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O Informador

Arouca sai, Barreira e Cavaleiro entram!

Horas depois de ter publicado o texto sobre as falhas que Manuel Arouca tem como autor da novela Jardins Proibidos, eis que leio na imprensa nacional dedicada ao mundo televisivo que o guionista foi afastado pela direcção da TVI para dar lugar a dois outros autores que irão continuar a escrever o desenrolar da história criada por Arouca.

Uma decisão que já chega tarde para com uma produção que podia ter começado bem melhor e que nunca se iria endireitar enquanto o seu criador e autor tivesse nas suas mãos todos os desenvolvimentos das vidas das personagens que foi elaborando. O autor já teve o seu tempo, fez boas histórias que prenderam o público, mas há anos atrás não se era tão exigente com as novelas nacionais que iam para o ar e com as suas histórias de amores e traições. Agora Arouca já não consegue surpreender, tem textos maçadores e os próprios atores devem sentir que estiveram ao longo destes primeiros meses de Jardins Proibidos com um texto com mais de uma década nas mãos, sem qualquer evolução.

Agora entram em cena dois autores que já deram mostras de sucesso nos últimos anos, ambos habituados a socorrerem produções frágeis e capazes de tornarem uma história lamechas num enredo onde tudo acontece com as personagens a embaterem contra as suas próprias armadilhas. 

António Barreira e Pedro Cavaleiro foram os autores recrutados pela TVI para pegarem no que já está feito na novela e recuperarem a sua história para algo que se veja e com alguma qualidade no texto. As notícias revelam que com esta alteração de guionistas algumas personagens estarão sacrificadas para morrerem pelos próximos episódios, dando entrada a novos nomes que irão mexer com o que não foi feito até aqui!

Será que Barreira e Cavaleiro ainda vão a tempo de salvar a alma do convento? Já vão tarde, mas desde que as coisas não piorem, safar-se-ão com uma liderança frágil mas que vai acontecendo!

Arouca, o autor do passado

Jardins Proibidos foi outrora uma das novelas de sucesso da TVI, ajudando há anos o canal a conquistar a preferência do público com a ficção nacional. Agora José Eduardo Moniz, consultor do canal, e a atual direcção decidiram apostar numa continuação da história protagonizada por Vera Kolodzig e Pedro Granger. Se no início tudo fazia crer que o sucesso estaria do lado deste produto, após a estreia, cedo se percebeu que o autor Manuel Arouca já não tem capacidade para elaborar as histórias que os telespetadores atuais querem acompanhar!

Com um enredo fraco, um elenco que prometia e que não teve texto para seguir em frente com uma boa performance e uma produção que quis arriscar com uma imagem ligeiramente diferente do habitual, os atuais Jardins Proibidos de Manuel Arouca começaram com uma fraca história de amor, com várias personagens a fazerem pouco ou nada na trama, servindo muitas vezes de meros figurantes ao longo dos episódios. O autor já não tem capacidade para surpreender o público, criando cenas longas e sem qualquer interesse, não existindo acção que provoque alterações de episódio para episódio na novela.

O que fazer agora quando o fraco amor entre as personagens e os vilões da esquina não conseguiram agarrar quem está em casa por não terem nada de novo e só mostrarem uma forte cena de longe a longe? Pois, a direcção do canal ordenou mudanças na trama, vários atores estão de saída da novela, o suspense entra em acção com várias mortes mas o mal continua no centro de tudo... O autor que não consegue fazer uma boa novela! Bem podem tirar e colocar personagens, mexer nos temas centrais dos Jardins, mas se a escrita continua entregue a Arouca por muito que se mexa nada mudará para provocar o interesse a quem podia estar rendido a esta continuação da história de sucesso de outros tempos!

Comecei a acompanhar a novela, vou vendo uns minutos em mudança de canal e percebo que tudo continua na mesma! Embora as mudanças no centro da acção estejam a ser feitas, as coisas continuam fracas e já não há muito a fazer, a não ser atirar a novela para um horário tardio, não esticar nem um episódio do que está planeado e arrancar com a preparação das novas apostas de ficção do canal com todo o rigor para que nada falhe quando as próximas estreias acontecerem com pés e cabeça, tendo bons autores do seu lado. O elenco não conta, quando o que está no papel não interessa a ninguém!

Os novos Jardins Proibidos

Há catorze anos uma das primeiras novelas nacionais de maior sucesso estava a ser transmitida com os jovens protagonistas Pedro Granger e Vera Kolodzig a fazem furor no pequeno ecrã e fora dele. Hoje os dois já consagrados atores voltam a estar juntos na continuação da história que protagonizaram, numa nova trama recheada de encontros, amores e muita complicação!

Não assisti em direto ao primeiro episódio da renovada temporada da novela Jardins Proibidos, no entanto assim que cheguei a casa recorri à gravação do primeiro episódio para perceber que o sucesso de outros tempos está de volta e em força. Com parte do elenco antigo e muitos novos rostos para transformar esta novela numa fresca produção com histórias de jovens adultos a serem o grande destaque, o enredo parece estar composto para conquistar o coração dos telespetadores.

Com um genérico nostálgico com o mesmo tema, em versão atualizada, de Paulo Gonzo, uma imagem excelente e uma banda sonora romântica, as novelas com o cunho de José Eduardo Moniz estão mesmo de volta ao ecrã da TVI! Adorei e acredito, pelo menos a julgar no sucesso que esta estreia teve junto do público pelas redes sociais, que os grandes resultados da ficção nacional estão de volta, reforçando a liderança do canal.

O primeiro episódio revelou um bom arranque onde todas as personagens têm algo a revelar para surpreenderem ao longo dos próximos tempos, agora resta a equipa de guionistas, orientada por Manuel Arouca e José Eduardo Moniz, não desiludir e conseguir manter o interesse conquistado no primeiro impacto, catorze anos depois!

Os Jardins Proibidos inspiraram muitas histórias há mais de uma década atrás! Agora que estão de volta de forma tão romântica e com as melhores paisagens do nosso país a serem reveladas ao mundo, não existirão dúvidas que Portugal estará de novo rendido à história da Vera e do Pedro, ou melhor da Teresa e do Vasco!