora, o passado do país e o futuro da cultura em Portugal ganharam destaque, sendo ainda revelada a vontade de Maria Henrique em voltar pelos próximos tempos também ao mundo do cinema e à televisão. 

Cartaz Luiza de Jesus.jpg

Mais de um ano após ver a vida pelos palcos adiada, como foi para uma atriz passado este tempo de confinamento forçado?

Há um ano atrás quando a pandemia começou eu tinha dois espetáculos de teatro agendados que foram imediatamente adiados sem data certa porque toda a gente foi muito apanhada de surpresa, não é, portanto como devem imaginar tudo isso gera alguma ansiedade. No entanto a minha cabeça nunca parou de trabalhar, de tentar manter-me ativa em termos artísticos, e assim foi, portanto agora um ano e um mês depois prestes a estrear um espetáculo, um monólogo em que faço co-produção com o Teatro da Trindade, em que enceno o espetáculo, em que interpreto, estou sozinha em palco a contracenar com uma data de vozes, a adrenalina é muito grande e a felicidade é gigantesca pelo facto da cultura voltar a estar ativa, dos espetadores poderem voltar a alimentar-se que estão a precisar bastante da cultura e de eu poder voltar a sentir o público bem perto de mim e voltar a subir a um palco.

 

Agora que regressa ao palco da Sala Estúdio do Teatro da Trindade com Luiza de Jesus – A Assassina da Roda, podemos saber como surgiu a ideia para este espetáculo onde para além de intérprete também é a sua própria encenadora?

A ideia para trazer este espetáculo Luiza de Jesus – A Assassina da Roda a cena surgiu quando eu estava a ouvir uma entrevista com a autora, Rute de Carvalho Serra, sobre o lançamento do seu livro, A Assassina da Roda, e fiquei tão fascinada com o tema, fui pesquisar e realmente sabendo que esta mulher existiu , sabendo que é sobre a história do nosso país, sobre um passado que nós não podemos esquecer e sobre o fascinante que esta mulher ou esta personagem e todo o ambiente histórico que a envolve poderá ser pertinente para nós, eu quis fazer questão de tentar conhecer a própria autora e lutar para trazer este espetáculo a cena.

 

Quem é esta Luíza de Jesus?

Penso que esse pode ser um dos principais temas que o espetador pode levar na sua cabeça quando sair do espetáculo, «quem seria afinal esta mulher?». Porque eu tento através da construção desta mulher, desta personagem, mostrar várias camadas possíveis duma personalidade do ser humano e ainda de todo o contexto político, histórico, económico que era vivido em 1772. Nenhum ser humano é linear, a Luiza de Jesus sendo também um ser humano podendo ser alegadamente realmente uma serial killer, quem seria, porque, esse é dos grandes motes que me move a fazer este espetáculo e que eu gostaria que deixasse o publico a pensar porque nunca ninguém é uma coisa só.

 

Com mais de trinta anos de representação, e desta vez sozinha em palco. Este regresso com um monólogo não é uma boa loucura de quem já tanto fez pelos palcos?

Fiz em Janeiro deste ano, em 2021, trinta anos de carreira e eu já tinha pensado muitos antes de surgir este projeto Luiza de Jesus, já tinha pensado que gostaria de fazer alguma coisa diferente, alguma coisa de especial e entretanto surgiu-me este projeto e eu achei que poderia ser pertinente tendo em conta o desafio em todas as frentes que ele é. É uma boa loucura, é uma loucura sã, é uma loucura de quem já fez todo o tipo de espetáculos e adora a versatilidade, adoro comédia, adoro drama, eu gosto acima de tudo de fazer sempre na minha personagem um registo diferente da personagem que eu fiz anteriormente. Por isso, talvez seja o projeto certo na altura certa na comemoração destes trinta anos de carreira.

 

Uma serial killer bem portuguesa nos tempos da Inquisição vai estar em cena, numa balança entre a verdade e a mentira. Como se prepara a Maria para um espetáculo onde estará sozinha entre o bem e o mal e praticamente desnudada perante a transparência destas personagens que vão passando e deixando as suas pesadas vidas?

