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O Informador

Vencedores de As Raposas

As Raposas regressaram para uma segunda temporada após o sucesso pelo Teatro Aberto. Agora e porque o que corre bem uma vez geralmente volta a fazer sucesso junto do público, eis que novas sessões deste espetáculo estão a decorrer pela Sala Azul do espaço lisboeta e por aqui andei a distribuir bilhetes pelos amantes de bom teatro. Ao ter chegado ao fim o tempo limite de participação no passatempo eis chegada a altura de revelar a lista de vencedores que terão um bilhete duplo à sua espera na bilheteira do Teatro Aberto no serão de amanhã, Quinta-feira, 17 de Setembro.  

  • Maria Batista
  • Helena Pereira Martins
  • Sónia Alcobia
  • Tiago Pina
  • Sérgio Dias
  • Sara Bandeira
  • Edite Rocha
  • Pedro Costa
  • Virginia Dias
  • Manuel Carvalho

Bilhetes para As Raposas

As Raposas.jpg

As Raposas estrearam na Sala Azul em pleno mês de Junho, tendo recebido aí os aplausos do público que foi ao Teatro Aberto até ao final de Julho assistir a este espetáculo de Lillian Hellman e com encenação de João Lourenço. Tive a oportunidade de assistir a uma das últimas sessões da temporada, tendo adorado esta produção que conta com nomes bem conhecidos do público em palco. Agora e porque o que é bom regressa e pode desta vez ser partilhado, eis que surge a oportunidade de atribuir dez convites duplos para a sessão de Quinta-feira, 17, pelas 21h30. Vais querer perder esta oportunidade de te encontrares com As Raposas que estão de regresso ao palco da sala lisboeta para uma nova temporada de sucesso?

Sinopse:

Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?

Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos.

Ficha Artística:

Versão: João Lourenço | Vera San Payo de Lemos

Dramaturgia: Vera San Payo de Lemos

Encenação: João Lourenço

Cenário: António Casimiro | João Lourenço

Figurinos: Dino Alves

Vídeo: JP Fazendeiro

Luz: João Lourenço

Com: Diana Nicolau | Eurico Lopes | Gracinda Nave | João Perry | Luisa Cruz | Marco Delgado| Pedro Caeiro | Sofia Cabrita | Virgílio Castelo 

Este passatempo decorrerá até às 20h30 de 16 de Setembro e para se habilitarem a um dos bilhetes duplos que tenho para sortear só têm de:

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  • Preencher o formulário que se segue onde só é permitida uma participação por endereço de e-mail.

As Raposas

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Opinião: Sentar-me na plateia do Teatro Aberto é quase sempre uma certeza de que o espetáculo a que irei assistir pelas próximas horas é um dos melhores do que está a ser feito no momento pelo país. A peça As Raposas, da autoria de Lillian Hellman não foi de todo uma excepção!

Sendo este trabalho uma adaptação do texto do século XX que também já esteve pelas salas de cinema em 1941, The Little Foxes tem percorrido o mundo com espectáculos que enchem salas e voltam a retomar a cena anos mais tarde. Percebi através da excelente amostra nacional a razão deste texto conseguir ser sempre tão actual.

Com adaptação de Vera San Payo de Lemos e encenação de João Lourenço, As Raposas mostram-se matreiras ao tentarem tramar até os mais próximos. Com todo o enredo a centrar-se numa família de classe alta que pensa num bom investimento de futuro, o capital é sinónimo de invejas e vinganças pessoais entre membros que sempre se dão bem com o mal dos outros, mesmo que esses outros sejam os irmãos e cônjuges que tanto dizem amar. Tanta realidade representada neste espectáculo que mostra como tudo pode ser feito com uma única finalidade na vida, sair vitorioso sobre qualquer semelhante. 

Riqueza não é sinónimo de felicidade, já lá dizem os mais sábios, e por aquela mansão representativa essa verdade é tão notória. Negócios conseguem sair por cima dos laços familiares que acabam por ser inexistentes. Não existem limites para a ambição? Não e cada vez acredito mais que quem mais tem sempre mais quer porque o muito não é o suficiente para ser atingida a aparente felicidade que somente é comprada monetariamente.

Falando agora do elenco, todos são do melhor que existe na sua área, variando as gerações. Adoro em particular, talvez por ter feito em tempos duas entrevistas à própria, a mais jovem actriz do elenco. Diana Nicolau é para mim uma estrela que tem tudo para se tornar numa das melhores daqui a uns anos. Ela já é das melhores na representação jovem e com tanta qualidade e a contracenar com grandes nomes como é o caso deste elenco o futuro pelos palcos está cada vez mais do seu lado, sendo totalmente merecido. Gosto do trabalho de todos, tendo de valorizar aqui a grande interpretação de Luísa Cruz que é talvez a grande alma desta matilha recheada de maldade. 

Hoje é dia de... As Raposas

Hoje o serão vai ter um toque bem teatral. O Teatro Aberto irá receber-me para assistir a uma das últimas sessões desta temporada do espetáculo As Raposas. Pelos próximos dias darei a opinião sobre esta peça que ao que tudo indica poderá estar de regresso marcado pelos próximos meses, mas depois voltaremos a falar sobre tal situação. Agora o que interessa é que irei ver e tu podes ler a sinopse de As Raposas, de Lillian Hellman. Acredito que está aqui um bom espetáculo!

 

As Raposas.jpg

 

Sinopse:

Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?

Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos.

O Preço

O PreçoTeatro Aberto surpreende-me cada vez mais com as suas apresentações e agora com O Preço em cena só posso dizer que o que estava bom nos espetáculos anteriores foi superado e em grande escala. 