Trabalhar a personagem desta mulher que existiu, desta Luiza de Jesus que existiu é fascinante porque sendo a pessoa a pessoa que existiu, sendo a última mulher que foi condenada à morte, que foi torturada, que foi massacrada, de alguma forma foi também obrigada a confessar todos os seus crimes sob tortura porque na altura a maior parte das pessoas que estava na prisão era torturada para confessar esta balança em que o prato vai mudando tanto vai ficando mais pesado o prato da verdade ora fica mais pesado o prato da mentira, faz com que estejamos aqui num limbo do que é que está certo, do que é que está errado, do que é que se devia ter feito, do que é que se poderia ter feito melhor. Há umas das partes que se fala em cena, porque eu estou sozinha em cena, é um monólogo mas existem várias vozes gravadas, e uma delas é a voz do Intendente Pina Manique, essencial para esta história, em que ele começa o espetáculo por falar com o Cardeal Dom João Cosme da Cunha, inquisidor mor, para lhe pedir mais tempo para estudar o processo e esse tempo não lhe é dado e já na parte final do espetáculo, Pina Manique está bastante incomodado a por estes ses, a pensar será que poderíamos ter feito isto de outra forma, será que me deixei pressionar, será…, ao fim e ao cabo será que os fins justificam os meios, ou seja, quem é que é mais criminoso, se esta mulher foi um monstro e que, na verdade, foi uma serial killer que matou tantos inocentes, tantas crianças, será que não é muito grave a forma criminosa como ela foi atazanada, queimada nas costas, arrastada pelas ruas com a forca ao pescoço, cortaram-lhe as mãos, enforcada à frente do público, humilhada, massacrada e depois da morte queimada e reduzido o seu corpo a cinzas e como é dito pelas personagens da época para que nunca mais aja memória de semelhante monstro, portanto será que os meios justificam os fins? É um monólogo mais existem realmente várias vozes de várias personagens importantes nesta época tão histórica, tão forte e tão pesada do nosso passado português, que é o tempo da Inquisição, a altura em que no caso da Luiza de Jesus, quando ela chega a tribunal a sentença já está escrita, isto é muito importante para que, eu não faço tensões nem de desculpar uma Luiza de Jesus, que poderá ter sido realmente uma seria killer horrível, nem para estar a tentar julgar um inquisidor nem para pensar o que é que poderia ter sido feito melhor ou não. Acima de tudo é para por o espetador a pensar sobre o que é que é certo, o que é que é errado, o que é isto de ser humano, o que é a humanidade, como é que a humanidade se pode revelar no seu melhor e no seu pior. É um espetáculo para deixar a pensar porque nós não poderemos ter um bom futuro se não soubermos de onde vimos. Qual é o nosso passado?

 

Vencedores dos convites duplos para A Comédia Fantástica [09/11/2017]

a comédia fantástica.jpg

A Comédia Fantástica é o novo espetáculo que as Produções Filipe La Féria colocam em palco pelo Teatro Politeama e o público volta assim a ter motivos para ir a uma das mais antigas salas de espetáculos do país para passar umas horas em boa companhia e com humor. 

Nesta produção adaptada do sucesso internacional de Noël Cowart, Blithe Spirit, Filipe La Féria convocou Manuela Maria, Cristina Oliveira, Helena Isabel, Rita Salema, Carlos Quintas, Maria Henrique, Nuno Guerreiro, Marina Albuquerque e Patrícia Resende para comporem o elenco desta divertida comédia com uma história do além. 

Já assisti  e tive a oportunidade de vos oferecer quatro convites duplos para a sessão de Quinta-feira, 09 de Novembro, tendo chegado agora o momento de revelar o nome dos vencedores que foram sorteados através do sistema random.org. Amanda Pegorel, João Valente, João Carlos Freire e Maria José Major foram os premiados para assistirem à sessão de A Comédia Fantástica e irão receber email com a informação necessária para que o levantamento dos convites duplos possa ser feito nas melhores condições.

Convites duplos para A Comédia Fantástica [09/11/2017]

a comédia fantástica.jpg

Filipe La Féria estreou no final de Outubro o novo espetáculo que pretende continuar a conquistar o público que tem acompanhado ao longo dos últimos anos os trabalhos que o produtor tem levado até ao palco do Teatro Politeama. A Comédia Fantástica é, como o próprio nome indica, uma comédia divertida adaptada do texto de Noël Cowart, Blithe Spirit. Com Manuela Maria, Cristina Oliveira, Helena Isabel, Rita Salema, Carlos Quintas, Maria Henrique, Nuno Guerreiro, Marina Albuquerque e Patrícia Resende a comporem o elenco, esta nova produção promete arrancar gargalhadas junto da plateia que se deixe levar por histórias do além mas bem presentes em palco. 

Já assisti e agora tenho para oferecer quatro convites duplos aos leitores do blog que queiram passar o serão da próxima Quinta-feira, 9 de Novembro, na companhia do espetáculo A Comédia Fantástica. 

A Comédia Fantástica

a comédia fantástica.jpg

Filipe La Féria estreou uma nova comédia no palco do Teatro Politeama, fugindo um pouco do que tem apresentado pelos últimos anos. Adaptado de Blithe Spirit, o sucesso de Noël Coward, galardoado com um Tony e com o título de melhor espetáculo do ano na Broadway e no West End de Londres, respetivamente, agora chegou a vez de ser apresentado ao público português este espetáculo. 

Com Manuela Maria, Cristina Oliveira, Helena Isabel, Rita Salema, Carlos Quintas, Maria Henrique, Nuno Guerreiro, Marina Albuquerque e Patrícia Resende em palco e encenação de Filipe La Féria, A Comédia Fantástica é apresentada como uma «hilariante comédia, com um texto absolutamente fantástico, sendo uma comédia radicalmente fora do comum, que leva o público de surpresa em surpresa». 

Tudo começa com um casal a preparar um encontro com uma médium com a finalidade de ajudar e servir de inspiração para se escrever uma peça de teatro, mas nem sempre as coisas correm como o esperado e eis que o poder da exuberante e eloquente Madame Arcati acaba por atrair uma figura do passado do proprietário da casa. A defunta Elvira aparece na figura de um espírito divertido, louco, sagaz e bem alegre, ao ponto de conseguir colocar o seu Pipi - não nos vou explicar nada acerca deste tema - em ponto de rebuçado por ter no mesmo espaço a antiga mulher em espírito e a atual bem presente e em fúria com toda a confusão gerada dentro da própria casa. 

Helena Isabel e Carlos Quintas dão vida ao casal que convida Madame Arcati, interpretada em regime de rotatividade por Manuela Maria e Cristina Oliveira, para visitar a sua casa e ser o centro das atenções numa noite onde as personagens de Maria Henrique e Nuno Guerreiro também se encontram presentes para um encontro com o além. Um divertido encontro com personagens bem construídas por cada ator onde também a empregada, interpretada por Marina Albuquerque tem o seu espaço cativante junto do público pelos pormenores gestuais que vai transmitindo ao longo de todo o espetáculo, conseguindo manter a graça não só através do texto mas também pela demonstração física com reações que se tornam permanentes numa empregada desastrada e tão normal dentro de um casa de loucos. 

Guia para a Felicidade

Teresa Guilherme é a rainha dos reality shows e grande rosto televisivo. Manuel Marques um dos melhores humoristas nacionais! A parelha está agora junta no Teatro Villaret com Guia para a Felicidade, a palesta onde Alda e Paulo, um casal tão feliz, revela o verdadeiro sentido da união que os torna realizados. Será mesmo esta a verdade?

De início o espetáculo parece meio parado, com alguns toques de comédia mas onde a dupla não parece estar ainda no momento certo e com o à-vontade em palco que caracteriza este tipo de trabalhos. Depois e ao longo de quase hora e meia a acção começa a desenrolar-se em boa forma com o casal a entrar num certo conflito talvez entre ambos ou interno de cada um. O que tudo isto gera? Bons momentos de boa disposição onde o verdadeiro Guia para a Felicidade parece ser transformado no da Infelicidade onde viver solteiro parece ser o melhor para se conseguir ser verdadeiramente feliz neste mundo. 

Sexo, amor, passado e futuro, traições e quezílias, amigos e família, tudo é relatado em palco por estas duas personagens que falam para o público, mostrando vídeos onde casais famosos da nossa praça mostram que já colocaram em prática todos os bons ensimamentos e métodos de Alda e Paulo. 

Onde está a verdadeira realidade da vida conjugal? Está mesmo em Guia para a Felicidade que começa nas coisas boas e termina no inferno de uma dupla que partilha a sua vida conjugalmente. Sugestões, aconselhamentos e explicações estão bem destacados neste show da vida com uma dupla que não resiste em criticar o que está do outro lado. 

Hoje será o dia... Guia para a Felicidade

Guia para a felicidade.jpg

 

Teresa Guilherme e Manuel Marques estão no Teatro Villaret através da Alda e do Paulo com o Guia para a Felicidade! Como Maio é o mês do Teatro por estas paragens, eis que hoje é o dia de espreitar esta produção encenada por Maria Henrique! A dupla de oradores falará perante o seu público de sexo, amor e traições onde passado, presente e futuro se cruzam para uma verdadeira análise da vida conjugal. Estaremos todos preparados para a felicidade que a Alda e o Paulo pretendem mostrar como sendo a ideal? Logo que possível e que um tempinho livre apareça darei a opinião sobre este espetáculo que tem recebido os aplausos das lotações esgotadas sessão após sessão!