Não posso começar com este texto de opinião sobre este espetáculo sem falar do espantoso cenário que logo nos primeiros minutos me conquistou e com o passar do tempo e através da descoberta da profundidade do mesmo e dos seus pequenos pormenores fiquei a perceber que este é o melhor pano de fundo que já vi em palco pelas várias salas em que pude assistir a bom teatro. Um cenário belo, inspirador e que mostra bem a realidade das quatro vidas que por ele se cruzam! Peças antigas que pretendem ser vendidas estão espalhadas pelo palco e fazem deste um sótão com a placa «vende-se» a descoberto para o público que se encontra bem acomodado à sua frente.

Quanto aos atores, a escolha não podia ser melhor. Com a bela São José Correia a mostrar como uma mulher de sonhos matrimoniais luta para a sua mudança de vida, mostrando-se a atriz com uma performance tal como eu imaginava por já admirar o seu trabalho e nunca ter tido anteriormente a oportunidade de a ver em palco. Um Marco Delgado com um homem derrotado pelos outros, que a sua vida feita de contas apertadas e onde o hoje é o mesmo do ontem e será igual ao amanhã... Delgado para mim estava no mesmo nível da São, mas agora ambos provaram-me o que valem na representação... Muito! João Perry dispensa apresentações e através deste velho negociador de artes e velharias mostra isso mesmo... Um homem do palco que sabe tão bem entreter e que tem consigo a personagem ideal da descompressão em cena quando o ambiente está pesado entre os restantes. Perry é a grande alma de O Preço, sem dúvida! Finalmente, António Fonseca, o ator mais desconhecido para mim do quarteto mas que não me deixou de conquistar... Com uma personagem de um outro calibre e com pose, António consegue mostrar excelentemente o seu poder sobre toda a vida familiar que foi acontecendo ao longo dos anos e todas as razões da separação dos dois irmãos terem acontecido. Fonseca tem para mim a peça chave do espetáculo quando me deixou pegado ao palco através da sua explicação das razões que levaram à vida de sacrifício do irmão, quando tudo podia ter sido diferente se existissem ambições do outro lado como aconteceu consigo.

Mas o cenário e os atores não podiam fazer um espetáculo deste calibre sem o excelente trabalho de Arthur Miller que se mostra ser um autor soberbo. Dois irmãos de costas voltadas encontram-se para a venda de peças antigas deixadas na velha casa do seu pai. Mas como os reencontros familiares nem sempre correm bem, depressa se percebe que existe um preço a pagar pelas opções que foram sendo tomadas ao longo das duas vidas que os dois irmãos seguiram, tão diferentes entre si. As decisões que se tomam transformam as pessoas e se por um lado um tudo teve e disponibilizou para seu próprio bem, por outro, existe o ser racional que pensa nos outros e que é em função disso que vive, fazendo com que os seus objetivos não passem de sonhos por concretizar e que ficam recalcados com o passar do tempo. A luta pelo dever e o haver faz toda a diferença porque enquanto uns triunfam os outros ficam para trás, ficando no grupo dos derrotados pela sociedade e por si próprios. Uma luta pessoal e que muda duas pessoas que cresceram no mesmo ambiente mas que foram tomando opções diferentes e que nunca mais conseguiram ser irmãos com o mesmo poder de escolha. Sem dúvida que O Preço tem um texto bem elaborado e fácil de ser entendido e aliando as cenas de tensão com o toque de comédia e de emoção, está aqui um excelente trabalho de autor que já encheu salas através desta sua grande obra.

O Preço coloca em palco as dúvidas existenciais sobre a luta por uma vida melhor, mesmo que para isso se tenha que esquecer os outros e vir a sofrer um dia. Mas existe sempre um preço para os caminhos que se seguem e se uns o pagam de uma vez, os outros vão tendo a tormenta de espadas ou o sucesso consigo ao longo de muito tempo, no entanto, nem sempre o que corre hoje correrá amanhã e tudo pode mudar e ajudar a perceber que nem sempre as escolhas feitas foram as adequadas!

O Preço não é um simples espetáculo, é um bom trabalho de autor, de atores e de equipa técnica porque o que pode ser visto no Teatro Aberto é mais do que as palavras e os gestos significam, é a história criada que transporta os espetadores para o pensamento sobre o valor que as suas opções têm ao longo do seu caminho!

«Até 28 de Julho - O Preço, de Arthur Miller, encenação de João Lourenço

FICHA ARTÍSTICA

Versão João Lourenço | Vera San Payo de Lemos

Dramaturgia Vera San Payo de Lemos

Encenação e Luz João LourençoCenário António Casimiro | João LourençoFigurinos Dino AlvesSupervisão audiovisual Nuno Neves

Com António Fonseca | João Perry | Marco Delgado | São José Correia

SINOPSENova Iorque, 1968. Dois irmãos voltam a encontrar-se, dezasseis anos depois da morte do pai, para desocuparem a casa que deixaram intacta ao longo de todos aqueles anos. Um velho avaliador vem dar-lhes um preço pelos móveis e objectos de que se querem desfazer. No entanto, a transacção não é tão simples como imaginaram: todas aquelas coisas fazem parte da história da família, estão repletas de memórias e obrigam-nos a confrontarem-se com o passado e com as escolhas que fizeram na vida.

Qual foi o preço dessas escolhas? Qual é o preço das contas que ficam em aberto? Entre o deve e o haver, o que se perde e o que se ganha? Neste encontro cheio de emoções, debatem-se as grandes questões da vida, com a esperança sempre acesa de uma maior compreensão do que é profundamente humano.»