40 e Então? agora no Casino Lisboa

40 e Então?Ontem o serão foi passado pelo Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa a assistir ao regresso do espetáculo 40 e Então? aos palcos nacionais, alguns meses depois de uma bem sucedida temporada pelo Teatro Tivoli BBVA. Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique são as grandes estrelas da peça que encheu a sala, entre convidados e fãs das atrizes. Um bom espetáculo que recomendo ser visto, principalmente pelo público feminino que é retratado nas mais diversas situações encenadas!

As quarentonas estão retratadas em 40 e Então? só que não estão sozinhas nas sucessivas conversas de Marias para Marias que vão acontecendo ao longo de mais de hora e meia de espetáculo. O regresso deste trabalho junto do público sofreu ligeiras alterações de texto que continua a pertencer às autoras Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista. Com pequenos pormenores alterados para criar maior proximidade junto do alvo e com a comédia sempre presente em palco, o trio de atrizes é excelente a relatar os desafios da idade, a maternidade e as sogras (parte preferida), as saídas, a bebida, o divórcio, a moda e todos os assuntos que fazem parte do universo feminino após os 40 anos de idade. 

Este é um espetáculo bem divertido, sempre em andamento e sem qualquer tipo de perda de ritmo. Em monólogo, dupla ou a três, as várias personagens vão desfilando com os seus dramas problemáticos e reais através de uma união em busca da felicidade e bem-estar pessoal.

Um espetáculo leve, com um texto bem apetrechado e excelentes interpretações de atrizes conhecidas do grande público televisivo e que acabam por surpreender em palco, retirando a ideia que muitas vezes se tem sobre as pessoas que fazem parte do universo do pequeno ecrã. Posso dizer que voltei a gostar, talvez ainda mais que da primeira vez, de 40 e Então?, um espetáculo da responsabilidade da Força de Produção e dedicado especialmente às mulheres em geral!

40 e Então?

Elas estão de volta…

Para acabarem de vez com os tabus.

Aos 40 anos, as mulheres já não são como eram. A vida mudou e elas também. Como é que elas vêm o amor ? o sexo?, a solidão?, envelhecimento?, ou até a forma como lidam com os filhos? São muitas perguntas para uma única resposta: com muita garra, determinação e um imenso sentido de humor.

Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique vestem a pele de diferentes mulheres que chegaram aos 40 anos e estão dispostas a tudo. Com textos de Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista, 40 E Então? regressa a Lisboa para uma curta, mas intensa temporada, no Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa.

 40 e então

40 e Então?, os vencedores

A peça 40 e Então? está de volta aos palcos nacionais, desta vez no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa com uma temporada que começa a 29 de Janeiro e tem o seu último espetáculo marcado para 8 de Março. Por aqui, porque gosto de presentear os leitores do blogue, dois bilhetes duplos para a sessão de estreia estiveram em passatempo durante os últimos dias, chegado agora a altura de revelar o nome das duas vencedores sorteadas através do sistema random.org e que irão assistir ao espetáculo da Força de Produção

Quem irá poder aplaudir a performance de Maria Henrique, Ana Brito e Cunha e Fernanda Serrano no dia 29 pela sala lisboeta em boa companhia são as participantes Cláudia Oliveira e Maria dos Anjos Batista. As leitoras irão assistir a esta comédia que une os dramas, amores, sacrifícios, problemas e alegrias das várias personagens que o trio de atrizes vai interpretando ao longo das quase duas horas de cada sessão.

Parabéns às vencedores que irão ser contactadas com a explicação sobre o levantamento dos seus bilhetes! Aos outros fica a promessa que novas oportunidades irão surgir pelos próximos tempos!

40 e então vencedores

Elas estão de volta…

Para acabarem de vez com os tabus.

Aos 40 anos, as mulheres já não são como eram. A vida mudou e elas também. Como é que elas vêm o amor ? o sexo?, a solidão?, envelhecimento?, ou até a forma como lidam com os filhos? São muitas perguntas para uma única resposta: com muita garra, determinação e um imenso sentido de humor.

Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique vestem a pele de diferentes mulheres que chegaram aos 40 anos e estão dispostas a tudo. Com textos de Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista, 40 E Então? regressa a Lisboa para uma curta, mas intensa temporada, no Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa.

Bilhetes para 40 e Então?

40 e entãoCom uma temporada tão bem sucedida pelo ano passado, as quarentonas de serviço estão de regresso aos palcos nacionais, desta vez no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa. Maria Henrique, Ana Brito e Cunha e Fernanda Serrano são as atrizes que dão vida às personagens de 40 e Então?, a peça de que tenho bilhetes duplos para oferecer da sessão de estreia.

Os dramas, amores e sacrifícios, problemas e alegrias dos quarenta estão retratados nesta hilariante comédia com que me diverti e onde fiquei deveras rendido ao talento do trio de atrizes. Com textos escritos por Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista, várias são as personagens que desfilam pelo palco através de 40 e Então?

Quem quiser ser um dos vencedores dos bilhetes que tenho para oferecer da sessão das 21h00 de dia 29 de Janeiro, Quinta-feira, só tem que copiar a frase que se segue, colocá-la como comentário a este texto, ser seguidor do blogue pelo Facebook, tal como da página de Força de Produção e partilhar o link do passatempo pelo seu mural da rede social! No momento da participação peço que o nome e email sejam colocados corretamente para uma melhor comunicação para com os vencedores!

«40 e Então? a peça que tenciono ir ver com a ajuda do blogue O Informador!»

Este passatempo começa pelas 18h30, de dia 08 de Janeiro, terminando no dia 26, pelas 18h30. Os vencedores serão sorteados através do sistema automático random.org, sendo revelados após o final do passatempo num novo texto e contactados via email.

Boas comentários e bastantes partilhas! Até já!

Elas estão de volta…

Para acabarem de vez com os tabus.

Aos 40 anos, as mulheres já não são como eram. A vida mudou e elas também. Como é que elas vêm o amor ? o sexo?, a solidão?, envelhecimento?, ou até a forma como lidam com os filhos? São muitas perguntas para uma única resposta: com muita garra, determinação e um imenso sentido de humor.

Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique vestem a pele de diferentes mulheres que chegaram aos 40 anos e estão dispostas a tudo. Com textos de Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista, 40 E Então? regressa a Lisboa para uma curta, mas intensa temporada, no Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa.

Maria Henrique

A atriz Maria Henrique já não era uma desconhecida devido aos seus trabalhos televisivos, geralmente com personagens que entram a meio das novelas para causar algum impacto ou embaraço nas histórias que já estão a decorrer. Agora e em menos de duas semanas vi a sua prestação em palco em dois espetáculos e posso dizer que fiquei mesmo conquistado com o talento da atriz que costuma ser directora de atores de algumas produções da TVI.

Primeiro fui ao Teatro Tivoli BBVA ver a peça 40 e Então? onde Maria Henrique divide o palco com as amigas Ana Brito e Cunha e Fernanda Serrano e embora tenha visto um espetáculo mais virado para o público feminino, confesso que gostei do que vi pelas boas interpretações das várias «Marias» que desfilam pelo palco através das atrizes que lhes dão vida. Maria Henrique, a atriz mais pacata socialmente das três e também a menos conhecida do público em geral consegue agarrar as suas principais cenas com a emoção necessária das suas personagens, conseguindo fazer vozes e figuras que saem do seu eixo normal. Gostei da peça e fiquei agradado com o bom trabalho em palco do trio que mostrou que o teatro está bem vivo e recomenda-se, principalmente por serem rostos de televisão, algumas vezes massacrados pelos comentários divergentes de ser ator do pequeno ecrã e das tábuas. 

Passados uns dias voltei a entrar numa sala onde Maria Henrique brilhou sozinha, sem necessidade de qualquer contracena física. Fui até ao Teatro da Malaposta ver o monólogo O Farrusco, o Telefone e Eu, onde encontrei a sentimentalista Ângela. Uma mulher na casa dos 40 e poucos que recomeça a sua vida após o seu marido, o Tó, a ter trocado por uma jovem. Ângela fala ao longo de hora e meia da sua nova forma de estar, das esperanças e buscas no futuro, estando e falando, com o cão que a sua filha lhe deixou para cuidar, do divórcio, dos óculos devido à idade, das imaginárias doenças, dos doutores, da mãe, das amigas e até de uma ida à sex shop. Numa comédia da autoria de Geraldine Aron, Maria Henrique mostrou-me com este trabalho que é mesmo uma das melhores atrizes nacionais, não necessitando de grandes aparatos para ser a boa profissional que mostra ser em palco.

Obrigado Maria pelos dois bons espetáculos!